Ildefonso do Espírito Santo
nasceu em 11 de março de 1923, Salvador(?), Bahia.
Esteve presente à chegada a
Salvador da Caravana da Fraternidade, em 1950, liderada pelo também baiano
Leopoldo Machado, que trazia a notícia da criação do Conselho Federativo
Nacional, após o acordo, denominado Pacto Áureo, assinado um ano antes. Nesse
encontro, com sua participação, foi criada a União Social Espírita da Bahia –
USEB. Durante 22 anos da existência dessa instituição, ele foi um de seus
principais baluartes.
Participou ainda do processo de
fusão da USEB com a União Espírita Baiana, resultando no surgimento da
Federação Espírita do Estado da Bahia – FEEB, que deu continuidade às
atividades federativas no Estado da Bahia e, por duas vezes, exerceu a
presidência de sua Diretoria Executiva, além de ser presidente de seu Conselho
Deliberativo. Foi sob sua gestão, por exemplo, que a instituição realizou, pela
primeira vez, um congresso espírita estadual (o de número 5) no Centro de
Convenções da Bahia, com grande repercussão na imprensa e nas comunidades
baiana e nacional.
Ildefonso foi responsável também
pela criação da Associação de Medicina e Espiritismo da Bahia, tendo sido, por
várias vezes, seu presidente e principal estimulador das atividades.
Espírito de ideias avançadas,
estimulava a criação de grupos de pesquisa mediúnica, a divulgação do
Espiritismo na grande imprensa e nas mídias sociais e a articulação dos
espíritas em torno dos ideais federativos. Gostava muito de viajar, tanto para
confraternizar-se com espíritas de outras localidades quanto para identificar
novas formas de atuação e organização do Movimento Espírita.
Deixou como legado escrito suas
ideias no livro Repensando o Movimento Espírita no Brasil, no qual faz uma
lúcida reflexão sobre o atual momento do Movimento Espírita brasileiro.
Organizou ainda a publicação Imprensa Espírita na Bahia, reunindo todos os boletins
informativos publicados pela FEEB.
Exerceu a profissão de médico
sanitarista, tendo sua atuação reconhecida pelos órgãos da classe médica.
Dedicado à família, atendeu-a em todas as suas necessidades, como um típico
homem de bem.
Após 96 anos de uma vida muito
profícua, encerrou sua passagem na Terra, na noite do dia 21 de outubro de
2019, um dos pioneiros e mais dedicados trabalhadores do Movimento Espírita
Federativo da Bahia.
Para ele, a gratidão da família
espírita baiana, pelo exemplo e pelas ações realizadas.
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