A fantástica médium vidente
Gladys Osborne Leonard, nasceu
em 28 de Maio de 1882, em Lytham St. Annes, Reino Unido e faleceu em 19 de
Março de 1968, em Broadstairs, Reino Unido.
Chegou a ser cantora
profissional e durante este período adquiriu o conhecido experimento sobre
fenômenos do Espiritualismo através das experiências das mesas girantes. Ela se
sentou com duas amigas em seu vestiário. Depois de 26 fúteis tentativas, um comunicador
apareceu identificando-se como "Feda" e disse que em uma vida passada
havia sido a esposa de um dos antepassados de Leonard.
Na obra “My Life in Two Worlds”
(1931), Gladys Osborne Leonard rememora a infância dizendo:
"para tudo o
que eu estivesse olhando, a aparência física da parede, a porta, o teto, ou
qualquer que seja, desapareceria, e em seu lugar gradualmente apareciam vales,
pequenas montanhas, adoráveis árvores e bancos cobertos com flores, de toda
forma e matiz. A cena parecia se estender a muitas milhas, e eu estava
consciente que poderia ver muito mais distante do que fosse possível com a
paisagem física ordinária ao meu redor".
O Espírito "Feda"
permanecia uma assistente fiel de Leonard e era sempre a primeira a ser bem
sucedida quando Gladys Osborne entrava em transe. Ela às vezes escutava
objetivamente vozes, sentia leves toques e pequenas manifestações quando estava
sozinha, sendo sempre ciente a respeito do sentimento de branco ou
"interrupção" quando tais coisas aconteciam.
Ocasionalmente, para propósitos
médicos, "Feda" cedia a vez para "North Star", um espírito
exótico, sem o recurso psicofônico articulava as mãos aplicando passes no
paciente, logrando êxito de cura em várias pessoas de diferentes enfermidades.
Em março de 1914, infelizmente
seguindo a tradição inglesa "Feda" deu instruções para que Gladys
Osborne se transformasse numa médium profissional. Mais, a rigor, Gladys
Osborne ficou conhecida pela sua faculdade de comunicação com os espíritos e
também por sua incrível clarividência, sua capacidade extraordinária de ver
coisas a grandes distâncias.
O reverendo Charles Drayton
Thomas, que nenhuma ligação tinha como o Espiritismo, fez nada mais nada menos
do que 500 sessões com Gladys a fim de avaliar a veracidade de sua mediunidade.
Excluiu completamente a hipótese de seu conhecimento transcendental ser apenas
telepatia e não o contato com os espíritos.
Sir Oliver Lodge também dedicou
bastante tempo para pesquisar a mediunidade de Gladys e os resultados foram
positivos. Lodge e sua esposa estiveram acompanhando Osborne, mormente por
causa da desencarnação do filho Raymond, que morreu em 1915, durante a Primeira
Guerra Mundial. A primeira evidência de sobrevivência de Raymond foi obtida por
Leonard, e a publicidade que repercutiu fez de Gladys Osborne uma celebridade.
Em 1918, por um período de três
meses, Gladys ficou exclusivamente comprometida com a Society for Psychical
Research. Deu 73 sessões, quase todas foram anônimas. O relatório de Sra. W. H.
Salter declarou que os assistentes geralmente concordavam que tinham obtido boa
evidência da sobrevivência da personalidade e também que a completa probidade
da médium não podia ser questionada.
Em “My Life in Two Worlds”,
Gladys Osborne narrou muitas interessantes experiências de viagens
extracorpóreas. Ela declarou que frequentemente encontrava pessoas no mundo
espiritual e que trazia as memórias de tais reuniões no estado de vigília.
Estas excursões espirituais frequentemente receberam notável confirmação por
outros meios. Leonard também cooperou com o parapsicólogo W. W. Carington nos
testes para estabelecer se "Feda" era uma personalidade secundária ou
um comunicador genuíno.
Sra. W. H. Salter, uma conhecida
pesquisadora da SPR, realizou um número bem grande de sessões com Gladys. Sra.
Lydia W. Allison, Radclyffe-Hall e Lady Troubridge também fizeram muitas
sessões com Gladys e todos eles ficaram convencidos da mediunidade de Gladys.
Após quase meio século de
trabalho fecundo através da mediunidade desencarnou em 19 de março de 1968.
Os trabalhos
mediúnicos da médium Gladys Osborne Leonard - Sessão de mesa com Mrs. Leonard
No dia seguinte Lady Lodge e
Mrs. Kennedy, com uma senhora francesa, Mme. Le Breton, viúva que perdera os
dois únicos filhos na guerra, Guy e Didier, e estava de coração partido, foram
à casa de Mrs. Leonard para uma sessão de mesa. Mrs. Kennedy encarregou-se das
notas.
As três damas e a médium
sentaram-se em torno da mesinha, com as mãos levemente apoiadas, e tudo
funcionou bem. Mensagens muito razoáveis foram transmitidas em francês. Guy deu
o seu nome, mas Didier falhou em dar o seu – saiu “Dodi”. Também Raymond deu o
nome de uma de suas irmãs e respondeu a mais coisas muito apropriadamente.
A 28 de setembro minha mulher e
eu tivemos outra sessão com Mrs. Leonard, que por esse tempo já nos havia
identificado.
Em 1917 o que de mais
interessante consegui foi uma sessão de voz direta, ocorrida em janeiro, com
Mrs. Roberts Johnson, a chamada “médium-corneta”; interessante, à vista de
posterior referência feita ao fato através de outro médium.
A sessão realizou-se nas
proximidades de Birmingham, em casa dum médico, com várias pessoas presentes,
entre as quais Lady Lodge e Honor, que se apresentaram anonimamente.
Aqui reproduzo as notas tomadas
por minha filha:
Senti grandes ondas
de vibração, como se estivéssemos no mar, ondas que se erguiam do chão sob a
minha cadeira e que todos os presentes igualmente sentiam. Também lufadas de ar
frio.
Os presentes eram
amigos do Dr. ..., que é um investigador psíquico não muito crédulo na corneta.
Depois de algum tempo do início
da sessão uma profunda voz escocesa vibrou na corneta, ou nas suas vizinhanças,
dizendo:
– Bom dia, senhores!
Explicaram-me tratar-se do guia
principal, David.
Continuamos a cantar; a voz
manifestou-se de novo:
– Todos estão agindo bem.
A corneta começou então a dar
voltas pelo recinto, batendo nas pessoas; algumas confessaram ter sido tocadas
por mãos, ou terem ficado manietadas dos braços, como que agarradas por outros
braços. Por fim a corneta dirigiu-se a nós, e Mrs. Johnson declarou que estava
vendo um moço em uniforme cáqui, de pé à minha frente, com papel e lápis na
mão. E a corneta nos disse:
– Ray mnd. Ray mond. (a segunda sílaba era quase imperceptível para
quem desconhecesse a palavra).
– Diga a meu pai que estive aqui.
Isso foi enunciado em falar
muito débil, mas no qual reconhecemos a voz de Raymond. Como houvéssemos
percebido mal, pedimos-lhe que repetisse a última frase, o que foi feito num
tom gritado que estragou a voz com misturá-la à vibração da corneta. Minha mãe
aborreceu-se. Raymond então disse:
– Não se aflija, mãe. Estou bem.
Minha mãe perguntou:
– Sabia antecipadamente que vínhamos aqui?
Raymond respondeu:
– Sem dúvida. Estou sempre convosco.
A corneta bateu em mim e em
minha mãe. Mrs. Johnson conservava-se repetindo durante todo o tempo:
– Fale, fale, amigo!
A corneta foi em seguida para o
centro da sala e comunicou mensagens a outras pessoas. Lá para o fim da sessão
vimos luzes pelo teto, como estrelas; também ocorreram batidas no canto da
sala, fenômeno a que ninguém deu importância.
Essa sessão foi realizada a 23
de janeiro de 1917. A 12 de fevereiro, três semanas depois, numa sessão de Mrs.
Leonard, Feda nos disse, a Lady Lodge e a mim – referindo-se à família em
geral:
Feda – Ele (Raymond) declara que andou procurando falar convosco. Não por meio
da mesinha, mas por meio de voz falada – e que ficou um tanto desapontado.
Lodge – Por quê? Por não o ter conseguido? [não sabíamos ainda ao que ele
se referia].
Feda – “Sim. Eu estava lá. Estava, mas desapontado por não adquirir força e
agir adequadamente. Tenho esperança de atuar melhor em outra ocasião. Alguém lá
presente me falou; mas eu não podia ver com clareza; uma espécie de névoa
envolvia tudo. Alguém procurava ajudar-me, alguém que eu não conheço”.
Ele está mostrando a Feda uma
sala de visitas, não em vossa casa – em outra. Não foi hoje ou ontem. Ele julga
que estavam lá várias pessoas não só você. Faz tempo.
Lady Lodge percebeu ao que
Raymond se referia e perguntou:
Quem estava lá?
Feda – Miss Olive e uma senhora. Soliver não estava. Raymond não podia ver com
clareza as pessoas, mas havia lá mais gente além de vocês. Raymond experimentou
falar.
Lady Lodge – Diga-lhe que ouvi sua voz.
Feda – Isso alegra-o. Mas naquela ocasião sentiu-se decepcionado por não
conseguir força bastante. Adquiriu-a, mas perdeu-a logo. No momento não pôde
pensar em testes. Interessa-se em testes e tinha alguns preparados – mas nada
pôde fazer. Nada pôde dizer além de generalidades. Diz que tocou na senhora –
duas vezes, parece.
Fontes: Oliver Lodge ‒ Raymond uma prova da sobrevivência da alma
"É o
conhecimento de que o Espiritismo tem feito por mim espiritualmente,
mentalmente, e mesmo fisicamente, que me impele a tentar, neste livro simples,
mostrar aos outros como compreender a verdade sobre a sobrevivência pessoal, e
beneficiar aqueles pelo acréscimo de esperança e de coragem para enfrentar as
dificuldades e provações da vida cotidiana, e enfrentar com calma - ainda
espero que a tragédia aparente chamada Morte, que a pobre maioria dos seres
humanos comece a banir de suas mentes tanto e tanto tempo quanto possível".
Nenhum comentário:
Postar um comentário