O Kardec norte-americano nasceu
em Hudson, estado de Nova York, em 13 de março de 1799 e morreu na cidade de
Nova York em 5 de abril de 1874, aos 75 anos de idade.
O juiz John Edmonds escreveu um
artigo para o jornal New York Courier, em 1º de agosto de 1853. Demonstrou
assumir coragem moral suficiente para informar aos norte-americanos sua
conversão ao Espiritualismo, e os motivos que o levaram a enveredar pelos estudos
do incognoscível. John Edmonds reforçou o time de pesquisadores da doutrina
espiritualista nascente, tornando-se um dos estudiosos de maior importância nas
Américas, estimulando-nos a considerar a importância de nossa atitude
investigativa em relação aos fenômenos, e a relevância de assumir isso perante
o público. Haverá um período histórico, entre os anos de 1853 a 1855, que os
termos Espiritismo, e Espiritualismo serão utilizados simultaneamente pelos
vanguardistas dos Estados Unidos, na busca de definição de uma identificação
para o movimento, o que ocorrerá a partir do final do ano de 1855, quando a
expressão Espiritualismo se tornará na designação seguida por todos. A partir
do final de 1855 na França, o estudioso Allan Kardec criará um modelo de
investigação estruturado em dois anos de experimentações, catalogação dos fatos
mediúnicos, inaugurando a fundação inédita de princípios do Espiritismo.
A expressão Espiritualismo já
era conhecida na Europa, antes que os americanos a utilizassem para designar a
aceitabilidade da comunicação com os espíritos. Prova disso é a revista ‘Le
Magnétiseus spiritualiste’, escrita pelos membros da Sociedade Espiritualista
de Paris, sob a direção de Alphonse Cahagnet, a partir de 1849. Os
pesquisadores franceses consideravam o magnetismo um dom divino, e o
desenvolviam de modo apropriado a produzir efeitos terapêuticos, com o que
mantinham gabinetes de atendimento com hora marcada, e, naturalmente, cobravam
pelos seus serviços. A profissionalização dos magnetizadores do século XIX lembra
a composição dos grupos atuais de estudiosos e aplicadores do Reiki, os quais
munidos de um diploma que certifica a sua formação, ministram profissionalmente
suas habilidades de auxílio, ficando por aí as semelhanças entre as duas
escolas terapêuticas. Os magnetizadores espiritualistas aplicavam sobre os
pacientes, passes e imposição de mãos, orientados pelos estudos anteriores de
Franz Anton Mesmer e daqueles que o sucederam. Ocorria que alguns de seus
pacientes detinham a faculdade do sonambulismo, e sob a aplicação de demorados
passes, restavam induzidos em estado modificado de consciência, quando não
somente diagnosticavam as próprias enfermidades, como prestavam-se a orientar o
tratamento de outras pessoas doentes. Alguns desses pacientes, que passaram a
trabalhar em dupla com seu magnetizador, obtinham o diagnóstico tocando o
doente e ato contínuo revelando a enfermidade que possuíam, o órgão afetado e o
tratamento a ser seguido, além da duração deste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário