segunda-feira, 25 de junho de 2018

Adelaide Augusta Câmara[1]



Adelaide Augusta Câmara, melhor conhecida como Aura Celeste, nasceu em 11 de janeiro de 1874, na cidade do Rio de Janeiro e falecida em 24 de outubro de 1944, foi uma médium, poeta, conferencista, contista e educadora espírita brasileira.
De religião protestante, veio para a então capital federal em janeiro de 1896, graças ao auxilio de alguns amigos, que a indicaram para lecionar no Colégio Ram Williams. Após algum tempo, organizou, em sua própria residência, um curso primário, onde alfabetizou diversos nomes de futuro destaque no meio político e social do país.
Neste período, em 1898, manifestaram-se as suas faculdades mediúnicas. Sob a orientação de Bezerra de Menezes, iniciou os trabalhos como médium psicógrafa no Grupo Ismael, na Federação Espírita Brasileira. Pouco depois, como médium auditiva, entregou-se à divulgação da doutrina espírita, fazendo palestras e receitando, o que lhe trouxe projeção nacional.
Após a morte de Bezerra de Menezes (1900), a médium aproximou-se de Inácio Bittencourt, passando a colaborar no Circulo Espírita Cáritas.
Casou em 1906, período em que se afastou da divulgação ativa nos Centros. Em sua residência, entretanto, continuou o trabalho de psicografia, trazendo à luz a obra “Do Além”, em 21 fascículos, e “Orvalho do Céu”, as quais assinou com o pseudônimo “Aura Celeste”.
Em 1920, retornou às tribunas e aos trabalhos mediúnicos, voltando a atender os tratamentos espirituais, sob a influência do médico espiritual, Dr. Joaquim Murtinho. Os seus biógrafos referem que, além das faculdades de incorporação, audição, vidência, psicografia, cura e intuição, a médium ainda possuía a da bilocação, sendo referidas curas em diversos pontos do país, como Juiz de Fora e Corumbá.
Em 1924, voltou-se para o campo da assistência às crianças órfãs e à velhice desemparada. Após três anos de esforços, o confrade João Carlos de Carvalho, que estava a angariar donativos e meios para a fundação de uma instituição para os mesmos fins, entregou-lhe a lista para que a médium obtivesse novas contribuições, Poucos dias depois, Carvalho faleceu, deixando a médium na posse da lista e dos recursos arrecadados. Meses mais tarde, o proprietário da Casa Lopes, que iniciara o estudo da doutrina, mostrou-se interessado na organização de uma instituição de amparo e assistência aos órfãos, sendo informado pela médium de que esta possuía uma lista com alguns donativos para esse fim. Unindo esforços, alugaram uma casa no bairro de Botafogo, aí instalando, em 13 de março de 1927, o Asylo Espírita João Evangelista, sendo ela a sua primeira diretora, função que exerceu até a data de sua morte.
Como autora, deixou diversas obras de cunho lítero-doutrinário, em prosa e verso, geralmente assinadas com o seu pseudônimo. Entre as quais se destacam “Vozes d’Alma” (versos); “Sentimentais” (versos); “Aspectos da Alma” (contos); “Palavras Espíritas” (palestras); “Rumo à Verdade”; “Luz do Alto”.
Publicou diversos artigos doutrinários e poesias de sua lavra em jornais e revistas espíritas.




[1] Grandes Espíritas do Brasil – Zêus Wantuil.

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