segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

ATTÍLIO CAMPANINI[1]

 


 

Paulistano, descendente de italianos, nasceu em 24 de setembro de 1929. Era contabilista e casado com Maria Santina Mazzonetto Campanini, com quem teve os filhos Amélia, Armando e João Batista, que lhe deram seis netos. Morava no bairro da Lapa, na capital paulista.

Tornou-se espírita aos 21 anos de idade e passou a frequentar o Centro Espírita João Batista, hoje extinto, na Lapa. Integrou o movimento de Unificação da União das Sociedades Espíritas de São Paulo - USE na década de 50, quando alguns membros da Mocidade Espírita decidiram expandir em seus bairros o movimento de Unificação e fundaram a União da Mocidade Espírita LAPPA, em 19 de setembro de 1948.

Com a criação do órgão da USE da região da Lapa, a entidade alterou suas finalidades e a sua denominação para Sociedade de Estudos Espíritas da Lapa (SEEL), entidade da qual participou das diretorias até a sua desencarnação.

Foi fundador da Sociedade Assistencial Espírita, braço assistencial da SEEL, mantenedora da Casa da Criança Meimei (creche para 70 crianças), e dos Núcleos Sócio Educativo Professor José Herculano Pires - Unidades I e II, para crianças e adolescentes no bairro da Lapa, nos quais também exerceu cargos de direção desde a fundação até a sua desencarnação.

Na União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo - USE participou, desde 1968, de gestões administrativas, ora das diretorias executivas do Estado de São Paulo, ora da Regional São Paulo.

Foi presidente da USE de 1994 a 1997 e posteriormente nas gestões de 2000 a 2003, e deste até 2006. Na atual diretoria, presidida por José Antonio Luiz Balieiro, exercia a função de diretor de patrimônio.

Durante as suas gestões administrativas realizou caravanas com os membros de sua diretoria para visitar todas as regiões polos do Estado, com o intuito de fortalecer os órgãos locais da USE e promover a união fraterna. Ele dizia que Unificação também se faz com aperto de mãos, abraços e cafezinho.

Attílio Campanini representa uma bandeira do movimento de Unificação, com longa folha de serviços prestados ao Espiritismo. É um dos nomes expressivos do movimento espírita paulista.

Participou da realização de inúmeros eventos ao longo das décadas de trabalho na seara espírita, como a 1ª Semana Espírita da Cidade de São Paulo, o 1º Congresso Espírita Paulista, as comemorações do 1º Centenário do Espiritismo, há mais de 50 anos.

Nas suas duas últimas gestões na presidência da USE, buscou a aproximação com as demais entidades federativas do Estado de São Paulo, associações de classe, entidades especializadas, decorrentes do Acordo de União firmado entre essas entidades por proposta da USE e que proporcionou a realização do 1º Encontro Espírita de São Paulo (Encoesp), em janeiro de 2001, no Centro de Convenções do Anhembi, com a participação de 25 instituições espíritas.

Na sua gestão realizaram-se as comemorações do Bicentenário do nascimento de Allan Kardec, no Grande Auditório do Centro de Convenções do Anhembi, em 2004, e, finalmente, somou esforços na comissão organizadora para as comemorações dos 150 anos do Espiritismo, em 2007, com a participação de 14 instituições espíritas, no Centro de Exposições Imigrantes. Participou ativamente das comissões organizadoras de diversos congressos espíritas estaduais realizados pela USE.

Em 1994, sob a presidência de Attílio, a USE participou pela primeira vez com um estande na 13ª Bienal Internacional do Livro, com absoluto sucesso.

Attílio foi um trabalhador sincero, amigo e fraterno com todas as pessoas.

Exercia a liderança com simplicidade e sempre tinha uma boa palavra para apaziguar nos momentos de tensões surgidas em meio a uma reunião.

Attílio desencarnou na madrugada de 29 de maio de 2009, aos 79 anos. Estava internado no Hospital Total Cor, na cidade de São Paulo, por quase quatro semanas, vitimado por problemas respiratórios e cardíacos.

O corpo foi velado e enterrado no Cemitério da Lapa, no dia seguinte, 30 de maio, às 12 horas.

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