Jorge Hessen
A arremetida teórica sobre a
sexualidade humana é profundamente complexa. A aberração da prática sexual,
quando somente visa a satisfação egoística , imediata e desvairada, cede lugar
a patologias graves que rebaixam o ser humano. Há espíritos que ainda não
conseguiram superar as viciações sexuais que trazem do passado e que entorpecem
a consciência. Há casos obsessivos gravíssimos, conquanto incomum, em que a
mulher insaciável coaja (“estupre”) o homem na área sexual.
Perante as leis humanas e de
civilidade é preciso manter a observância às normas e regras, que nos diferem
dos seres irracionais. Ora, do ponto de vista biológico, a sexualidade é uma
sublime seiva para manter a vida em padrões de estabilização e de encanto,
proporcionando, quando o seu uso é ético e equilibrado, contentamento e
completude nos relacionamentos. Somos impregnados desse potencial sexual e
convocados a aprender a discipliná-lo.
A sexualidade não pode ser
avaliada sob o prisma dos que a consideram impura e proibitiva, muito menos sob
as impressões dos que anseiam algemá-la ao plano da banalidade como simples
fricção de células causadoras de clímax orgástico. A sexualidade humana é de
procedência divina e sua possante energia, que alastra naturalmente no ser, não
deve ser tratada de forma insana, todavia urge ser disciplinada no sentido de
atingir seu desígnio, como força fecunda e criadora, a fim de produzir o avanço
espiritual do homem.
Quando um casal se ama, os
parceiros se apetecem e se reverenciam. A vida e experiência sexual entre ambos
é respeitosa e prazerosa. O amor entre os dois não está condicionado apenas à
sexualidade, todavia vai muito mais além, incluindo amizade, companheirismo e
cuidado pela satisfação de suas necessidades. Quando, porém, isso não ocorre e
há a necessidade compulsiva de sexo de um ou ambos os companheiros, esse casal
não está em harmonia; encontra-se psicologicamente corrompido e não é feliz.
Naturalmente precisamos exercer
a indulgência para com aqueles que são servos da sexolatria, compreendendo que
cada ser é um ente divino em suas potencialidades de amor que eclodirão no
futuro, até porque esses atrasos morais são particularidades do estágio de
expiação e provas do homem terreno.
É urgente orar e orientar aqueles
que nos solicitam auxílio, demostrando as implicações infelizes do sexo em
desatino e conforme nos advertem os Benfeitores do Além, diante de toda e
qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for,
coloquemo-nos, em pensamento, no lugar dos desajustados, analisando as nossas
tendências mais íntimas e, após verificarmos se estamos em condições de
censurar alguém, escutemos no âmago da consciência, o apelo inolvidável do
Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu
vos amei.
Fonte: A Luz na Mente
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