Miramez
Poderia dar-se não
haver Espírito que aceitasse encarnar numa criança que houvesse de nascer?
Deus a isso proveria. Quando uma criança tem que nascer
vital, está predestinada sempre a ter uma alma. Nada se cria sem que à criação
presida um desígnio.
Questão 336 / O Livro dos Espíritos
A formação de uma criança no
campo uterino é um milagre da natureza, é prova da existência de Deus e da Sua
corte angelical, nos imensuráveis mundos que povoam a criação. Um corpo no seio
da mãe, não pode se formar por ele mesmo, sem antes existir uma causa, que é a
escolha do Espírito ou dos benfeitores da eternidade. Tudo é o Espírito que
comanda, sob a direção de Deus e de Seus agentes de luz mais ligados a Ele.
O corpo em formação obedece à
forma perispiritual, por ser uma força poderosa, movida por uma inteligência,
que é a alma. Nada acontece por acaso, e quando ocorre o aborto espontâneo, e
mesmo o provocado, é o Espírito passando por provas ou resgatando dividas do
passado. Tudo que passamos constitui sempre processos de despertar espiritual,
até chegarmos àquele estado que todos almejamos, mesmo na inconsciência: a
tranquilidade imperturbável da consciência.
Se é Deus, nosso Pai, que
preside todos os acontecimentos na criação, desde o nascimento da mônada até a
sua corte angélica, desde o vírus aos grandes animais, desde os átomos aos
mundos que circulam no universo, porque Ele, o Todo Poderoso, iria abandonar um
ato sublime como o é a reencarnação de um Espírito, a formação de um corpo para
servir de instrumento para esse? Nada se faz sem a Sua aquiescência.
Um corpo não se forma por acaso;
quando se dá esse fato extraordinário, já se encontra escolhida a alma que nele
se possa mover. E na hora da concepção que se ligam os primeiros laços vitais
no corpo predestinado a nascer. Geralmente o Espírito fica acompanhando os seus
futuros pais desde algum tempo, para ir se adaptando fluidicamente, no sentido
de que o nascimento não venha com certos problemas.
A vida é toda assistida pelo
Criador, sem erros. Em certos casos, diz a medicina oficial do mundo, que a
natureza se esquece de fazer isso ou aquilo; engano, dos maiores enganos, pois
a natureza é Deus operando, e Ele não Se esquece de nada. O que ocorre são
provas que o Espírito tem de passar dentro das formas escolhidas. O
esquecimento se houver, foi e é proposital, para que se cumpra a justiça no
clima do amor.
Quando a ciência da Terra se
interessar pela ciência do céu, tudo vai ser visto com alegria, todos os
acontecimentos mostrar-nos-ão a mão de Deus na execução de todos os desígnios.
Devemos estudar mais, que no mundo estão registradas todas as respostas para
tudo o que desejarmos saber.
Não nos cansamos de mencionar O
Livro dos Espíritos, cujas respostas se alinham com todas as leis
universais, para quem tem olhos de ver. A sublimidade da Doutrina dos Espíritos
é a de reviver o Cristo na sua plenitude, é a de mostrar o Evangelho de Nosso
Senhor como ele é e foi no seu esplendor inicial. Entretanto, convém notar-se
que a Doutrina é progressiva; ela avança de acordo com a evolução das
criaturas. Ela é obediente aos ensinamentos do Mestre, que são dados a cada um
segundo o seu merecimento. Deus não é deus de limitação; Ele tudo vê e assiste,
ampara e ama todos do Seu rebanho, e Jesus, em se tratando da Terra, é o nosso
sol que nos dá vida.
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