segunda-feira, 27 de abril de 2020

HERBERT DENNIS BRADLEY[1]




"O Grande Filosofo da Imortalidade"
Proclamava dos Púlpitos da Universidade Oxford:
A investigação que empreendi chegou ao fim.
Já não me baseio em crenças.
Eu sei.

          Ele nasceu no dia 30 de janeiro 1846 em Clapham na Inglaterra. Ele era o filho de Charles Bradley, um evangélico pregador, e Emma Linton. Ele foi educado no Cheltenham College e Marlborough College e em 1865 ele entrou no University College, Oxford.
Durante sua vida, Bradley foi um dos mais respeitados filósofos sobre as ilhas britânicas e foram concedidos honorários graus muitas vezes. Ele foi o primeiro filósofo britânico que recebeu o Diploma da Ordem do Mérito.
Ele era famoso pela sua não-pluralista abordagem à filosofia. Em suas perspectivas viu um monístico de unidade, transcendendo divisões entre lógica, metafísica e ética. Consistentemente, a sua própria opinião sobre o monismo combinado com absoluto idealismo. Embora, Bradley não pensa de si mesmo como um hegeliano filósofo, a sua própria marca de filosofia foi inspirada porque continha elementos de Hegel no método dialético.

No campo do Espiritismo[2]
Mr. H. Dennis Bradley fez um minucioso relato da mediunidade de voz direta de George Valiantine [vide biografia neste blog de “George Valiantine”, publicado em 02/04/2018], o conhecido médium americano. Mr. Bradley conseguiu vozes no seu próprio Grupo Doméstico, sem médiuns profissionais. É impossível exagerar os serviços que o trabalho dedicado e de auto-sacrifício de Mr. Bradley prestou à ciência psíquica.
Mr. Valiantine é, de profissão, um fabricante numa pequena cidade na Pensilvânia. É calmo, delicado e bondoso e como se acha na flor da idade, uma carreira muito útil se abre à sua frente.
George Valiantine foi examinado pela Comissão do Scientific American e pôs por terra a alegação de que um dispositivo elétrico mostrara que ele tinha saído de sua cadeira quando a voz se fez ouvir. O exemplo já oferecido pelo autor, no qual a corneta circulava fora do alcance do médium, é prova positiva de que os resultados certamente não dependem de sua saída da cadeira e que os efeitos não só dependem de como a voz é produzida, mas, principalmente, do que diz a voz.
Aqueles que leram “Rumo às Estrelas”, de Dennis Bradley, e o seu livro subsequente, narrando a longa série de sessões em Kingston Vale, podem fazer uma ideia de que nenhuma outra explicação abarca a mediunidade de Valiantine, a não ser que possui, realmente, excepcionais poderes psíquicos.
Estes variam muito com as condições, que em geral permanecem bem altas. Como Mrs. Wriedt, ele não cai em transe mas, mesmo assim, suas condições não podem ser chamadas normais. Há condições de semitranse que esperam a investigação dos estudiosos no futuro.
Bradley morreu 20 de novembro de 1934. Ele está enterrado no Cemitério Holywell em Oxford.

Comentário do site[3]:
O Grande Bradley! O Grande Intelectual! O Grande mestre em Filosofia!
Na Universidade Oxford aonde se abrangia na época à fina intelectualidade no campo da Filosofia, não conseguiam entender como um mestre deste quilate que recebeu o Diploma da Ordem do Mérito podia se interessar por questões sobre o Espiritismo.
Os Filósofos da Universidade Oxford da época que compreendiam a vida e o universo num sistema materialista do nada (Niilismo).  Num mundo regido sem Deus ou Leis Divinas (Materialismo Cientifico), sendo que o mais conceituado filosofo alemão da época Nietzsche, propagava nos quatro cantos do mundo conhecido a Morte de Deus.
O vasto trabalho mediúnico que o filosofo Bradley realizou com as faculdades do médium George Valiantine demonstrou aos seus próprios olhos a imortalidade da alma e a sua comunicabilidade do espírito.
Quando o Filosofo Bradley começou a escrever cartas em apoio do Espiritismo e a manter contato com mundo espírita da época os Filhos da Universidade Oxford reagiram implacavelmente  e se levantaram do alto das suas Cátedras Universitárias e bradavam: Deus não existe, a vida acaba com a morte.  Realizaram várias manifestações de repúdio, através de opúsculos que condenavam o Espiritismo e o Trabalho que o Filosofo Bradley realizou. Sofreu ironizações, sarcasmos. Seus vários inimigos pessoais pediam o seu banimento da Universidade Oxford.
O filosofo Bradley não cedeu nas suas crenças, pois o seu espírito se libertou do cipoal de sistemas filosóficos vazios, continuou até a sua morte demonstrando a pequenez do homem perante o universo.
Não exijo que aceitem minhas observações. Minhas são; só minhas; produtos da minha personalidade ‒ e a minha personalidade, seja ela uma herança ou uma criação individual, é tudo quanto possuo.
No incompreensível plano da vida é insignificante à parte de cada pessoa. Tudo que podemos fazer não vai além de sintonizar-nos de modo a sermos sensíveis às mais delicadas vibrações da emoção.
Minha filosofia não é a de um asceta a viver na solidão dos seus sonhos, sim a da marionete no remoinho de uma grande metrópole, que subitamente vê abrir-se diante de si um imenso abismo; daí o salto que dá no Desconhecido.
Só na amplidão do pensamento a magnificência da realidade pode ser concebida. Materialismo é morte. Todas as coisas palpáveis e que imaginamos reais são transitórias e perecíveis. Tudo que é material não vive.
O frágil, embora devastador, materialismo ameaça a nossa civilização. Mostra-nos a humanidade como um ajuntamento de loucos. É sanguissedento em todos os sentidos. Com os seus instintos de animalidade inferior, antagonista do progresso mental.
Só a força das altas inteligências que o contrabatem evitará que esse rebanho de loucos ‒ fidalgos e campônios ‒ se destruam a si próprio.
A onipotência está no espírito, não na matéria ‒ temos que aceitar isto.



[2] Herbert Dennis Bradley - Rumo às Estrelas – LAKE Livraria Allan Kardec Editora
[3] Canal Espírita Jorge Hessen – A História do Espiritismo – Allan Kardec o Codificador da Doutrina Espírita; Portal a Casa do Espiritismo; ADDE – Associação de Divulgação da Doutrina Espírita

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