Nascido em Riken (Suíça), no dia
8 de julho de 1855, e desencarnado em Béziers, (França), no dia 13 de abril de
1931.
Jean Meyer, escritor, cientista,
filantropo e filósofo suíço, foi uma das mais destacadas figuras espíritas no
início do século passado. Convertendo-se ao Espiritismo, após ter lido as obras
de Allan Kardec e Léon Denis, dedicou-se de corpo e alma à grandiosa tarefa de
divulgação da Doutrina dos Espíritos.
Possuidor de apreciável fortuna
material, colocou-a inteiramente a serviço do Espiritismo, dedicando-se com
denodo e verdadeiro amor à tarefa de divulgação dos seus postulados
fundamentais.
Graças ao seu concurso
financeiro e apoio moral, fundou-se em Paris, para onde havia transferido o seu
domicílio ainda em plena juventude, o "Instituto Internacional de
Metapsíquica", cujo primeiro presidente foi o Dr. Roque Santolíquido,
notável professor, deputado e Ministro da Saúde Pública e conselheiro governamental
na Itália. Ocupou a vice-presidência dessa novel instituição, o não menos
famoso Dr. Gustavo Geley (vide biografia
neste blog). Por seus relevantes trabalhos, esse instituto foi considerado
de "utilidade pública", pelo governo francês.
Por ocasião da sua
desencarnação, Jean Meyer era diretor-proprietário do "Revue
Spirite", fundada por Allan Kardec, exercendo sua direção nos anos de 1916
a 1931.
No ano de 1917, em sua própria
residência, Vila Valrose, em Paris, foi fundada a "União Espírita
Francesa", tendo por seus principais companheiros Gabriel Delanne (vide biografia neste blog) e Léon Denis.
Foi ainda vice-presidente da "Casa dos Espíritas", da mesma cidade;
membro proeminente da "Sociedade de Estudos Metapsíquicos" e do "Instituto
Internacional de Metapsíquica", vice-presidente do "Congresso
Espírita Internacional de Haia", vice-presidente da "Federação
Espírita Internacional", quando ela teve a sua sede em Paris, além de ter
sido membro de numerosas entidades científicas da França e de outros países.
Jean Meyer dedicou-se
resolutamente ao estudo dos aspectos filosófico e científico da Doutrina
Espírita, sem se descuidar da parte filantrópica, amparando financeiramente
várias instituições assistenciais, dentre elas uma obra erguida em Lyon, pelas
senhoras Stephen e Dayt.
O grande seareiro despendeu
apreciável parcela de sua fortuna na difusão do Espiritismo através das
"Edições Meyer", e na sustentação das instituições doutrinárias, com
destaque a "União Espírita Francesa".
Encetou numerosos estudos com o
Dr. Gustavo Geley no "Instituto Internacional de Metapsíquica", pois
era persistente investigador dos fenômenos espíritas, ao ponto de merecer de Léon
Chevreuil, um dos presidentes da "União Espírita Francesa", a
afirmação de que "sem Meyer a Metapsíquica não existiria".
Na qualidade de vice-presidente
da Comissão Executiva do "Congresso Espírita Internacional",
realizado em Paris, de 6 a 13 de setembro de 1925, Meyer trabalhou com afinco,
fazendo salientar, de forma impressionante, os seus conhecimentos científicos.
No Congresso Espírita de
Londres, realizado em 1928, no qual tomou parte com "Sir" Arthur
Conan Doyle (vide biografia neste blog),
que muito o prezava, ele pronunciou as seguintes palavras: "É pela União da
Ciência com o Espiritismo, com essa fé racional que ele nos dá, auxiliando-se
um ao outro, que chegaremos a uma compenetração cada vez mais justa e sempre
mais elevada, da obra de Deus".
Podemos afirmar, sem hesitar,
que Jean Meyer foi um dos mais lídimos continuadores da obra de Allan Kardec,
inclusive pela manutenção das tiragens da "Revue Spirite" durante
cerca de 15 anos, e pela realização de uma intensiva divulgação dos postulados
espíritas, numa época quando a nova doutrina revelada começava a aclarar os
horizontes sombrios do mundo, com os esplendores da sua luz.
Jean Meyer não foi um homem que
enterrou o talento, conforme o dizer judicioso dos Evangelhos. Ele se capacitou
de que a fortuna material deve ser colocada em favor das causas nobres, por
isso não hesitou em pôr esse legado transitório, que havia recebido dos Céus, a
serviço do Espiritismo e dos menos favorecidos pelos bens terrenos, mas também
colocou a sua inteligência, a sua fé inquebrantável e todas as forças de que
dispunha, para que essa mesma causa viesse a triunfar.
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