Até hoje a
obsessão não é combatida com a eficiência que merece. E parece-nos bastante
estranho, por ser, talvez, a doença mais antiga da Humanidade, em relação a
outras tantas prejudiciais.
Basta que nos
recordemos que, em todos os períodos do pensamento histórico, a obsessão e suas
sequelas se têm apresentado ceifando a saúde física e mental dos indivíduos.
Terrivelmente
ignorada, ou simplesmente desconsiderada, vem prosseguindo no seu triste fanal
de vencer todos aqueles que lhe tombam nas malhas coercitivas.
A obsessão
somente ocorre em razão do comportamento irregular de quem se desvia do roteiro
do bem fazer, criando animosidades e gerando revides.
Certamente,
haverá muitas antipatias gratuitas entre as pessoas, que resultam de preferências
psicológicas, de identificações ou reações afetivas. Os dardos atirados pelas
mentes agressivas e inamistosas são inevitáveis para aqueles contra quem são
dirigidos.
No entanto, a
conexão somente se dará por identidade de sintonia, por afeição à afinidade em
que se manifestam.
Por esse motivo,
a obsessão sempre resulta das defecções morais do Espírito em relação ao seu
próximo, e desse, infeliz e tresvariado, que não se permite desculpar e dar
novas chances a quem lhe haja prejudicado.
Não ignoramos
aqueles que têm gênese nas invejas, nas perseguições aos idealistas de
trabalhadores do Bem, mas que também somente se instalam se houver tomada
psíquica naquele que se lhes torna objeto de perseguição.
O indivíduo que
ama a retidão de princípios e os executa firmado em propósitos de elevação
moral, mesmo quando fustigado pela pertinácia dos irmãos desajustados e
perversos de ambos os planos da vida, não se deixa afetar, permanecendo nas
disposições abraçadas, fiel ao programa abraçado.
Pode
experimentar alguma aflição, como é natural, mas robustece-se na oração, no
prazer do serviço que realiza, nas leituras edificantes, na consciência
pacificada. Simultaneamente, torna-se amparado pelos Espíritos nobres, seus
afeiçoados desencarnados, aqueles que foram beneficiados por sua bondade
fraternal, que acorrem a protegê-lo e sustentá-lo nas atividades que lhe dizem
respeito.
Jamais se curvam sob as
forças tenebrosas do mal aqueles que se entregam a Deus, a Jesus e ao Bem, nas
fileiras do dever a que se apegam.
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