Orson Peter Carrara
Acrescente-se no título acima,
após uma vírgula, a expressão: “mas desastrosas para a promoção da
fraternidade”. Esse raciocínio foi
utilizado por livro e autor que identificarei logo abaixo, referindo-se às
polêmicas e dissidências geradas pelos homens, que o autor afirma deixar
deslizar como enxurro subterrâneo, nas expressões que usou.
Acrescenta ainda no mesmo
raciocínio, desenvolvido com grande clareza em apenas três parágrafos, dentro
do subtítulo Aprendi mais, em outras palavras – aqui uso as minhas – que
os que se iludem no mal, e o praticam de múltiplas formas, reconhecem a
supremacia do bem a tal ponto e não desejando incluí-lo na vivência diária,
dele se mascaram para atingir suas metas. Num grande equívoco ilusório,
alimentado pelas três grandes pragas da alma humana: o orgulho, o egoísmo e a
vaidade. Já são conhecidos os desdobramentos desses infelizes comparsas
humanos.
Mais adiante, no subtítulo Aprendi
ainda, relembra a responsabilidade individual que nos cabe, em tudo e para
com todos, de vez que (e aqui transcrevo palavras do autor):
(...) no exercício inviolável de seu livre-arbítrio, é
o responsável pessoal e artífice exclusivo de sua felicidade ou de sua ruína,
dentro desse formigueiro humano chamado Humanidade.
São aprendizados do conhecimento
espírita. Tais valiosas considerações estão no capítulo 2 – Carta a Kardec,
constante do livro Kardec – Uma dádiva de Deus à Humanidade,
autoria de Mário Frigéri e publicado pela editora FEB. O autor é poeta, autor
de vários livros, está radicado na cidade paulista de Campinas (SP) e
oferece-nos uma obra preciosa. Como percebe o leitor, estou me valendo apenas
de um dos capítulos, que é bem conciso, de uma obra com 33 capítulos repletos
de informação doutrinária e cultural, além de muita sensibilidade, bem própria
do autor.
Dentro, porém, do capítulo em
referência, a citação das polêmicas e dissidências como instrumentos excelentes
para inflar os egos – ocorrência tão comum e presente nos difíceis dias que
correm – saltou-me aos olhos – diante dos desastrosos comportamentos que nos
temos permitido, em prejuízo da fraternidade, lição maior que deveríamos
resguardar e viver.
O próprio autor, na luta pessoal
a que se entrega, confessa a dificuldade que ainda encontramos na luta desigual
contra as citadas pragas da alma humana, que deveremos mais ou mais tarde
enfrentar com determinação e severidade. Por isso na sua Carta a Kardec, cita
os próprios aprendizados.
Egos inflados, alimentados por
polêmicas e dissidências de todo tipo, eis o quadro atual do relacionamento
humano. A que leva, senão às lágrimas das aflições imediatas e aos remorsos e
arrependimentos no futuro? Não viemos para isso, embora não tenhamos que
concordar com tudo. Mas esquecer a fraternidade é atrasar o passo da evolução.
O leitor vai gostar do livro.
Está disponível, é lançamento de 2023. E será fácil encontrá-lo.
[1] O CONSOLADOR - Ano 17 - N° 839 - 3 de Setembro
de 2023 - http://www.oconsolador.com.br/ano17/839/ca7.html
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