sexta-feira, 16 de agosto de 2019

ESTUDO DAS OBRAS FUNDAMENTAIS DO ESPIRITISMO[1]



Geraldo Campetti Sobrinho

A leitura atenta e o estudo continuado das obras fundamentais do Espiritismo sempre renovam nossa oportunidade de aprender. Dá a impressão, inclusive, de que estamos diante de um conteúdo inédito, quando nos certificamos, após algum tempo, de que já o havíamos lido anteriormente. Isso decorre, em nosso entendimento, de duas razões principais: a constante atualização dos conteúdos doutrinários expostos na obra básica da Codificação Espírita, isto é, o conteúdo espírita organizado na obra kardequiana foi, é e continua sendo atual; e a oportuna necessidade de atualizarmos nosso entendimento acerca da mensagem evangélica pelo salutar hábito do estudo, ou seja, precisamos “atualizar” nossa ignorância, buscando novos conhecimentos, cujos assentamentos encontram-se, sem exceção, nas inamovíveis bases definidas no arcabouço doutrinário.
As orientações seguras advindas da Espiritualidade Superior nos recomendam, inclusive, que dediquemos pelo menos 15 minutos diariamente para a leitura de alguma obra escrita sob a responsabilidade de Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita.
Esse contato diário com a obra básica, integrada pelo Pentateuco Kardequiano (O livro dos Espíritos, O livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O céu e o inferno e A Gênese), somando-se Obras Póstumas, O que é o Espiritismo e a extraordinária Revista Espírita (1858-1869), certamente nos colocará a par da sabedoria espiritual e da genialidade de Kardec ao ensejar que tais ensinamentos renovadores fossem materializados na Terra para acesso de todos nós, trabalhadores e aprendizes da última hora.
O estudo possibilita ampliar a visão e o entendimento, a reflexão e a prática, sobre tudo o que nos sensibiliza as percepções, dilatando gradativamente a nossa capacidade de compreensão, a zona lúcida, conforme expressão do estudioso francês Paul Gibier.
O estudo espírita pode ser individual, num processo persistente de autodesenvolvimento, e coletivo, quando nos predispomos a integrar algum grupo interessado em propósitos semelhantes de se reunir e aprender, pelo compartilhamento de lições e experiências.
Ambas as tipologias de estudo, individual e coletivo, exigem planejamento, disciplina e organização do proponente ao aprendizado. Para o estudo individual, alimentemo-nos de boa vontade, separemos um tempo diário de pelo menos 15 minutos, e iniciemos com o propósito firme de ir adiante. No início, há que se vencer algumas resistências naturais. Depois, torna-se mais fácil.
Para o estudo em grupo, as casas espíritas ofertam várias possibilidades, aproveitando-se do material de excelente qualidade disponibilizado ao movimento espírita pela FEB. São os programas do Estudo Sistematizado, do Estudo Aprofundado, do Estudo e Prática da Mediunidade, de cursos específicos sobre as obras da Codificação e de algumas publicações subsidiárias.
Oportunidades de estudo e aprendizado não faltam. O que às vezes falta é nossa boa vontade de estudar e aprender.
Que tal enriquecermos nossa trajetória presente, aproveitando a oportunidade de educação espiritual, propondo-nos à efetiva renovação íntima pelo exercício dos magnos mandamentos recomendados pelo Espírito de Verdade: amai-vos e instruí-vos?!

Fonte: FEBNet

Referências:
Gibier, Paul. Análise das coisas: ensaio sobre a ciência futura e sua influência certa sobre religiões, filosofias, ciências e artes. Trad. de T. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. cap. 2.
Kardec, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. de Evandro Noleto. 2. ed. de bolso, 1. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 6, it. 5.

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