Divaldo Pereira Franco
Quando Allan Kardec, o
codificador do Espiritismo, organizou O
Livro dos Espíritos, dedicou uma parte da Obra, a 3ª, às Leis Morais.
Elucidando que a fundamental é a
Lei Natural, a do Amor, estudou com percuciência as demais, em número de dez,
destacando entre outras a Lei do Trabalho.
Indagou o emérito mestre de Lyon
às Entidades que administram os destinos da Terra: Questão 647 - A necessidade
do trabalho é lei da Natureza?
O trabalho é lei da
Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga
o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos.
O trabalho de qualquer espécie,
particularmente aquele que faculta o desenvolvimento ético-moral do ser humano
é um Lei Cósmica.
Jesus teve ocasião de afirmar: Meu Pai trabalha até hoje e eu próprio
trabalho.
Após longos períodos de
crescimento moral a sociedade entendeu que o trabalho não é uma punição imposta
pela Divindade, mas um recurso dos mais valiosos para a educação dos
sentimentos e um mecanismo eficaz para facultar o entendimento da vida e a
melhor maneira de alcançar-se a plenitude.
De tal forma se compreendeu a
necessidade do trabalho útil que a cultura moderna instituiu um dia no
calendário dedicado a esse esforço que reúne todas as criaturas de bem a movimentar-se
em favor de melhores estruturas de comportamento.
Paradoxalmente, no Dia do Trabalho,
não se trabalha, como sendo a melhor maneira de respeitar o conceito,
dispondo-se de tempo para o repouso, o divertimento, os contatos humanos de
encontros e prazeres.
Constata-se o valor moral de um
indivíduo, entre outros valores, pela sua capacidade de trabalhar, mantendo-se
ativo no cumprimento do dever de contribuir em favor do progresso social e
moral de todos, ao tempo em que a atividade lhe constitui verdadeira terapia
preventiva a diversos males que atacam o organismo e interferem no
comportamento emocional.
A pessoa diligente e operosa que
trabalha não dispõe de tempo na sua agenda diária para a futilidade nem a
observação perturbadora do comportamento alheio. Compreende que cada pessoa
encontra-se em um diferente nível de consciência do dever, administrando,
mediante a sua formação ética, todos os atos e oportunidades de que dispõe para
o seu desenvolvimento intelecto-espiritual.
A existência planetária tem o
fim de estimular as sementes do amor que jazem adormecidas no inconsciente do
homem e da mulher, o que normalmente se diz como sendo o deus interno
aguardando o momento de expandir-se.
O trabalho é Lei de Deus para a
vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário