Apelido em seu círculo
doméstico: Nan, lembrando a personagem da obra de Emile Zola.
Nome no mundo espiritual:
Blandina, recordando a personalidade que viveu nos livros mediúnicos "Ave
Cristo" e "Entre a Terra e o Céu".
Data de nascimento: 22/10/1922,
em Mateus Leme ‒ MG, às 07:30 h da manhã.
Apelido familiar: Meimei, usado
pelo casal, a partir da leitura que este fizera de uma revista de autor
americano "Momentos de Pequim", nome chinês que significa "Noiva
Querida" ou "A Bem-Amada", que a irmã Ruth preferia adaptar para
"Amor Puro".
Seus pais eram Adolfo e Mariana
de Castro. Seus irmãos chamavam-se Ruth, Danilo, Carmem e Alaíde.
Meimei fez o grupo escolar e
cursou a Escola Normal de Itaúna ‒ MG. Era, segundo seus professores, a alegria
da sala, pela dedicação aos estudos, pelo companheirismo e pela delicadeza dos
sentimentos. Teve a infância de uma menina do interior de MG, de família pobre.
O pai era agente ferroviário.
Sempre gostou de leituras,
possuía uma fertilíssima imaginação. Dizia que o pôr do sol trazia-lhe
lembrança de um outro lugar. Na fé era católica, porém não dava muita importância
às apresentações do culto, excetuando-se os da Semana Santa, em que se revestia
de um profundo fervor religioso. Numa dessas ocasiões, Meimei vestiu-se de João
Batista.
Conheceu Arnaldo Rocha (que era,
na ocasião, ateu), que viria a ser seu marido aos 17 anos.
Meimei achava que ensinar era
uma nobre profissão; era libertar as consciências da sombra e da ignorância;
era levar às crianças o amor aos livros e ao estudo. Todavia jamais chegou a
lecionar. Suas lições são hoje as suas mensagens e, quando encarnada, a
caridade exemplificada.
Meimei era morena clara, 1,70m
de altura, cabelos pretos ondulados e compridos, olhos grandes e negros.
Certa vez adoeceu. Teve uma
gripe muito forte, com complicações pulmonares. Ficou com vontade de dizer algo
ao noivo, porém calou-se acanhada.
Casou-se em Belo Horizonte em
10/06/1942, acrescentando o nome Rocha. À saída da igreja, um mendigo
arrastava-se pelo chão, de forma chocante e asquerosa, sujo, maltrapilho e
malcheiroso. Meimei inclinou-se, beijou-lhe a testa e deu-lhe o seu buquê de
noiva.
Sempre foi de uma infinita
ternura para com os velhos, enfermos e pobres, socorrendo-os e confortando-os.
Sabia que nunca poderia ter filhos. Logo após o casamento, Meimei apresentou
problemas nas amídalas, coisa que lhe era peculiar na infância. Ao operar-se,
ficou um pequeno pedaço da amídala, que originou todo o seu drama.
Seu organismo passou a ser
minado pela infecção. Todo tratamento foi inútil. Vieram complicações renais ‒
nefrite ‒ que depois transformou-se em glomerulonefrite; perturbações hipertensivas
arterial e craniana. A partir de julho de 1942 até a sua desencarnação, isto é,
na madrugada de 01/10/1946, em Belo Horizonte, com 24 anos, ficava dia e noite
em quarto escuro. Estava sofrendo, motivado pelo estado hipertensivo de
deslocamento das pupilas-cristalino e, com a marcha da enfermidade, ia perdendo
a visão. Com o tempo possuía somente a visão lateral. Nos dias em que precederam o seu desencarne
já estava completamente cega.
Ela dizia ao marido que toda
noite a sua vovozinha vinha conversar com ela, e que em breve iria para um
lugar muito bonito e iria encontrar-se com todos os seus filhinhos que não
puderam nascer através dela. Por isso, hoje, Meimei é sempre lembrada junto às
crianças.
Desencarnou de forma dolorosa,
vertendo muito sangue pela boca, por uns 30 minutos.
Arnaldo Rocha, agora viúvo,
continuava a não acreditar em Deus. Foi convidado a uma sessão espírita a que
compareceu com muito esforço e descrença. Ao retornar, sua mãe lhe emprestou
"O Livro dos Espíritos" que leu desordenada e desatenciosamente. Seu
irmão deu-lhe o livro "O Problema do Ser do Destino e da Dor" de Leon
Denis, que leu em conjunto com o livro de sua mãe. Passou a se interessar pelos
temas, sem, no entanto acreditar em Deus. Após procurar Chico Xavier e dele
receber uma mensagem incontestável de Meimei, tornou-se espírita e fundou o
Centro Espírita Meimei.
Meimei, no plano espiritual é
chamada de Blandina e executa trabalhos de enfermagem, no campo da desobsessão
de encarnados e desencarnados.
Deixou inúmeras mensagens e
livros através da mediunidade de Chico Xavier.
Livros psicografados por Chico
Xavier e de autoria espiritual de Meimei:
Título Ano Ordem Cronológica
Pai Nosso 1952 47ª
Evangelho em
Casa 1960 62ª
Cartilha do
Bem 1962 70ª
Amizade 1977 150ª
Somente Amor 1978 166ª
Deus Aguarda 1980 187ª
Sentinelas da
Alma 1982 210ª
Palavras do
Coração 1982 211ª
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