Grupo de Estudos Espírita Léon Denis – GEELD
O Natal para o verdadeiro Espírita representa a
comemoração do aniversário de Jesus.
O dono da festa é o Mestre, quem deve receber os
presentes e as homenagens é o aniversariante e não nós. O aniversariante tem os seus convidados que
são os pobres, os deserdados, os coxos, os estropiados, os sofredores etc...
Será que realmente somos convidados do Cristo nessa
festa?
Qual o presente que deveremos lhe oferecer?
O que Ele gostaria de receber?
Sabemos que o que Ele mais quer é que cumpramos a
vontade de Deus, Nosso Pai. E todos os dias renovamos os nossos compromissos no
"Pai Nosso", dizendo: "Seja feita a Vossa vontade”.
Será que estamos fazendo a nossa parte?
Será que estamos nessa festa ou fomos barrados?
A maioria de nós, mesmo espíritas, ainda vê o Natal
como uma festa de consumo, reforçando o culto ao materialismo e à
materialidade, trocando presentes entre si, quando, em verdade, não somos os
homenageados, nem a festa é nossa...
Será que o Cristo se sente feliz com isso?
A nossa reverência ao Cristo deve ser em Espírito e
Verdade apenas, buscando somente materializar a Vontade do Pai que está em todo
o Evangelho.
E como deve ser essa comemoração?
Com uma prece, uma reflexão sobre os objetivos
alcançados, com uma análise crítica interior onde possamos verificar se os
compromissos assumidos antes do reencarne estão sendo cumpridos, porque o único
e maior objetivo que temos na presente existência é de edificar em nós o Bem.
Para esse desiderato, acertamos de forma pessoal e
intransferível com o Cristo, um mandato de renovação.
Nosso compromisso é o de nos conhecermos melhor,
conformando nossa vida com a Vontade de Deus, de nos reformarmos intimamente e
nos tornarmos homens e mulheres de Bem, edificando dentro de nós o Belo, o Bem
e a Justiça.
Infelizmente, papai Noel ainda é mais importante que o
Cristo. O Cristo ainda se encontra desvalorizado e esquecido dentro de nós.
Nossas mesas estão fartas e se fala muito de
solidariedade, mas não se tem sensibilidade ainda com a dor alheia.
Nos falta consciência, falamos muito, mas ainda não
sentimos a fraternidade pulsar o coração. Estamos reféns e prisioneiros das
aparências, do materialismo, dos cultos exteriores, do consumismo, colocando em
segundo lugar o Reino do Espírito, o Reino de Deus.
O interesse espiritual ainda não tem vez nem voz em
nossos corações.
Qual o verdadeiro sentido do Natal?
Deve ser o de autoconscientização, buscando a comunhão
com os valores do Bem, ligados aos interesses do Espírito e da vida imortal,
porque a Terra, para os encarnados, é apenas um curso de pequena duração e
ninguém fica na Escola a existência inteira, um dia voltamos para Casa para
avaliar os deveres realizados.
O que nos atrai não são as boas ideias, mas os
interesses.
A Doutrina do Cristo, cheia de boas ideias, está
conosco a mais de dois mil anos e não mudamos o suficiente. Infelizmente, ainda
não fomos atraídos por esses ideais. Mas à medida que evoluímos pelo estudo,
pelo amor e pela dor, mudam os nossos interesses e vamos crescendo.
Quanto mais sepultamos as nossas vaidades, o nosso
orgulho e o nosso egoísmo, mais somos atraídos pela luz do Cristo e nos
tornamos felizes.
O que representa a Estrela de Belém para os Espíritas?
Representa a Luz Protetora dos Planos Superiores, resumindo uma Infinidade de
Espíritos Luminares que vieram assistir e dar o suporte ao Cristo em sua tarefa
de orientação e exemplos para todos nós.
Será que nos lembramos dos companheiros que estão nas
zonas umbralinas no Natal?
Como se sentem esses Irmãos?
A espiritualidade nos ensina, pelas penas de Chico
Xavier, que alguns nem sabem dessa data ou comemoração. Outros, que se
encontram em situações melhores, sentem-se extremamente tristes por estarem
afastados dos seus familiares; outros ainda vivem refletindo e lamentando as
oportunidades perdidas e sofrendo a dor da saudade e da separação em razão da
resistência e da rebeldia em não aceitar o processo de mudança e transformação
no caminho do Bem.
A falta de Reforma íntima nos afasta de quem amamos.
Muitos filhos, maridos, esposas, demoram a
encontrar-se na erraticidade, em razão do mau direcionamento do livre arbítrio,
tendo em vista seus investimentos no mundo material, nas fantasias, nas
ilusões, em detrimento do sentido real da própria existência. A fuga no
enfrentamento dos desafios ou o desprezo de buscar a prática das lições do bem
nos causa muita dor moral.
NATAL é isso aí, renovação permanente.
Todo segundo é hora de mudar para melhor, Amando,
Servindo e passando nesta vida com trabalho no Bem, na Solidariedade, na
Tolerância, com muita Fraternidade.
E então? Vamos pensar nisso?
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