Hugo Lapa - portaldoespiritualismo@gmail.com
Espírito não sente dor da forma
como nós a compreendemos, pois a dor é uma característica do corpo físico, do
seu organismo material.
No entanto, o espírito pode
sentir uma dor interna, um sofrimento pelo que fez e pelo que não fez durante a
encarnação. Pode sentir a carga do bem e do mal que ele praticou. Pode sentir a
carga da culpa que ele nutriu dos seus erros, que é uma dor aguda. Pode sentir
a dor da mágoa de pessoas que o fizeram mal, cujo ódio ele não conseguiu se
libertar. Pode sentir também o peso de ter desperdiçado sua encarnação vivendo
apenas em função de uma pessoa, por pura carência afetiva.
Tantas mães passam por isso
quando desencarnam e percebem que desperdiçaram toda uma longa encarnação
preocupadas com um filho que, independente de sua vontade, teria que viver seu
karma e suas provações, pois nisso consiste o progresso do seu espírito.
Dizem que uma das maiores dores
do espírito quando desencarna é a terrível sensação de tempo perdido, por
sentir que desperdiçou sua encarnação com bobagens, futilidades, coisas do ego,
orgulho, vaidade, aparência etc. Então ele sabe que terá que recomeçar tudo de
novo, nascer, ser um bebê, fazer cocô, passar pela infância, viver todas as
provas novamente, apenas para fazer o que ele não fez por orgulho, egoísmo e
vaidade.
É certo que tudo é aprendizado,
mesmo os piores erros são fontes de uma rica e fértil experiência. O que ele
não aprendeu numa encarnação, pode aprender nas próximas, pois o espírito tem
toda a eternidade para fazer o que precisa ser feito para sua libertação e
felicidade.
No entanto, quanto mais tempo
ele fica aqui na matéria preso às suas idiossincrasias, ao seu egoísmo, ao seu
orgulho, à sua vaidade, maior será sua dor interna, seu sofrimento e seu tempo
perdido.
Fonte: Espiritualidade para Todos
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