sexta-feira, 2 de agosto de 2019

GLÓRIA DA IMORTALLIDADE[1]



Nilson de Souza Pereira

Queridas irmãs, amigos queridos,
Seja a harmonia íntima o estado de consciência entre nós.
Estes, como outros, são dias de imortalidade.
O Espírito, peregrino das sucessivas reencarnações, avança na direção do Sol de Primeira Grandeza, que é Jesus, a fim de superar toda a sombra que ainda permanece na sua estrutura evolutiva.
Cada dia constitui um prêmio na conquista da autorrealização.
Oportunidade perdida, ocasião que ressurge com o campo experimental.
Lutar significa desenvolver valores adormecidos que estão preparados para a ampliação das forças iluminativas.
Ninguém que logre transitar pelo mundo sem exibir as condecorações do sofrimento em diferentes matizes.
Constituiu um impulso para o avanço através da solução dos hábitos perniciosos que se hão de transformar em emoções libertadoras.
Evidentemente, todos descobrimos o alto significado desses dias na face da mãe Terra, que passa de um nível evolutivo para outro, qual anjo generoso que arrasta no seu seio a família querida, parte destroçada, parte em levantamento...
Somos agraciados com o conhecimento da imortalidade e de que tudo quanto acontece na Terra tem a transitoriedade natural dos processos químicos e biológicos que constituem as formas aparentes.
O Salmo de Davi assevera que é transitória a glória no mundo, porque feita de ilusão, embora constitua um prêmio momentâneo ao bem proceder e ao melhor realizar.
A grande glória no mundo é aquela que faz o indivíduo vencer-se, trocando as disposições imediatistas pelos valores transcendentes do próprio ser.
Todas as filosofias do passado trabalhavam pelo bem-estar corporal, social, econômico e algumas vezes espiritual do homem no sentido da psique.
Jesus sintetizou a filosofia do amor como sendo a conquista da plenitude de todos os valores.
Estamos no grande momento decisório da nossa realização espiritual positiva ou perturbadora.
Felizes somos aqueles que escolhemos a melhor parte da lição do Senhor na casa de Lázaro em referência a Maria, que O contemplava enquanto Marta se agitava nas questões culinárias.
Não titubear entre as decisões do benfazer e do somente desfrutar.
O sacrifício de hoje é o alicerce da paz do amanhã.
O edifício luxuoso tem seus alicerces no pântano e sobre a pedra de sustentação, enquanto as nossas conquistas de natureza elevada estão ainda na terra movediça, faltando a rocha viva da fé para sustentar as colunas da nossa decisão.
Venho na condição de velho amigo exortar a solidariedade, a compreensão fraternal, o trabalho edificante na grande noite moral que se estende no planeta.
A dor do nosso próximo é a o caminho da nossa evolução.
A nossa dor é o remédio da libertação.
Conscientes de que somente na vida saudável no bem e na abnegação que a caridade nos proporciona reencontraremos a meta, aquilo que todos almejamos: a plenitude.
Rogo escusas por tomar-lhes o precioso tempo, mas a saudade e o envolvimento emocional fazem-me abraçá-los e agradecer-lhes o esforço desenvolvido pela conquista pessoal.
Com muito carinho, o velho amigo




[1] Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, em 8 de abril de 2019, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

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