segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

John Worth Edmonds – O Grande Juiz Espírita[1]





O Kardec norte-americano nasceu em Hudson, estado de Nova York, em 13 de março de 1799 e morreu na cidade de Nova York em 5 de abril de 1874, aos 75 anos de idade.
O juiz John Edmonds escreveu um artigo para o jornal New York Courier, em 1º de agosto de 1853. Demonstrou assumir coragem moral suficiente para informar aos norte-americanos sua conversão ao Espiritualismo, e os motivos que o levaram a enveredar pelos estudos do incognoscível. John Edmonds reforçou o time de pesquisadores da doutrina espiritualista nascente, tornando-se um dos estudiosos de maior importância nas Américas, estimulando-nos a considerar a importância de nossa atitude investigativa em relação aos fenômenos, e a relevância de assumir isso perante o público. Haverá um período histórico, entre os anos de 1853 a 1855, que os termos Espiritismo, e Espiritualismo serão utilizados simultaneamente pelos vanguardistas dos Estados Unidos, na busca de definição de uma identificação para o movimento, o que ocorrerá a partir do final do ano de 1855, quando a expressão Espiritualismo se tornará na designação seguida por todos. A partir do final de 1855 na França, o estudioso Allan Kardec criará um modelo de investigação estruturado em dois anos de experimentações, catalogação dos fatos mediúnicos, inaugurando a fundação inédita de princípios do Espiritismo.
A expressão Espiritualismo já era conhecida na Europa, antes que os americanos a utilizassem para designar a aceitabilidade da comunicação com os espíritos. Prova disso é a revista ‘Le Magnétiseus spiritualiste’, escrita pelos membros da Sociedade Espiritualista de Paris, sob a direção de Alphonse Cahagnet, a partir de 1849. Os pesquisadores franceses consideravam o magnetismo um dom divino, e o desenvolviam de modo apropriado a produzir efeitos terapêuticos, com o que mantinham gabinetes de atendimento com hora marcada, e, naturalmente, cobravam pelos seus serviços. A profissionalização dos magnetizadores do século XIX lembra a composição dos grupos atuais de estudiosos e aplicadores do Reiki, os quais munidos de um diploma que certifica a sua formação, ministram profissionalmente suas habilidades de auxílio, ficando por aí as semelhanças entre as duas escolas terapêuticas. Os magnetizadores espiritualistas aplicavam sobre os pacientes, passes e imposição de mãos, orientados pelos estudos anteriores de Franz Anton Mesmer e daqueles que o sucederam. Ocorria que alguns de seus pacientes detinham a faculdade do sonambulismo, e sob a aplicação de demorados passes, restavam induzidos em estado modificado de consciência, quando não somente diagnosticavam as próprias enfermidades, como prestavam-se a orientar o tratamento de outras pessoas doentes. Alguns desses pacientes, que passaram a trabalhar em dupla com seu magnetizador, obtinham o diagnóstico tocando o doente e ato contínuo revelando a enfermidade que possuíam, o órgão afetado e o tratamento a ser seguido, além da duração deste.  

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