Léon Denis
Assim como demonstramos, o
Espiritismo pode influenciar poderosamente sobre a economia social e a vida
pública, pois sua concepção da existência e do destino vem facilitar o
desenvolvimento de todas as obras da coletividade e da solidariedade.
Através deste ensinamento, o
homem se sente mais unido aos seus irmãos; ele sabe que não pode evoluir senão
por eles e com eles, e daí a eclosão de ideias generosas, que foram
consideradas, até aqui, como utopias e que poderão doravante, graças a esta noção
da vida evolutiva, passar para o domínio dos fatos.
E assim que o novo
espiritualismo concede a todas as coisas um elemento regenerador. O homem
aprende amar a família e a Pátria, mas, acima de tudo, traz-nos esta noção
sublime da grande família humana: a fraternidade das almas, a comunhão de todos
na consecução de um mesmo fim, a ascensão lenta e gradual de todos para a luz.
Pobre Humanidade dolorosa, tu
galgas penosamente o caminho da vida sob um céu sempre negro é por vezes
incendiadas, por vezes enregeladas! Quando imagino este longo desfile que se
estende sobre as encostas árduas com seu pesado cortejo de sofrimento e
miséria, sinto-me presa de uma imensa simpatia para com todos os companheiros
de viagem terrestre. Na hora presente não quero nada ver de tuas falhas, oh!
Humanidade, mas apenas os teus méritos e teus males. Há um meio século trabalho
sem cessar, com a pena e a palavra, para esclarecer e consolar as almas.
Impotente para curá-las, desejo pelo menos enviar um pensamento fraternal a
todos aqueles que se afogam sob uma rude tarefa, sob o fardo de suas provações,
e para aqueles que, no espaço, se preparam para renascer nesse meio
atormentado.
Este pensamento eu dirijo ao
minerador, mergulhado sob o solo, aos camponeses curvados sobre seus duros
sulcos, ao marinheiro na tempestade, ao metalúrgico, ao fundidor, ao vidreiro
que, sob o ardente bafejo dos fornos, forjam o ferro, vertem a guza e o vidro e
criam mil objetos necessários à civilização. Não me esqueço da mulher, esta mãe
da humanidade; à mãe, companheiras fiéis de nossos trabalhos e de nossas dores,
que nos deu à luz ao preço de seu sofrimento, que nos aquece, sustenta e nos
consola nas horas difíceis.
A todos envio um fraternal
pensamento, pois a fraternidade é a palavra mágica, o princípio soberano que
resolverá todos os problemas sociais, dissipará as iras, os ciúmes, os rancores
e que, do caos das paixões fará surgir um mundo novo.
Não é um espetáculo
impressionante o de ver, em todos os grandes centros industriais, nas primeiras
horas do dia, se desenrolar ao ruído estridente das sirenes, a longa procissão
de homens, de mulheres, de crianças, de rostos melancólicos e pálidos que se
dirigem para as usinas, para aí retomar o labor que os retém a cada dia? Ou
então ver surgir das entranhas do solo nas regiões do Norte, estes mineiros
escurecidos pela poeira do carvão a tal ponto que não se pode mais distinguir a
cor de seu rosto ou então sobre os grandes cais onde, sob o ardente sol os
homens das docas levantam seus fardos?
É preciso ter feito bem cedo a
aprendizagem da miséria, ter conhecido a luta pelo pão de cada dia, para
compreender o estado de espírito dessas multidões; para ter-se explicação da
surda irritação incubada no fundo de tantas almas machucadas, feridas pelo
pesado rolete da necessidade.
Talvez não haja, no vago
instinto de utilidade da maioria desses seres senão a sombria herança dos
séculos passados, dívidas de servidão, que nenhuma esperança oferece além
aquela da morte.
Mas hoje em dia, o operário
conquistou sua liberdade, e, mais ainda sua dignidade de homem pelo seu
trabalho. Eis porque a data de 1° de Maio que foi até aqui uma espécie de apelo
à revolta, se tornará, de pouco em pouco, um símbolo de pacificação e de
reconciliação para se transformar em uma festa de trabalho consagrando a
nobreza do esforço realizado pela solidariedade de todos. Esta data será tanto
mais oportuna e bem escolhida porque coincide com o despertar da natureza, com
os sorrisos e as promessas da primavera.
Pergunta-me por vezes qual é o
fim de tantas vidas obscuras, atormentadas, laboriosas. Se procurasse arrolar
todas aquelas que decorreram desde a origem do mundo, encontrar-se-ia em
presença de cifras formidáveis. Por que todas essas existências, das quais o
tempo dispersa a cinza a todos os ventos e das quais a memória humana não
guarda nenhum traço? Por que tantas dores, dilaceramentos e lágrimas? É que a
vida é um cadinho em que a substância da alma se afina, em que todas as suas
partes mesmo as mais duras se fundem sob o fogo das provas e onde se realiza a
divina alquimia.
É preciso esta lenta purificação
dos séculos para fazer das almas primitivas, brutais e selvagens, um ser
policiado, transformar o egoísmo feroz em espírito de sacrifício e fazer surgir
dos rebentos terrestres as flores delicadas da sensibilidade, da piedade e da
bondade.
Pobres almas humanas, que deves
passar pelos alambiques terrestres para destilar teus sucos ocultam, para
desgastar tuas asperezas. Alma humana, tu és o enigma vivo em que se agitam e
se misturam confusamente tantas paixões, tantas aspirações vagas. Tu és capaz
dos mais belos pensamentos e dos piores sentimentos: amor e ódio, grandeza e
miséria, ingratidão e devotamento. Mas há em ti uma força divina que tua
evolução, através dos tempos, tem precisamente por fim despertar, acrescer, a
fim de te preparar para tarefas mais altas, para uma participação mais ampla
nas obras eternas. E nisso consiste a finalidade de tua vida, de todas as suas
vidas, aí está assinalada a Terra o seu papel na cadeia dos mundos.
A vida não se cria, não se
desenvolve senão através de sofrimento. É preciso sofrer para dar à luz, para
subir, engrandecer, depurar; é preciso sofrer para abrir sua alma a todas as
sensações delicadas e poderosas, para iniciar no conhecimento das grandes harmonias,
para prepara-la às alegrias, à felicidade da vida superior. O sofrimento é a
lei dos mundos inferiores, lei grave e austera, porém profunda em suas
finalidades. Sem ela, nenhum equilíbrio moral, nenhum estimulante para a
melhor, nenhuma compreensão do bom e do belo.
Muitas vezes, nas horas de
angústia, acusa-se Deus, a natureza, o mundo inteiro, sem cogitar que a fonte
de nossos males reside em nós mesmos. É verdadeiro que no domínio moral das
causas e dos efeitos o homem não vê senão as coisas imediatas. Seu olhar não
pode abarcar os períodos durante os quais se desenvolve a lenta incubação de
seus erros e suas faltas, sobretudo quando elas provêm de suas existências
anteriores e constituem a trama de seu destino.
Dissemos que a maioria desses
males resulta do estado mental de nossas gerações que, desde há muito tempo, se
afasta da via estreita sem cuidar da lei do dever, das altas disciplinas, e se
desgarra nos sendeiros floridos da paixão, do egoísmo e da venalidade. Por que
esta Humanidade cujos progressos são tão notáveis numa ordem intelectual e
material permanece estacionária na ordem moral?
Por que a barbárie, a crueldade,
o egoísmo se manifestam em nossa época com tanto maior intensidade do que nos
tempos longínquos? Só o Espiritismo pode explicar.
As almas, suficientemente
evoluídas quando deixam a Terra, vão quase todas viver em mundos melhores,
enquanto que, incessantemente, chegam a nós dos planos inferiores, contingentes
de almas ainda grosseiras que vêm procurar sua educação na esfera terrestre.
Eis porque o nível moral muda tão lentamente. Herdam-se trabalhos de gerações
passadas e não se herdam virtudes que permanecem individuais. Eis porque é
preciso trabalhar acima de tudo na educação do povo se quiser melhorar a sorte
da humanidade.
A reforma do indivíduo deve
conduzir à reforma da coletividade de maneira a que tudo triunfe no homem e
sobre si mesmo, sobre suas paixões, repercuta sobre aqueles que o cercam e que
o progresso do conjunto reaja sobre cada indivíduo. É trabalhando pela elevação
dos outros que trabalhamos mais eficazmente para elevar a nós mesmos e, ao
mesmo tempo, se desenvolve, se acresce e se afirma em nós e em torno de nós,
essa noção essencial de fraternidade que nos religa a todos uns aos outros.
Para bem compreender a realidade
e a força dessa noção, é preciso considera-la sob o aspecto que lhe dá o
ensinamento dos Espíritos. Não se trata mais aqui da fraternidade dos corpos,
mas a das almas, que se encontram ligadas a todos os graus de sua elevação
grandiosa.
Somos, não apenas irmãos por
nossa origem comum e nossas finalidades, sendo todos filhos de Deus e
destinados a junto a Ele nos reunirmos, mas ainda porque somos chamados em
virtude da lei da necessidade a percorrer junta a rota imensa que conduz a Ele,
Nele nos reencontrar, nos reconhecer, para trabalhar e sofrer juntos a fim de
que nossos caracteres se corrijam e nossas qualidades se desenvolvam ao sopro
purificador e regenerador da adversidade.
Entretanto, notamos que a noção
de fraternidade não implica a de igualdade. Entre as doutrinas sociais
correntes, esta é uma das mais contestadas. Não há igualdade na natureza, e
igualmente não o há na Humanidade. No além, todos os seres são hierarquizados
segundo seu grau de aperfeiçoamento, de acordo com a lei da evolução. As
teorias revolucionárias, que pretendem tudo nivelar por baixo, cometem ao mesmo
tempo um erro monstruoso, e um crime, pois que, são destrutivas da obra do
passado, do esforço gigantesco dos séculos visando criar uma civilização. Seria
mais conforme a lei Universal de progresso estabelecer instituições que
contribuam para facilitar a ascensão do homem designando-lhe uma finalidade
sempre mais elevada.
Sem dúvida, a obra do passado
nos levou a muitos abusos e imperfeições que temos o dever de corrigir, mas ela
introduziu também na existência humana facilidades que seria um absurdo
suprimir.
É legítimo que todos os homens aspirem
ao bem estar material, assim como as alegrias do espírito e do coração, mas
pensamos, que é sobretudo graças à ação moral que se chegará a melhorar nossas
instituições, a aperfeiçoar a ordem social.
Para dissipar os mal-entendidos,
que dividem nossas diferentes classes, fora preciso, de início, viver a vida do
povo, tomar contato com ele, comunicam-lhe esta vibração do que existe de
melhor em nós, em uma palavra, compartilhar mais estreitamente, suas dores,
suas misérias, esforçar-se por despertar nele gostos mais nobres, aspirações
mais altas, uma necessidade mais intensa de cultura intelectual.
Insiste-se muito sobre os defeitos
do operário e muito pouco se menciona suas qualidades de coração que são tão
grandes. Mesmo os mais hostis são acessíveis às boas intenções, aos raciocínios
sadios.
Em minha juventude, fui muito
interessado nas cooperativas operárias de produção e participei de seus
trabalhos. Mais tarde, quando me consagrei à propaganda do Espiritismo,
dirigi-me de preferência às massas trabalhadoras e não posso dizer que nelas
encontrei menos eco do que em outras mais.
Se quiser saber o quanto pode o
Espiritismo sobre o público de trabalhadores, pode-se medir sua vasta extensão
entre os mineiros da bacia de Charleroi.
Ao invés da luta de classes,
trabalhemos, pois, em sua fusão preparando os materiais das cidades futuras
feitas de justiça e de harmonia. Nisso o Espiritismo nos ajudará em nos
ensinando que a condição dos humildes pode se tornar a nossa um dia e que a
alma deve renascer em meios diferentes para aí realizar sua educação.
Chegado ao entardecer da vida, o
homem por vezes se interroga e lança um olhar para trás sobro o longo caminho
percorrido. Ele evoca a sombra de todos aqueles que o encontraram e que o
precederam no além, ao mesmo tempo as lembranças das relações boas ou más, das
tarefas realizadas, de situações ocupadas, as decepções, as vicissitudes sofridas.
Percebe ainda o elo enfraquecido das agitações do passado, do ruído das
paixões, mas, em razão do recuo do tempo, ele prefere mais o valor real dos
seres e das coisas. Uma grande paz se faz nele, e ele se sente mais induzido à
indulgência, ao esquecimento das ofensas, ao perdão para com as injúrias.
Compreende melhor o sentido profundo da vida e as vantagens e os inconvenientes
que dele decorrem do ponto de vista essencial de sua evolução intelectual e
moral. Pois nisso reside o fim supremo da existência.
Está ao mesmo tempo no espaço,
porém aí, vastas perspectivas se abrem e o círculo das lembranças se alarga. O
Espírito evoluído vê desenrolar o panorama de suas existências, qual
alternativa de sombras e de luz. As quedas e os erguimentos, ele sente mais
estreitamente a solidariedade que o religa a todos estes seres que ele
conheceu, viajantes como ele da longa peregrinação através dos séculos.
Sabe que ao curso de suas vidas,
foi, vez por vez rico e pobre, patrão e operário, servidor e senhor; que suas
existências humildes e obscuras foram mais numerosas que as existências
brilhantes. E preciso de início aprender a obedecer para mais tarde aprender a
mandar.
O Espírito repassa muitas vezes
em sua memória as cenas, os quadros, os espetáculos tristes e doces de suas
existências terrestres, existências penosas, laboriosas, às quais ele deve seu
estado de progresso, de avanço. Oh! Terra, planeta sombrio e frio, mundo de
deboche e de expiação, de iniciação e de resgate, tu ocupas os mais baixos
degraus da escala de ascensão das almas. A matéria pesa penosamente em tua
superfície, os cuidados aí são múltiplos e o trabalho opressivo. Tudo isto é
necessário para comprimir o ímpeto dos Espíritos jovens para os quais tu serás
a escola e a morada, necessária para reprimir suas paixões, seus apetites
desregrados e submetê-los à disciplina. À medida que o Espírito se ergue na
escala dos mundos à matéria se torna mais sutil, o trabalho mais fácil, as
necessidades menos imperiosas. O Espírito penetra no seio das sociedades mais
perfeitas e mais felizes e aí goza de prazeres espirituais reservados às almas purificadas.
Ele reconhece a maior parte de
seres que o cercam por haver percorrido com eles a etapa terrestre. Recorda-se da
vida passada os serviços prestados, as alegrias e as dores compartilhadas e em
todas estas lembranças ele encontra também os laços que o prendem a esta
multidão como a uma imensa família cujo número irá se engrandecendo à medida
que a alma se eleva e participa de uma maneira mais ampla e mais completa da
vida universal. O Espírito sente em si uma força que o incita a sempre se
tornar maior, e se desenvolver, se aperfeiçoar. Do exterior uma atração envolve
que o arrebata para as coisas divinas, para os cumes da sabedoria e da luz.
Mas, apesar dessa atração ele se sente livre para fazer suas escolhas, tomar suas
resoluções e, ao mesmo tempo, responsável. Ele admira esta hierarquia imponente
das almas que se escalonam através do infinito e que constituem a armadura
espiritual do universo, hierarquia baseada sobre os méritos, sobre as virtudes,
e à qual podem aspirar todos aqueles que muito trabalharam, muito amaram, muito
sofreram.
*
Toda a obra humana, para ser
bela, grande, ou razoável, deve ser como um reflexo, como uma imagem reduzida
da obra eterna. As Instituições, as regras, as leis sociais devem se inspirar
no plano geral, da ordem do Universo. Ora, ai que reside o ponto fraco do
socialismo, a causa de seus insucessos, cada vez que ele quer passar teorias e
sistemas diversos a uma realização de uma organização viva.
O Socialismo cuida muito pouco
das leis superiores e do fim real da vida, que é uma finalidade de evolução e
de aperfeiçoamento. Ele se preocupa muito com o corpo material, que é
passageiro e muito pouco com o espírito que é imortal.
Ora, vimos instituições que não
estão em harmonia com os princípios eternos e estão destinadas a perecer. O
Socialismo deve antes de tudo, agrupar o conjunto das forças e dos
conhecimentos de maneira a dar um impulso mais vivo à evolução do homem durante
sua jornada na Terra. O verdadeiro Socialismo, consistiria pois em estudar e
observar as leis e harmonias universais a fim de realizar tanto, quanto
possível, no meio terrestre tanto na ordem física quanto pelas faculdades
espíritas e as qualidades do coração. E só então que cada indivíduo terá adquirido
a saúde perfeita da alma e do corpo, a dominação de si mesmo, quando a coletividade
tiver tomado plena consciência de seus deveres e sua destinação que a Humanidade
avançará com um passo mais seguro na via do bem. Até lá é preciso esperar por
provas, catástrofes, males de toda a sorte, pois existe uma correlação em todas
as coisas e a desordem dos espíritos leva à desordem da natureza e da sociedade.
Objetar-me-á que a massa humana é
ainda pouco apta à compreensão das altas verdades e que mais ou menos incumbe
ao chefe do movimento de assimilá-las, a fim de orientar para um fim nobre e
elevado à marcha da multidão que o segue.
Parece que a hora das renovações
se aproxima. Em meio às vicissitudes de nosso tempo conturbado, fatos
significativos se produzem de onde se depreende uma grande esperança. A
despeito dos males do nosso século vê-se manifestar por toda a parte uma
vontade de viver, de saber, de progredir que é uma garantia certa da restauração
moral e da evolução humana.
Mais alto que os germes da
decadência e da ruína, vê passar o sopro do espírito que suscita por toda parte
empreendimentos ricos de futuro. A despeito das causas de rivalidade e de ódio
que ainda dividem os povos, vê-se desenhar uma necessidade crescente do
entendimento e solidariedade que tende a uni-los em tarefas comuns.
Jamais no curso da história, a
solidariedade nas provações, o sofrimento, se fez presente de uma maneira tão
intensa. A cruel Guerra Mundial abriu muitas almas e a dor se tornou como que
uma promessa de renovação.
Todos aqueles que foram feridos
pela angústia, pela incerteza do amanhã, a perda de seres amados, sentiram a
necessidade de um estado de coisas que poupasse às gerações o retorno de males
semelhantes. Esta necessidade de solidariedade passou da teoria à ação.
Engendra obras que agrupam os representantes dos povos, das sociedades, das
corporações, de todas as associações humanas, isto não é senão um reflexo da
repercussão dessa imensa solidariedade que une todas as fontes do espaço e
funciona impulsionando as forças sociais de nossa Terra para um período de
transformação.
A multidão imensa das vítimas da
guerra plana acima de nós. Ela não permanece inativa, ela trabalha de mil
maneiras, com o auxilio dos espíritos superiores para multiplicar os laços que
unem o Céu e a Terra. E eis que uma comunhão mais estreita se estabelece entre
aqueles que se curvam ainda sob o jugo da carne e aqueles que dela estão
franqueados.
Do alto, correntes de força, de
inspiração, de recursos fluídicos verte-se sobre a Humanidade. Uma revelação
nova que se difunde sobre todos os pontos do globo. Revelação poderosa que
levará a vida planetária para os horizontes mais esclarecidos da sabedoria e da
luz divina.
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