Richard Simonetti
Deus é imparcial. Há quem
imagine que os espíritos, os santos, Deus, Jesus etc., interferem no resultado
de uma competição esportiva, numa prova escolar, num concurso público, na
disputa por uma vaga de emprego etc. É um grande engano. Geralmente é usado o
fetiche, objetos, amuletos, promessas, preces repetitivas ou ações que
acreditamos ter poderes mágicos.
Os espíritos ou santos evocados
para nos ajudar podem nos influenciar inspirando ideias, mas não responderão
questões numa prova, eles apenas poderão ajudar no sentido de favorecer um
ambiente saudável e a estabilidade psíquica, algo muito importante numa
competição, para que a pessoa se lembre da matéria que estudou. Então, o peso
maior será sempre o da competência, envolvendo habilidade, conhecimento,
estudo.
Por exemplo: Oscar, o maior
jogador de basquete do Brasil em todos os tempos, fazia arremessos tão
certeiros, com tão alto índice de aproveitamento, que é chamado de “mão santa”.
Haverá algum protetor espiritual fazendo santa a sua mão? Negativo! É fruto do
esforço! Por isso, pedir nas orações sucesso, uma vida melhor, como fruto de
dádivas divinas, sem empenho de nossa parte, seria pretender que Deus tivesse
preferências. Se nós, que somos infinitamente inferiores a Deus não
desprivilegiamos um filho para ajudar outro, imaginemos Deus. Então, não
podemos dizer que conseguimos o desejado porque rezamos mais que o outro ou
dizer que não fomos bem na atividade profissional, no relacionamento amoroso,
que não superamos a doença, que não conseguimos o que desejávamos, porque os
espíritos ou os santos não são fortes ou não ouviram nossas preces. O que não
foi forte foi a falta de empenho e perseverança em relação aos nossos
objetivos, em busca do melhor.
Por outro lado, é importante
saber que os bons espíritos procuram nos ajudar, atendendo nossas orações,
dando-nos condições para enfrentarmos nossas dificuldades e resolvermos nossos
problemas.
“Deus ajuda aos que se ajudam a
si mesmos, e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem usar as próprias capacidades:
AJUDA-TE, E O CÉU TE AJUDARÁ”, nesta frase, Allan Kardec quis dizer que “este é
o princípio da Lei do Trabalho, e, por conseguinte, da Lei do Progresso, porque
o progresso é filho do trabalho, e o trabalho coloca em ação as forças da
inteligência”.
Então, podemos dizer que Deus
interfere em nossa vida de maneira indireta. Se fosse de maneira direta, nós
ficaríamos ociosos, preguiçosos, omissos, esperando que tudo venha de mãos
beijadas do Céu. Mas, se buscarmos o aprimoramento moral e intelectual; se
revelarmos dedicação e responsabilidade na atividade profissional ou esportiva;
se cultivarmos o otimismo e o bom ânimo; se exercitarmos a oração e a reflexão;
se desenvolvermos o esforço do bem, enfim, se tudo fizermos, confiantes em
Deus, estaremos habilitados ao contato com os bons Espíritos (trabalhadores de
Deus na Terra) que nos ajudarão na realização de nossos anseios de felicidade e
paz.
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