Suely Caldas
Schubert nasceu em Carangola, Minas Gerais, em 9 de dezembro de 1938. Residia em Juiz de Fora, no mesmo Estado.
Seus pais e avós maternos e paternos eram espíritas. A mediunidade surgiu muito
cedo em sua vida, a ela se dedicando por mais de sessenta anos, especialmente
no âmbito da mediunidade e da divulgação do Espiritismo.
Dizia que a
mediunidade só lhe trouxe alegrias.
Eu nunca tive
nenhuma dor, nenhum sofrimento que eu atribuí à mediunidade. Eu não sei viver a
minha vida sem o trabalho mediúnico. Mas acima de tudo está a doutrina”.
Evidenciava que “o Espiritismo, o Evangelho do Cristo à luz da Doutrina
Espírita está em primeiro lugar na minha vida.
Realizou
diversas palestras, tendo participado de seminários no Brasil e no Exterior. Tinha
uma forma peculiar de expor a Doutrina, que brotava de seus lábios, atestando
que a trazia em seu coração, pujante. Aplaudida pelo conteúdo de suas
exposições, buscada para os autógrafos em seus livros, era uma criatura
peculiar.
Ela era uma
pessoa muito especial. E, mais de uma vez, no café da manhã, ou em breve
contato um pouco mais íntimo, ela demonstrava sua forma mais do que peculiar,
que nos fazia rir.
Recordamos de
um momento em que lhe dissemos que iríamos captar imagens suas, em fotos
oficiais, para que, de futuro, pudéssemos utilizar em cartazes ou banners de
suas conferências.
Sempre bem
penteada, arrumada, com seu sorriso espontâneo, ela se deixou fotografar
repetidas vezes. E, quando a fotógrafa concluiu, Suely a olhou e disse: Olhe,
por favor, capriche no meu visual. Use aquele negócio, o Pet Shop.
Era assim a
amiga. Podia não lembrar da fisionomia de alguém que conhecera há alguns anos e
não via há muito tempo, mas não esquecia da correta citação doutrinária que
precisasse utilizar para apresentar, com propriedade, a temática que se
propunha.
Foi uma das
fundadoras da Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em 1986, em Juiz de Fora.
Atuou durante quarenta anos na Aliança Municipal Espírita, onde exerceu
diversos cargos. Dedicou-se à Doutrina com conhecimento, amor e seriedade.
Suely falava
que o pouco que sabe se deve à leitura, sendo uma leitora compulsiva. Da ávida
dedicação aos livros e à busca por conhecimento veio certamente a boa prática
da escrita. Autora de dezenas de livros, entre suas obras destacamos: “Dimensões
Espirituais do Centro Espírita”; “O Semeador de Estrelas”; “Obsessão/Desobsessão:
Profilaxia e Terapêutica Espíritas”; “Os Poderes da Mente”; “Transtornos
Mentais: uma leitura Espírita”; “Mentes interconectadas e a Lei de Atração”; “Nas
fronteiras da Nova Era”; “Testemunhos de Chico Xavier e Divaldo Franco: uma
vida com os Espíritos”. Retratava personalidades que trabalhavam o bem, tal
como a própria autora que escrevia sua biografia de amor ao longo desta
existência.
Seu mais
recente livro, “Chico Xavier e Emmanuel – dores e glórias”, estava com
lançamento previamente agendado e foi mantido para o dia 13 de maio, pela
Federação Espírita Brasileira, nos traz Chico Xavier como objeto de estudo e
meta de proceder, em uma prazerosa leitura sobre a mediunidade. Uma obra que,
sobretudo neste momento, nos traz ainda mais próxima a figura de Suely, tão
devotada à causa espírita e à Casa FEB de onde foi diretora, amiga e dedicada
colaboradora.
Palestrante
dedicada, visitava o Paraná, desde junho de 1988, quando ofereceu sua palavra
em Ponta Grossa e depois em Curitiba, retornando anualmente para conferências,
palestras, seminários pelo Interior e Capital.
Já se tornara
praxe que ela fizesse a avant-première na semana da Conferência Estadual
Espírita, com palestra matutina no Teatro da Federação Espírita do Paraná –
FEP.
Suely Caldas
Schubert partiu, nesta tarde de 12 de maio de 2021. Aqui choramos a sua
partida, mas guardamos a certeza de que há alegria na Espiritualidade, para a
sua recepção.
Falaram na
oportunidade Geraldo Campetti Sobrinho, pela Federação Espírita Brasileira;
Andrea Marshall e Marcelo Netto, pela Leal Publisher, da Flórida; Jussara
Korngold, pela Federação Espírita dos Estados Unidos; Luiz Henrique da Silva,
pela Federação Espírita do Paraná; Gisele Risso e Laudelino Risso, presidente e
segundo vice da 10ª União Regional Espírita.
Lincoln Barros
de Sousa, membro do Conselho Federativo Estadual/FEP declamou um poema, de sua
autoria, construído a partir dos títulos das suas obras, que foi, de imediato,
disponibilizado a todos os participantes, no chat.
Fontes:
§
http://www.feparana.com.br/topico/?topico=2720
§
https://www.febnet.org.br/portal/2021/05/13/a-suely-caldas-schubert-nossa-eterna-gratidao/
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