segunda-feira, 11 de setembro de 2023

KAHENA[1]

 

 

Kahena viveu no ano 700 d.C. como rainha de tribos bárbaras, nos montes Urais, onde era conhecida por suas profecias e curas. Kahena se interessava pelas coisas da natureza, vendo nela um mundo novo e um imenso campo de aprendizado.

Numa das suas encarnações, num dia em que contemplava as maravilhas da criação do Pai, sentindo a vida palpitar em tudo e o amor do Ser Supremo irradiar em todas as direções, ela ouviu uma voz, com a suavidade peculiar aos seres angélicos, lhe dizer:

- Filha, nunca penses que o universo é morto e que a raça humana não depende da Força Universal, que se chama Deus!

(...) Desde o pária mais obscuro da Terra, até o mais célebre pastor de almas, todos recebem a mesma assistência do Alto, como a chuva que cai sobre justos e pecadores. No entanto, cada um assimila essa força divina de acordo com seu merecimento e capacidade de recepção.

Ingressa, minha filha, na escola da natureza, colocando todo o amor no aprendizado, para poder ajudar mais, e as portas da Universidade de Deus abrir-se-ão para suprir as tuas necessidades de conhecimento. Sê feliz!

A partir desse dia, Kahena se entregou ao estudo da natureza, principalmente da flora, encontrando nas matas do Brasil inúmeros recursos. Passou a se dedicar também à assistência aos indígenas e, depois do descobrimento da nação brasileira fez-se protetora dos negros trazidos como escravos.

Este espírito de força sabe comunicar-se com todos os reinos da natureza e deles extrair o necessário ao bem da coletividade, demonstrando equilíbrio em suas mínimas atitudes. Extrai substâncias dos vegetais com um simples gesto e devolve com facilidade as energias que sobram em suas tarefas, à grande fonte de suprimento, para que nada se perca ou irradie sem necessidade.

Kahena foi uma jovem inteligente e de imensa força de vontade, que respeitava os inimigos sem temê-los. Vencida durante combate, foi torturada pelos inimigos. Mas, pouco sofreu pois, mal cruzou o portal do mundo espiritual, foi recebida por mãos abençoadas que a isolaram da tragédia dos seus restos mortais.

Através do médium João Nunes Maia, Kahena escreveu o livro Canção da Natureza. Nesse livro são listados o poder curativo oferecido pela natureza e aproveitado em forma de chás caseiros.

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