Antonio Cesar Perri de Carvalho
O mundo entrou num estado que
varia de intensas preocupações até ao pânico desde que foi identificado o surto
de coronavírus em Província da China. Em cerca de dois meses o Covid-19 tem
infectado e até feito vítimas letais em praticamente todos os países do
Hemisfério Norte, da América do Sul e de outros continentes. Incluem-se aí os
países mais desenvolvidos do planeta.
Silenciosamente o vírus rompeu
todas as “redes de segurança” e chegou na intimidade de poderosos governantes.
Sem entrar em comentários sobre os meios de transmissão, a letalidade do
Covid-19, comparações com outras epidemias e até ilações espíritas de causa e
efeito, há algo que deve ser refletido.
No início da propagação pelo
Brasil, recebemos interessante mensagem mediúnica – talvez uma das primeiras ‒,
abaixo transcrita:
O remédio vem de
Deus.
Se os surtos
viróticos assustam, a indiferença humana, frente à dor de seu semelhante, mata
mais. Se o medo de doenças incuráveis ronda o teu pensamento, mergulha, de
corpo e alma, na caridade socorrista e estarás protegido pelos anticorpos
naturais da prática do Bem. O ócio faz mais vítimas do que o câncer, dia a dia.
Emprega o teu tempo em algo útil e o Amor Divino fará de ti uma luz na
escuridão. Paz, em Jesus.
Irmão Joaquim
(Mensagem psicografada pelo
médium Hélio Ribeiro Loureiro, na reunião mediúnica na Casa de Batuíra, em São
Gonçalo/RJ no dia 29/02/2020).
A reflexão proposta é bem ampla
e até lembramos que há outros surtos letais no Brasil, além da enorme
desigualdade social que leva à fome.
Mas o trecho sobre o susto
virótico para a indiferença humana suscita um olhar para o cenário criado pelo
Covid-19, com multidões sendo isoladas ou em quarentena em cidades, regiões de
países, grandes navios, e, nos próprios lares.
A essa altura e centralizando
apenas nos impactos causados pelo Covid-19, fazemos uma reflexão sobre a
pandemia mundial, o alastramento pelo Brasil e as relações conosco.
A pandemia mundial está afetando
os países mais desenvolvidos e provocando oscilações das Bolsas de Valores, o
que chama atenção sobre o poder de um microscópico vírus.
Em nosso país inúmeros eventos
já foram cancelados, incluindo os de natureza espírita. E sem dúvida, afetará a
rotina das instituições espíritas.
Autoridades governamentais, dos
níveis federal, estadual e municipal, deixaram claro em recentes decisões e
recomendações efetivadas em São Paulo, sobre a grande preocupação com os grupos
de riscos, incluindo-se principalmente os idosos e portadores de algumas
doenças debilitantes. As autoridades chegaram até ao detalhe para se evitar
sobrecarregarem os avós com a presença dos netos eventualmente dispensados das
escolas. Ou seja, isso leva ao repensar da relação dos pais com os filhos em
função de compromissos do próprio lar e os profissionais.
Por outro lado, já escutamos
relatos de pessoas que ficaram confinadas em regiões de outros países e outras,
submetidas à quarentena domiciliar, sobre os momentos complexos físicos e
mentais dessa situação. De repente, surge a recomendação preventiva para os
integrantes dos grupos de risco para evitar aglomerações e eventos públicos e
se recolherem o máximo possível no ambiente dos lares.
O mundo espiritual é claro que
os encarnados devem zelar pelo corpo físico e valorizar a vida.
E aí surge a indagação: seriam
momentos para se rever valores? Ou seja: valores relacionados com os ambientes
familiar e social, independentemente de aparências e de máscaras
socioeconômicas?
As consequências do microscópico
Covid-19 na “empoderada” Humanidade de nossos dias, de repente, poderão
conduzir a algumas reflexões humanitárias e até de natureza espiritual?
Por isso, esperamos que a crise
do momento possa realmente direcionar para as indicações da mensagem supra
transcrita:
…o amor Divino fará
de ti uma luz na escuridão” e coerente com o próprio título da pequena
mensagem: “O remédio vem de Deus.
Fonte: Agenda Espírita Brasil
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