Inácio Ferreira de Oliveira
nasceu em Uberaba em 15 de abril de 1904.
Filho de Jacinto Ferreira de
Oliveira e de Maria Lucas de Oliveira, foi casado com Aparecida Valicenti
Ferreira e não teve filhos.
Dr. Inácio, grande amigo não só
do médium Chico Xavier, formou-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,
então Universidade do Brasil, clinicando na terra natal.
Observou, sem ideia
preconcebida, os diferentes fatos neuropsíquicos relacionados com os enfermos
internados no Sanatório Espírita de Uberaba, do qual seria diretor-clínico por
mais de cinco décadas, tendo verificado a eficácia da terapia espírita para a
cura de distúrbios mentais e obsessivos. Nesse trabalho, a notável médium Maria
Modesto Cravo (mais conhecida como dona Modesta), o competente
enfermeiro-chefe, Sr. Manoel Roberto da Silva, além de outros cooperadores, lhe
foram de inestimável valia.
Ainda encarnado, Inácio publicou
dois livros de Psiquiatria à luz do Espiritismo: Novos Rumos à Medicina (2
volumes); Psiquiatria em Face da Reencarnação. Ambos foram reeditados pela
Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP).
Foi, porém, após seu desencarne,
que esse grande médico se revelou mais prolífico. Eis as obras que ditou ao
médium psicógrafo Carlos Antônio Baccelli, de Uberaba: “Sob as Cinzas do Tempo”
(que possui uma edição em espanhol, “Bajo las Cenizas del Tiempo”), Editora
Didier; “Do Outro Lado do Espelho”, idem; “Por Amor ao Ideal”, idem; “A Escada
de Jacó”, Livraria Espírita Edições Pedro (LEEPP); “Na Próxima Dimensão”, idem;
“Infinitas Moradas”, idem; “Fala, Dr. Inácio"!, idem; “Fundação Emmanuel”,
idem; “No Limiar do Abismo”, idem; “Obsessão e Cura”, Editora Didier. Já “A
Força da Mente” (IDE Editora), psicografado por Heigorina Cunha, foi prefaciado
por Inácio e por outro abnegado Espírito que também foi médico na Terra,
Bezerra de Menezes.
Não foi, contudo, só no plano
intelectual que esse grande médico se mostrou produtivo.
Em 1 de maio de 1949, criou o
Lar Espírita, instituição fraterna de amparo e educação para meninas
desvalidas, com a participação da União da Mocidade Espírita de Uberaba.
Inácio foi sempre uma pessoa
polêmica, inclusive (ou talvez principalmente) entre os próprios espíritas, por
jamais ter aberto mão de dizer o que pensava, doesse a quem doesse.
Não era rude, tampouco
hipócrita. Inácio Ferreira desencarnou em 27 de setembro de 1988.
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