quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Cientista brasileira desvenda mistério de relação entre tamanho do cérebro e horas de sono[1]
Cientistas já sabiam que o tempo
de sono varia muito entre os mamíferos e que, quanto maior o animal, mais horas
ele passa acordado.
Enquanto um elefante fica 21 horas
por dia acordado, por exemplo, um morcego faz o contrário e passa até 20 horas
dormindo.
Por sua vez, as girafas são
praticamente insones pelos padrões humanos: dormem quatro horas por dia no
máximo. Já os camundongos dormem praticamente todo o tempo.
Mas o que ninguém conseguia
explicar até hoje é o que exatamente determina essa diferença tão grande.
Um novo estudo, publicado no
periódico científico Proceedings of the Royal Society B pela neurocientista
brasileira Suzana Herculano-Houzel, propõe uma explicação surpreendente sobre o
assunto.
Faxina
A quantidade de sono seria
proporcional à concentração de neurônios no cérebro. Ou seja, quanto maior a
densidade de células nervosas, é necessário passar mais tempo dormindo.
A função exata do sono foi por
muitos anos um mistério para os cientistas. Era sabido que este hábito traz
inúmeros benefícios às funções cerebrais e à cognição.
O sono é fundamental para o
aprendizado e para a consolidação das memórias, por exemplo. A maioria dos
especialistas considera, no entanto, que essas não são a função primordial do
sono, mas uma espécie de bônus.
Um estudo de 2013 publicado na
revista Science por especialistas da Universidade de Rochester e da
Universidade de Nova York revelou um aspecto importantíssimo do sono.
É quando estamos adormecidos que
ocorre uma "faxina" do cérebro, a limpeza de toxinas e detritos
derivados das conexões cerebrais que se acumulam ao longo do dia.
Necessidades
diferentes
Quando os animais são privados
de sono, essas toxinas em excesso podem comprometer a capacidade mental.
Segundo a cientista brasileira,
quanto maior a concentração de neurônios, mais conexões ocorrem e mais toxinas
- também chamadas de metabólitos - são produzidas.
Um cérebro com alta concentração
de neurônios produz muitos detritos. Por isso, precisa de uma faxina mais
caprichada, ou, simplesmente, mais tempo de sono.
No minúsculo cérebro dos
morcegos, a concentração de células nervosas é altíssima, e a limpeza precisa
ser mais pesada.
Em compensação, no cérebro do
elefante, que pesa nada menos que cinco quilos, a densidade de neurônios é
baixa. Em poucas horas, a "faxina" está completa.
"A função do sono já estava
bem estabelecida, mas esta é a primeira vez que conseguimos uma explicação
razoável e que possa ser testada sobre necessidades tão diferentes de
sono", constatou Suzana, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
"O curioso é que, quanto
mais tempo um animal passa dormindo, menos tempo ele tem para comer. Por isso,
precisa ser pequeno. Por outro lado, quanto mais tempo permanece acordado, mais
tempo tem para buscar comida. Assim, pode ter um corpo maior. É um mecanismo de
bola de neve."
No caso do elefante, por
exemplo, é necessário dormir pouco porque, para manter seu corpo e com seu
tamanho de cérebro, ele precisa comer durante 18 horas por dia.
Seres humanos
Os seres humanos conseguiram
driblar esse problema de animais maiores (ter que passar boa parte do tempo
comendo) quando começaram a cozinhar os alimentos.
Com o cozimento, tornou-se
possível ingerir muitas calorias em pouco tempo, o que liberou o homem para
outras atividades.
Mas o padrão de sono do homem
varia muito também dentro da própria espécie. Enquanto um recém-nascido dorme
de 16 a 18 horas por dia, os idosos tendem a dormir menos que às oito horas
regulamentares.
"O que acontece nesse caso
é que já nascemos com mais ou menos o número de neurônios que teremos na idade
adulta. Mas, no cérebro pequeno de um bebê, a concentração é muito maior e, por
isso, dormimos mais", disse a neurocientista.
"Conforme crescemos e
mantemos o mesmo número de neurônios, a concentração diminui. No caso dos
idosos, como perdemos neurônios com a idade, é esperado que durmam menos."
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Por que a anestesia é um dos maiores mistérios médicos dos últimos tempos?[1]
A anestesia foi um grande avanço médico, nos permitindo perder a consciência durante uma cirurgia e também em outros procedimentos dolorosos.
O problema é que nós não temos
muita certeza de como ela funciona. Entretanto, agora, com alguns estudos,
estamos cada vez mais perto de resolver essa questão, e juntamente com ela, o
próprio mistério da nossa consciência.
Quando alguém recebe um
anestésico, sua atividade cerebral e a cognição continuam funcionando, mas a consciência simplesmente desliga. Por
exemplo, alguns experimentos com ratos mostram que eles são capazes de
“lembrar” perfeitamente de odores mesmo estando anestesiados. É por isso que o anestesiologista
Stuart Hameroff, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, é tão
fascinado por esse universo.
"Anestésicos apagam pedaços
da consciência de maneira bastante
seletiva, poupando atividade cerebral não-consciente", disse Hameroff.
"Assim, o mecanismo de ação do anestésico precisa ser direcionado para o
da consciência”. Por isso, hoje, as
chances de algo ruim acontecer enquanto estamos anestesiados são extremamente
pequenas. Porém, nem sempre foi assim.
De fato, a área da
anestesiologia já percorreu um longo caminho desde 1846, quando o médico
William Morton, no Hospital Geral de Massachusetts, realizou uma pequena
cirurgia de retirada de um tumor na boca de um homem. Para diminuir a dor, ele
usou uma garrafa de éter como inalador e o paciente ficou totalmente
inconsciente. Nesse momento, a anestesia começou a realmente ganhar importância
em procedimentos cirúrgicos.
Aproximadamente em 1940, a visão
da anestesia como uma proposta arriscada ainda era muito recorrente. Naquela
época, uma em cada 1.500 mortes foram atribuídas à anestesia perioperatória.
Esse número, desde então, reduziu bastante com o tempo, principalmente por
conta da melhora das técnicas e dos produtos químicos utilizados, dos padrões
de segurança e do influxo de anestesistas credenciados. Hoje, as possibilidades
de um paciente saudável sofrer uma morte por conta da anestesia é inferior a 1
em 200.000. Isso equivale à chance de 0,0005% de haver uma fatalidade.
Deve ser salientado, no entanto,
que "paciente saudável" é o termo operativo. Na realidade, as mortes
relacionadas com a anestesia estão em ascensão em outras áreas e idades, e o
envelhecimento da população tem muito a ver com isso. Depois de décadas de
declínio, a taxa de mortalidade em todo o mundo aumentou.
Durante o efeito da anestesia,
há cerca de 1,4 mortes em 200 mil, em pacientes considerados “não saudáveis”.
De forma alarmante, o número de mortes dentro de um ano após uma anestesia
geral é perturbadoramente alto: cerca de 1 em cada 20 pessoas acima de 65 anos.
O anestesista André Gottschalk diz que as taxas aumentaram porque há mais
idosos sendo operados, considerando que a anestesia pode ser estressante para
pessoas com problemas cardíacos ou com a pressão arterial elevada.
Entretanto, há outros perigos
associados à anestesia. Ela pode induzir uma condição conhecida como delírio
pós-operatório, um estado de confusão grave e perda de memória. Após a
cirurgia, alguns pacientes se queixam de alucinações, adquirem problemas para
responder perguntas, repetem muitas coisas e esquecem por que estão no
hospital. Estudos têm mostrado que cerca de metade dos pacientes com 60 anos ou
mais sofrem com esse tipo de delírio. Esta condição, normalmente, se resolve
após um ou dois dias. Contudo, para algumas pessoas, tipicamente aquelas com
idade superior a 70 anos e com um histórico de déficits mentais, uma alta dose
é suficiente para resultar em problemas crônicos de atenção e memória, que
podem durar meses ou anos.
Os pesquisadores especulam que
isso se deve não à qualidade dos anestésicos, mas sim à quantidade. E este não
é um problema fácil de resolver: quando a quantidade de anestésicos não é
suficiente, o paciente pode acordar no meio do processo; e quando ela está em
excesso, pode matá-lo. É um equilíbrio difícil de alcançar, porque, como a
escritora Maggie Koerth-Baker aponta: "A consciência não é algo que
podemos medir".
Em um estudo, alguns pacientes
receberam “propofol”, e outros, vários gases anestésicos. Na manhã após a
cirurgia, 16% que recebeu a anestesia fotossensível exibiam confusão, em
comparação a 24% que foi anestesiado normalmente. Da mesma forma, 15% dos
pacientes que já tinham um histórico mental complicado permaneceram por pelo
menos três meses no hospital se recuperando dos danos causados. Para ajudar a
aliviar estes efeitos, os médicos são encorajados a falarem com seus pacientes
durante a anestesia regional e garantir que eles estejam bem nutridos e
hidratados, melhorando o fluxo de sangue para o cérebro durante a cirurgia.
Normalmente, a anestesia é
aplicada com uma injeção contendo um medicamento chamado “propofol”, que dá uma
transição rápida e suave para a inconsciência. Para operações mais longas, é
adicionado um anestésico inalatório chamado “isoflurano” para garantir que o
paciente não irá acordar. Mesmo sendo medicamentos comuns e sejam conhecidos
seus efeitos, os neurocientistas ainda não possuem certeza de como esses
produtos químicos funcionam na consciência.
É aí que a neurociência aparece tentando iluminar esse mistério.
Os pesquisadores precisam traçar
os correlatos neurais da consciência
(NCCs), que são variações na função cerebral que podem ser observados quando
uma pessoa vai de consciente ao
inconsciente. Estes NCCs podem ser ondas cerebrais, respostas físicas,
sensibilidade à dor, enfim, só precisam ser diretamente relacionadas com a consciência.
Os cientistas sabem há algum
tempo que a potência anestésica se correlaciona com a solubilidade em um
ambiente. Para isso, eles incapacitam várias proteínas diferentes que agem na
superfície dos neurônios, que são essenciais para a regulação do sono, da
atenção e da aprendizagem. Ou seja, as atividades neuronais são interrompidas
em diversas regiões do cérebro que, em conjunto, provoca a inconsciência.
Onde fica o mistério então? O
problema é que os neurocientistas não tinham sido capazes de descobrir qual (ou
quais) região do cérebro é responsável por esse efeito. Há uma teoria chamada
de “espaço de trabalho global” que influencia nessa explicação. Esse pensamento
sustenta que a consciência é um
fenômeno amplamente distribuído, onde a informação sensorial é recebida
inicialmente em regiões separadas do cérebro, sem que estejamos conscientes
disso. Estes sinais são transmitidos para uma rede neuronal que os distribuem
por todo o cérebro e, a partir daí, ele começa a funcionar em sincronia.
Como o grau de sincronia é algo
cuidadosamente calibrado, os anestésicos devem ser manipulados com igual
cuidado a fim de perturbar essa harmonia. De fato, os anestésicos podem
provocar a inconsciência, bloqueando a capacidade do cérebro de integrar
corretamente as informações. A sincronia entre diferentes áreas do córtex
(parte do cérebro responsável pela atenção, consciência, pensamento e memória)
fica embaralhada e, então, a consciência
é desligada. Segundo o pesquisador Andres Engels, a comunicação de longa
distância fica bloqueada, de modo que o cérebro não consegue construir um
espaço de trabalho geral. "É como se a mensagem chegasse na caixa de
correio, mas ninguém viesse pegá-la". O “propofol”, em particular, parece
causar uma sincronia anormalmente forte entre outras regiões do cérebro e o
córtex primário. Quando muitos neurônios disparam em um ritmo fortemente
sincronizado, não há espaço para a troca de mensagens específicas.
Complementando essa ideia,
pesquisadores da Universidade da Califórnia dizem que o retorno da atividade
cerebral consciente ocorre em grupos distintos, como se fosse um agregado de
computadores que não ligam ao mesmo tempo. Isso não é de um todo ruim, já que
algumas partes, quando religadas, dão impulso para outras ligarem em seguida, e
é assim vai até que a consciência seja plenamente reestabelecida. "A
recuperação de uma anestesia não é simplesmente o resultado da retirada do
medicamento do corpo da pessoa, mas também é um trabalho árduo para o cérebro
encontrar o caminho de volta por meio de um labirinto de possíveis estados de
atividade, que permitem a atuação da consciência”,
observou o pesquisador Andrew Hudson. "Simplificando, é como se o cérebro
reiniciasse".
Há também o trabalho de Stuart
Hameroff que deve ser ressaltado, embora sua abordagem sobre a consciência ainda seja especulativa.
Tendo base um estudo feito por Rod Eckenhoff na Universidade da Pensilvânia, a
pesquisa demonstrou que os anestésicos agem em microtúbulos, polímeros extremamente
pequenos de proteínas de forma cilíndrica que fazem parte do citoesqueleto
celular. Juntamente com Travis Craddock, Hameroff colocou a possiblidade dos
anestésicos se ligarem aos microtúbulos, afetando-os e desestabilizando-os, o
que explicaria, então, a disfunção cognitiva relacionada à anestesia.
De fato, existem estudos sobre o
cérebro dos mais variados tipos e, definitivamente, ainda há um caminho longo
para percorrer. Provavelmente, será por meio de pesquisas com base em respostas
conscientes que poderá ser possível, um dia, chegar a compreender melhor aquilo
que chamamos de mente.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Progredir sempre, tal é a lei[1]
Luiz Lemuchi-Boletim Colmeia
de Luz (Indaiatuba)
O progresso é inevitável. É uma
lei da natureza, lei de Deus. Tudo se transforma e progride. As transformações
ocorrem de maneira imperceptível, pouco a pouco. Não percebemos no cotidiano de
nossas vidas, as mudanças, porém, quando deixamos de ver alguém por algum
tempo, ou alguma coisa, ou ainda algum lugar, logo percebemos em nossos
registros mentais algo diferente. Houve mudança.
Tudo é movimento no universo.
Para aquele que crê numa Inteligência Suprema, dirigindo e coordenando o
Universo ilimitado, não existem receio e expectativas negativas diante dos
sucessivos fatos que levam a esse progresso. Confiante em Deus sabe que sempre
o melhor virá nas ocorrências sucessivas em nossas vidas.
Analisando a nós mesmos,
sentimos as mudanças físicas e psicológicas ou espirituais. Sentimos
diretamente e com clareza as transformações físicas com a constante alteração
de nosso corpo, em decorrência da idade que vai avançando. Nossos conceitos a
se reformular, sempre reformulando nosso caráter e nosso comportamento no que
se refere à ética, à moral e à destreza da inteligência, a cada dia acumulando
mais conhecimento.
Por estarmos encarnados e
considerando nossa relativa evolução intelectual e moral, nosso foco principal
ainda é o corpo físico. A velhice vai vencendo suas etapas. Não são todos que
aceitam e se conformam com essa situação. Mas, queiramos ou não, esse progresso
é constante.
Para a porção da humanidade que
cultua as ideias materialistas a insatisfação é enorme, ao contrário daqueles
que creem em Deus e defendem o espiritualismo. A compreensão da Lei do Progresso se pronuncia com mais
naturalidade e sem revoltas.
O Espiritismo, em seu corpo
doutrinário, vem aclarar de vez esse fenômeno das transformações. O estudo e a
prática da Doutrina dos Espíritos instala na criatura humana uma serenidade que
a faz feliz em todos os períodos da sua existência.
Estar sempre atento a este tema,
estudando e reflexionando a respeito, trará progressivamente a paz interior. A
confiança em si mesmo e acima de tudo nos desígnios de Deus. Analisamos a
individualidade, pelo fato de falar mais alto ao nosso interesse. Mas podemos
deduzir, sem dificuldade, o avanço em tudo que nos cerca. As mudanças econômicas,
sociais, científicas, levando a humanidade a novas etapas evolutivas.
A Lei da Reencarnação ou das vidas sucessivas é o marco da justiça
divina. A cada retorno nosso no que denominamos mundo material, estaremos
vivendo tempos mais avançados e melhores.
Mudanças numa ordem estabelecida
provocam sempre revolução, jogos de interesses, fixação na ideia do poder.
Ainda em nosso mundo, as mudanças geram conflitos, guerras, destruição e
desespero. Também nos grandes acontecimentos, essa Lei mostra a transitoriedade
dos acontecimentos. Tudo passa. O Ser Inteligente, o Espirito Imortal continua,
segue em frente evoluindo.
Para nos situarmos adequadamente
nesse contexto da Lei do Progresso,
temos o apoio Daquele que nos visitou e que hoje sabemos que é o Governador da
Terra: Jesus de Nazaré. É Ele: o caminho, a verdade, a vida. Sigamo-lo,
confiantes.
domingo, 27 de setembro de 2015
Os Múltiplos Caminhos que levam à Cura[1]
Osmar Gomes Maciel
Desde os primórdios o homem
gravita ansiosamente em meio a doenças infecciosas, degenerativas ou
psicológicas, sem se dar conta que as mesmas não limitam ao físico.
As curas de Jesus tidas como miraculosas,
e destacadas pelo sectarismo religioso, em verdade constituíram-se na mais
sublime didática voltada para lei de Causa e Efeito, que esse mundo conheceu,
no entanto, os males espirituais da Sua época são os mesmos dos tempos atuais.
Os rituais e beberagens
ministrados pelos xamãs ou feiticeiros evocando os espíritos ancestrais ainda
competem com a medicina do homem branco que chega cada vez mais nas tribos.
Hoje, eminentes cientistas do
mundo, no que se refere aos estudos sobre a relação entre as práticas
religiosas ou espirituais e a obtenção da saúde, concluíram afirmativamente
sobre a atuação da fé e da prece no processo que conduz à cura, deixando
antever que no homem a cura flui do
interior para o exterior, e não o contrário, com todo respeito que a
medicina nos inspire.
Atualmente seja em uma casa
simples ou em um galpão, observam-se filas imensas de pessoas que já tentaram
de tudo para se curar, mas sem êxito. Movidas pelo desespero ou esperançosas na
atuação dos espíritos, buscam soluções consideradas sobrenaturais como
derradeiro recurso.
O que se observam nesses lugares
são médiuns fazendo incisões com canivetes, facas de cozinha, ou com as
próprias mãos, sem sangramentos e sem dor. Os corpos são abertos, tumores são
extirpados sem qualquer assepsia, ante o olhar atônito dos profissionais da
saúde conforme se constata através de imagens estampadas em revistas ou
exibidas pelos canais de televisão.
Há que ressaltar também, as
cirurgias dessa natureza realizadas sem instrumentos, cortes, dores ou
sangramento, cujos bons resultados foram comprovados através dos exames de
laboratório.
O princípio dessas curas repousa na convicção
de que os Espíritos manipulam e aplicam energias antes denominadas como fluído vital, fluído magnético ou ectoplasma,
remetendo-nos a crer que as doenças em geral instalam-se no perispírito –
elemento intermediário entre o corpo e a alma – repercutindo no corpo físico,
onde surgem as mais diferentes patologias.
Outra evidência de cura procede
da utilização da água, conforme concluiu o cientista Massaro Emoto, através de
microfotografias, que revelaram o extraordinário poder da água em formar
cristais que respondem energeticamente ao efeito salutar da música, da oração e
das palavras que se referem ao amor e ao perdão, mas, que se desintegram
instantaneamente diante dos fluxos negativos resultantes das atitudes e
comentários deletérios. Essa tese encontra apoio nas práticas espíritas que
utilizam a água submetida ao processo de magnetização ou fluidificação, que a
tornam própria para beneficiar doentes das mais diferentes etiologias.
As pesquisas cientificas
relacionadas com espiritualidade e saúde investigam atualmente os efeitos da
oração à distância apesar da resistência encontrada entre os céticos.
Concluindo esse artigo
recorremos aos depoimentos do Dr. Roberto Brólio inclusos em seu livro “Doenças
da Alma” no que se refere à profilaxia para prevenção dos males espirituais
presentes no bojo das doenças que atormentam as pessoas, e congestionam os
corredores das unidades de atendimento médico, cada vez mais vulneráveis a
estagnação.
“O homem sofre as consequências
de suas faltas, porque não há uma só infração à Lei de Deus que fique isenta
aos impositivos do reajuste”. A severidade da expiação é sempre proporcional à
gravidade da falta, portanto quando as ações praticadas pelos seres humanos não
se sintonizam com o Bem, geram estados de desarmonia vibratória, cuja percepção
depende da sensibilidade de cada um, mas sempre passível de ressarcimento a
qualquer tempo, porque Céu e Inferno são estados inevitáveis de consciência a
que todos estamos sujeitos.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
O Consolador Prometido[1]
Acontecimentos
incomuns foram presenciados em uma casa localizada na zona rural de um
município da Região Norte do Rio Grande do Sul. Barulhos de socos nas paredes,
pedras que caem sobre o telhado e dentro da casa, mesmo com portas e janelas
fechadas, são alguns dos relatos dos moradores. O caso se tornou o principal
assunto da cidade e mobilizou a cidade.
Assustada e sem saber a quem recorrer, a família que
presenciava os fenômenos acionou a Brigada Militar, que foi ao local e mesmo
sem encontrar explicações registrou uma ocorrência. Os policiais se dizem
espantados com os fatos observados. "Vimos pedras sendo jogadas ou caindo
em cima do telhado da casa, nas paredes. O detalhe é que não quebrava a telha.
Nas paredes, não ficava sinal nenhum dessas pedras", conta o Sargento João
Aquino.
Na residência vivia um casal com três filhos, um
menino de oito anos e duas meninas, de 11 e 15 anos. "Jogavam pedras na
casa, como uma chuva. A gente chamava a polícia. Ela vinha, olhava por tudo e
não enxergava nada. A casa toda fechada e enchia de pedra dentro. Depois que
acalmou um pouco as pedras, começou a virar os roupeiros", relata o casal
que prefere não ser identificado.
Vizinhos prestaram ajuda e chegaram a levar a família
para outros locais, como um colégio. No entanto, os acontecimentos teriam
voltado a ocorrer. "Todo mundo está com receio. Deu para ver vários
fenômenos, como pedras aparecendo sem ninguém jogar e objetos dentro de casa se
movendo sem ninguém tocar. Utensílios domésticos saíram de um lugar para o
outro. A gente procurou socorrer a família de várias maneiras, levando para um
colégio aqui perto. O fenômeno acabou acontecendo lá também", explica o
agricultor Valdir Antônio Marquioro, que vive perto da casa onde ocorriam os
episódios.
O caso mobilizou uma equipe de assistentes sociais do
município. Alertada sobre os eventos, eles foram até a propriedade para tentar
auxiliar os moradores. "Nós até teríamos uma explicação técnica e
científica. Não vamos falar a respeito de fatos, de pedras voando. O que pode
estar acontecendo é no âmbito psíquico. A partir daí é que estamos voltando o
tratamento para essa família", avalia a psicóloga Ariane dos Santos.
Além das pedras, a filha mais velha começou a
apresentar um comportamento estranho. "Um dia, o espírito levou ela para
cima da casa, jogou ela para baixo e quebrou a telha", relata a mãe.
Ao saber do caso na cidade, o produtor de vídeos
Gelson Luiz da Costa foi até o local movido pela curiosidade. Com uma câmera,
fez imagens a fim de registrar o fenômeno. No momento de uma gravação, uma
pedra caiu dentro casa. Ele percebeu que a família precisava de ajuda e se
empenhou para encontrar um médium para realizar um trabalho de exorcismo.
O médium Nelson Júnior Paz afirma ter exorcizado a
garota. "O espírito se afastava da menina quando a gente chegava perto da
casa. Então eu me retirei para que ele baixasse nela e eu pudesse fazer o
exorcismo. Também perguntei por que ele estava perturbando aquela menina, o que
acontecia. A todo momento ele dizia que queria a vida dela ou a propriedade de
volta", diz.
Costa filmou o procedimento. Após o exorcismo, os
moradores decidiram demolir a residência. "Estou com 65 anos e foi a
primeira vez que vi isso. Nós queremos paz", desabafa o pai da família.
A família está sendo atendida pela assistência social
do município, e a Federação Espírita do Rio Grande do Sul acompanha o caso.
assunto=MANIFESTA%C7%D5ES+F%CDSICAS
Autor: www.g1.globo.com
Assinar:
Postagens (Atom)