Dilva Frazão[2]
Maria Rita de Souza Brito Lopes
Pontes nasceu em Salvador, Bahia, no dia 26 de maio de 1914. Filha de Augusto
Lopes Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia, e de Dulce
Maria de Souza Brito Lopes Pontes.
Desde criança, Irmã Dulce
desejava seguir a vida religiosa e, rezava muito, pedindo algum sinal que
mostrasse se deveria ou não seguir esse caminho.
Ainda na adolescência, começou a
desenvolver a sua missão de ajudar os mendigos, carentes e enfermos.
Formação Religiosa
Aos 13 anos, Dulce foi recusada
pelo convento de Santa Clara por ser muito jovem. Em 8 de fevereiro de 1932,
formou-se professora primária e, no ano seguinte, entrou para a Congregação das
Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão,
Sergipe.
Em 1934, Irmã Dulce fez seus
votos de fé tornando-se freira e recebendo o nome de Irmã Dulce em homenagem à
sua mãe. De volta a Salvador, já como freira, sua primeira missão foi ensinar
em um colégio mantido pela sua congregação religiosa.
Realizações de Irmã Dulce
Em 1936, com 22 anos, Irmã Dulce
fundou a União Operária São Francisco juntamente com frei Hildebrando Kruthaup.
Deve-se também à Irmã Dulce a criação do Colégio Santo Antônio voltado para os
operários e suas famílias.
Importante também foi a sua
participação na criação de um albergue para doentes, localizado no convento de
Santo Antônio. O espaço, depois, viria a se transformar no Hospital Santo
Antônio.
Reconhecimento
Em 1980, durante a primeira
visita do Papa João Paulo II no Brasil, Irmã Dulce foi convidada a subir no
altar e recebeu um terço das mãos do Papa. Ela também ouviu as seguintes
palavras: "Continue, Irmã Dulce, continue".
Em 1988, foi indicada ao Prêmio
Nobel da Paz pelo então Presidente do Brasil José Sarney, com o apoio da rainha
da Suécia.
Posteriormente, em 2000, recebeu
do Papa João Paulo II o título de "Serva de Deus". Foram mais de 50
anos dedicados a dar assistência aos doentes, pobres e necessitados.
Morte
Irmã Dulce começou a apresentar
problemas respiratórios e, apesar de ter uma saúde frágil, não interrompeu o
seu trabalho. Já debilitada, foi internada no Hospital Português da Bahia,
depois transferida para a UTI do Hospital Aliança e finalmente para o Hospital
Santo Antônio.
No dia 20 de outubro de 1991,
Irmã Dulce recebeu a visita do Papa João Paulo II para receber a benção e a
extrema-unção.
Irmã Dulce faleceu em Salvador,
no dia 13 de março de 1992. Seus restos mortais estão enterrados na Capela do
Hospital Santo Antônio.
Beatificação
Em outubro de 2010, o Vaticano
confirmou um milagre atribuído à religiosa baiana: a recuperação de uma mulher
desenganada depois do parto.
Irmã Dulce foi beatificada pelo
Papa Bento XVI, no dia 10 de dezembro de 2010, passando a ser reconhecida com o
título de "Bem-aventurada Dulce dos Pobres". Foi declarada santa pelo
Papa Francisco em uma celebração no Vaticano no dia 13 de outubro de 2019.
A cerimônia de beatificação foi
realizada na cidade de Salvador, no dia 22 de maio de 2011, presidida pelo
Arcebispo Emérito de Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo, enviado do Papa
Bento XVI. Como foi também comprovado um segundo milagre, Irmã Dulce recebeu a
decisão de ser canonizada.
Reconhecimento do segundo milagre
No dia 14 de maio de 2019, o
Vaticano reconheceu o segundo milagre de Irmã Dulce, que será proclamada Santa,
informou o Vaticano. O milagre ocorreu com um músico que pediu ajuda à Irmã
Dulce e voltou a enxergar, após ter sido cego por 14 anos.
Canonização
No dia 13 de outubro de 2019, em
cerimônia realizada pelo Papa Francisco, no Vaticano, Irmã Dulce foi declarada
santa com dois milagres reconhecidos.
Irmã Dulce entrou para a história como a primeira santa brasileira.
Na ocasião, também foram
canonizados John Henry Newman, Giuseppina Vannini, Maria Teresa Chiramel
Mankidiyan e Margherita Bays.
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