Leandro Martins - Revista
Espiritismo
1 - Cansaço, baixa
imunidade às doenças, falta de equilíbrio e concentração, bem como excesso de
irritabilidade podem ser indícios de uma perda energética provocada pelo
vampirismo.
Quando a Doutrina Espírita se
refere aos vampiros, não fala de seres mitológicos com dentes agudos, adaptados
para sugar o sangue das pessoas saudáveis, mas sim, de encarnados e
desencarnados, que, desrespeitando as leis de Deus, se munem de sentimentos de
vingança contra desafetos do passado, ou mesmo de sentimento oportunista e
passam a viver à custa de energia vital de outrem.
Há também aqueles seres que
embora tenham deixado o corpo físico, continuam ainda vivendo os prazeres
obscuros da carne e dos vícios como o fumo e as drogas, bem como os
desregramentos da bebida e do sexo, entre outros e que por se encontrarem
impossibilitados de satisfazerem seus prazeres, induzem outras pessoas
encarnadas a fazê-lo, e delas captam os fluidos, sentindo-se assim os mesmos prazeres
produzidos pelo ato.
2 - Espíritos
vampirizadores
O termo vampiro é usado
analogamente para definir o ato do espírito que suga intencionalmente as
energias do outro, em alusão à figura mítica de Drácula que hipnotizava suas
vítimas e lhes sugava o sangue até a morte. No mundo espiritual encontram-se
figuras distintas deste ser, mas que atuam de forma muito parecida com as
artimanhas do conhecido ser das trevas do folclore.
Há espíritos que sugam as
energias sutis de seus hospedeiros a ponto de lhes causar sérios danos à saúde
física e psicológica, uma vez que, além de lhes enfraquecer as forças, lhes
envolvem em formas mentais grosseiras, que os martirizam mentalmente
levando-os, às vezes, a casos de loucura. André Luiz chamou este processo de
infecção fluídica, tão grave é o dano causado à vítima.
3 - Seres alienados
Ao desencarnar, o homem leva
consigo todos os seus vícios e necessidades. Dependendo de sua nova situação no
mundo dos espíritos e, principalmente da região onde habita, é muito comum que
sinta as mesmas necessidades que tinha quando encarnado. Como não tem meios
para desfrutar dos prazeres da vida corpórea, e sem condições de suprimir esta
necessidade em sua nova condição na erraticidade, ele busca apoio naqueles
encarnados que podem lhe oferecer formas para a satisfação destas vontades.
Temos aí o sugador de forças
vitais, que se aproxima de um encarnado que detém as mesmas necessidades que as
suas, induzindo-o a prática em excesso dos vícios em comum. Podemos citar os
viciados no campo sexual, das drogas, do jogo, e até nas práticas mais comuns
do dia a dia, mas que em excesso, oferecem sérios prejuízos, como o caso da
alimentação, como mostram os ensinamentos do espírito André Luiz nos livros da
Coleção Mundo Espiritual (FEB).
Encarnados se alimentam e bebem em excesso, o fazem por si e
por outros espíritos, e quando em comportamento sexual vicioso, expõem sua vida
íntima e privada a uma série de experiências no campo sexual.
4 - Os monstros
Narra a literatura espírita que,
no plano espiritual, há entidades que pela ignorância e atraso moral, além de
subjugar suas vítimas encarnadas e até mesmo desencarnadas, mantêm pela chamada
ideoplastia seu perispírito em formas monstruosas. Sentem-se bem sendo temidos
e reconhecidos pela forma que se apresentam e, normalmente agem em bandos
visando intimidar os outros espíritos que encontram pela frente.
Ambientes terrenos onde impera o
vício e a imoralidade são roteiros preferidos destes espíritos, uma vez que lá
encontram por afinidade suas presas com maior facilidade. Segundo o Espírito
Miramez pela psicografia de João Nunes Maia, na série de livros que trata da
Vida Espiritual (Editora Fonte Viva), bem como pelos livros de André Luiz, os
matadouros de animais estão repletos destas criaturas que sugam a energia do
animal abatido, saciando dos seus instintos ferozes com os fluidos da presa.
Velórios e cemitérios cujos
enterros não contam com a proteção fluídica da prece e a presença de espíritos
nobres, podem também ficar vulneráveis à presença destas criaturas, que
aproveitam para colher os resquícios de fluidos vitais dos recém-desencarnados.
5 - Vítimas do ódio
Espíritos que mantém desavenças
enquanto encarnados, também no plano espiritual, continuam nutrindo o mesmo
ódio por seus inimigos. Sentindo-se em vantagem, travam forte perseguição a
seus desafetos, aproximando-se deles e, muitas vezes, induzindo-os a tomar
atitudes que os prejudiquem como a prática de vícios, o excesso físico, além da
escravidão psíquica. Os Centros Espíritas tem por função serem abrigos ao
viajor que bate à porta em busca do auxílio para os males do corpo físico ou da
alma.
Entre os males da alma, é na
Casa Espírita que aquele que, sentindo a pressão da cobrança de uma entidade
espiritual vingativa, encontra a proteção e o entendimento necessários ao
resgate dessa dívida cármica. Em reunião mediúnica privativa, este espírito
será lembrado das palavras do Nazareno que ensinou a perdoar o mal que nos
fazem, e que esta dívida cármica será sim quitada com a moeda da ação caridosa
em favor de alguém e sem espera de recompensas que não seja outra senão a da
alegria na prática do bem.
Envolvido em uma psicosfera de
amor e oração, este cobrador do além sentirá o envolvimento de sentimentos de
paz e bondade que o estimulará a desistir do intento de vingança e a
compreender que o perdão liberta quem perdoa e não quem é perdoado.
6 - Vampiros
encarnados
Não podemos deixar de falar da
obsessão dos encarnados aos desencarnados. É o que acontece devido ao apego aos
entes queridos. Ao desencarnar o homem passa a habitar um mundo desconhecido do
plano físico, porém, há laços afetivos que não se rompem. O pensamento daquele
que fica aqui atravessa as barreiras físicas chegando à alma daquele que está
do outro lado da existência.
Se o pensamento do encarnado for
de inconformismo e desespero, isto poderá causar desequilíbrios ao desencarnado
que poderá sentir a necessidade de voltar a viver junto a seus entes queridos;
e infelizmente é esta atitude que muitos tomam ao ouvir os chamados incessantes
de seus entes queridos encarnados.
Mas a presença do espírito
normalmente se torna um problema, pois ele passa a dividir o espaço com os
encarnados e a tirar deles, mesmo involuntariamente, seus fluidos vitais e,
pela ligação psíquica, podem passar sua insegurança emocional. Assim ambos,
encarnados e desencarnados, são prejudicados.
Há também o exercício
irresponsável da mediunidade, quando espíritos são praticamente escravizados
por médiuns que os usam para a satisfação de prazeres pessoais e a manutenção
de sua vaidade medianímica, como ensina André Luiz no livro “Nos Domínios da
Mediunidade”.
“Desencarnados são mais vampirizados
que vampirizadores. Fascinados pelas requisições dos médiuns que lhe prestigiam
a obra infeliz, seguem-lhes os passos, como aprendizes no encalço dos mentores
aos quais se devotam”.
Fala também do futuro destes
irmãos envolvidos no processo de simbiose mental: “Na hipótese de não se
reajustarem no bem, tão logo desencarnem o dirigente deste grupo e os
instrumentos medianímicos que lhe copiam as atitudes, serão eles surpreendidos
pelas entidades que escravizaram, a lhes reclamarem orientação e socorro”.
7 - Proteção
A forma de fugir desta
influência é seguir as orientações da Espiritualidade que recomenda a
vigilância e a mudança de hábitos. Ninguém pode nos forçar a fazer aquilo que
não desejamos desde que tenhamos forças para resistir, conforme ensina o
saudoso escritor Herculano Pires:
”Vivendo no plano extrafísico,
os vampiros agem sobre nós por indução mental e afetiva. Induzem-nos a fazer o
que desejam e que não podem fazer por si mesmos. Quanto mais os obedecemos,
mais submissos nos tornamos”.
É preciso ter força para ignorar
e resistir às más orientações, perdoar seus inimigos. Além de melhorar sua
condição espiritual, você ainda convida os seus obsessores a seguirem seus
passos em direção ao bem.
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