segunda-feira, 9 de junho de 2025

LUIZ OLIMPIO GUILLON RIBEIRO[1]

 


 

Luís Olímpio Guillon Ribeiro nasceu de pais pobres, no estado do Maranhão, a 17 de janeiro de 1875. Desde os verdes anos começou a conhecer as asperezas da existência e aos 7 anos ficou órfão de pai e com isso, sua genitora partiu com ele para o Rio de Janeiro.

Para poder custear os seus estudos e prover a manutenção da sua extremosa mãe, desde cedo já se entregava a árduos labores Entre outros, trabalhava à noite como redator do “ Jornal Comercio”, escrevia para os mais importantes jornais da época e estudava até alta madrugada.

Quase que esgotava no estudo e no trabalho as 24 horas do dia. Formou-se em engenharia civil mas, a necessidade premente de angariar o sustento levou-o a aceitar o cargo de 2º oficial da Secretaria do senado Federal, a sua ascensão no Senado foi rápida.

Muito devemos ao incansável trabalho deste seareiro de primeira grandeza, embora não tanto conhecido do grande público. Podemos mesmo dizer que poucos espíritas deve haver que jamais tenham lido um livro dentre os tantos que passaram pelas criteriosas mãos de Luiz Olimpio Guillon Ribeiro.

Sobre o Espiritismo dizia ele : “ Desde cedo, sentira inclinação pelo Espiritismo” – é que, no seu subconsciente, já estava traçado o plano da missão de que fora incumbido. Só mais tarde, porém, se aproximou de amigos espíritas, começou a ler e a meditar sobre assuntos espíritas, abraçando definitivamente a doutrina, em 1911. Durante muito tempo levou palavras de consolo e fé aos detentos, na Casa de Correção, e muitos dos presidiários que de lá saíram, cumprida a pena, tornaram-se seus verdadeiros amigos.

O Dr. Guillon Ribeiro casou-se em 11 de Abril de 1910 com D. Raimunda Portela e deste consórcio teve 5 filhos. Ele foi presidente da Federação Espírita Brasileira em 1920 e 1921, bem como de 1930 a Outubro de 1943, quando desencarnou. Por força do seu mandato, era igualmente o Diretor da revista REFORMADOR. Durante 26 anos consecutivos foi Diretor da FEB, tendo exercido quase todos os cargos, incluindo o de Diretor da Livraria.

Guillon foi tradutor impecável de várias obras espíritas estrangeiras (francesas, inglesas e italianas, idiomas que ele dominava), como a maioria das obras básicas, além de obras de Leon Denis, Ernesto Bozzano, J. B. Roustaing e muitos outros. Além disso, ele mesmo escreveu várias obras e artigos para o Reformador. Alma sensível a todas as dores alheias, coração que se compadecia de todos os sofredores, ele deixou um sulco profundo de saudade em toda a família espírita e de quantos dele se acercaram.

Aos 26 de Outubro de 1943, fechava os olhos ao mundo a figura veneranda do Dr. Luís Olímpio Guillon Ribeiro.

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