Ante tantas guerras e rumores de
guerras, atentados terroristas que roubam a paz das gentes simples, é de nos
perguntarmos: que mundo estamos construindo para nossos filhos?
O que ofereceremos para esses
pequenos que apenas desabrocham para a vida física?
O que estamos preparando para
seus olhos, para seu futuro?
Importante seria se nos
preocupássemos em construir um mundo onde eles pudessem viver o amanhã,
mantendo o brilho no olhar.
Com menos tristeza estampada na
face. Menos dor pela perda prematura dos pais.
Menos desencanto por verem
partir seus amigos e encontrar tantos bancos vazios na escola.
Um mundo em que as pessoas
pudessem andar livres pelas ruas, sem temer balas perdidas, arrastões ou
manifestações agressivas.
Um mundo onde todos se unissem
para vencer a enfermidade, a fome, a miséria, que ainda existe em tantas vielas
da Terra.
Onde cada qual pensasse no
melhor para a sua família e para o seu próximo.
Um mundo onde as crianças
pudessem sonhar, com a única preocupação de crescer e se tornarem cidadãos
úteis, trabalhadores do bem.
Criaturas que encantassem o
planeta com sua arte, enchendo-o de maravilhosos sons com a sinfonia das suas
vozes.
Ou com a leveza dos seus corpos
na dança.
Ou com a agilidade e eficiência
nas disputas esportivas.
Ou utilizassem suas mentes, suas
mãos para curar enfermidades que persistem em machucar tanta gente.
Ou pudessem se dedicar a
experimentos que resultassem em inventos para facilitar a vida do homem sobre a
face da Terra.
Quem sabe, vencer a gravidade e
lançar-se no espaço, rumo a novas descobertas, novas estrelas?
Uma criança é um raio de luz.
Não apaguemos a esperança que brilha em seu olhar, em seus gestos.
Construamos um mundo em que cada
criança tenha seu lugar ao sol, seja amada, possa brincar livre, vivendo
intensamente sua infância.
Em que possa ir à escola, ir ao
parque, à piscina, ao campo, à praia, sem medo.
*
* *
É possível que ouvindo esta
mensagem alguns de nós digamos que somos pessoas normais, vivendo o dia a dia,
sem poder interferir nos conflitos armados ou em decisões armamentistas.
No entanto, pensemos em como
podemos semear a paz em nossos dias, sendo menos agressivos, mais tolerantes.
Que não dirijamos nosso carro
como se fosse uma arma, que respeitemos nosso semelhante, que honremos o
trabalho honesto.
Há tanto para fazer neste mundo
que pode beneficiar a muitos.
A vibração de amor que lançamos
na direção do outro é a mesma que acalmará a onda dos conflitos armados.
A dignidade com que executemos
nossas tarefas diminuirá a corrupção, a desonestidade.
A nossa doação em espécie ou em
trabalho voluntário diminuirá dificuldades que se apresentam próximas ou
distantes.
Um mundo novo. Um mundo para ser
compartilhado com todos.
Um mundo para nossos filhos. Um
mundo de esperança, bordado com as cores do arco-íris.
Comecemos hoje e unamo-nos a
outros tantos que já semeiam no mundo o bem, o amor, a paz.
Façamos isso pelos nossos
filhos. Pelas nossas crianças. Por nós mesmos que retornaremos, em futuras
vidas, para o mundo que construirmos agora.
Redação do Momento Espírita, com base na canção Let the children have a world, de Danna Winner.
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