Heinrich Schliemann, nasceu em 6
de janeiro de 1822, em Neubukow, Alemanha, reencarnando em um lar muito pobre e humilde. Casado
com Ekaterina Lyschin (de 1852 a 1869) e com Sophia Schliemann (de 1869 a 1890).
Seu filho Agamemnon Schliemanne. Seus irmãos Ludwig Schliemann, Elise Schliemann,
Wilhelmine Schliemann, Doris Schliemann, Louise Schliemann.
Aos sete anos de idade, vendo
uma gravura, representando o ataque grego aos muros fortificados de Tróia,
Schliemann ouviu de seu pai que ninguém sabia da veracidade do fato.
Circunspecto, afirmou que, quando crescesse, descobriria Tróia. O pai sorria.
Muito do conhecimento que se tem
sobre a Grécia Antiga vem do historiador Homero. Seis poemas épicos, a Ilíada e
a Odisséia, escritos entre os séculos X e VIII A.C., estão ligados à história
de Tróia, de Micenas e de Tirinto.
Desde o século II A.C., os
historiadores avaliavam a possibilidade de ficção nessas obras de Homero. Poucos
acreditavam na realidade dos acontecimentos descritos pelo antigo historiador
grego.
Muitos tinham dúvida até sobre a
existência de Homero, acreditando que o seu relato era equiparado ao das
antigas canções épicas, até mesmo relegado à condição de conto mitológico ou
lendário.
Havia sido a guerra de Tróia um
acontecimento real? Teriam mesmo existido os heróis Aquiles, Heitor e Enéias?
Todo esse mistério em torno de
Homero teria de ser esclarecido, os enigmas dos textos deveriam ser conhecidos.
A Espiritualidade Maior permitiu
que a civilização antiga e misteriosa, cantada por Homero, pudesse reviver,
através da reencarnação de alguém profundamente ligado à Grécia Antiga,
trazendo novamente ao plano terrestre uma individualidade que deu vida a algum
personagem homérico.
Heinrich Schliemann, aos 10 anos
de idade, ofereceu ao seu genitor uma redação sobre os principais fatos
relacionados à guerra de Tróia, descrevendo as aventuras de Ulisses e Agamenon.
Aos 14 anos de idade, foi
trabalhar no comércio, em uma loja de secos e molhados. Lá, certo dia,
deparou-se com um homem embriagado que, muito entusiasmado, recitava versos,
deixando Schliemann extasiado, embora nada compreendesse então. Quando foi
informado de que se tratava de versos da Ilíada, de Homero, pagou ao ébrio para
que os repetisse.
Por que tanta atração em relação
a Homero e seus poemas? Por que Schliemann dispensava tamanho interesse a tudo
que se relacionava com os tempos homéricos? Por que tanta determinação em
conhecer tudo que se relacionava com A Grécia Antiga?
Somente a doutrina da
reencarnação poderia iluminar todos os caminhos sombrios da dúvida e da
incerteza, trazendo o esclarecimento necessário de que Schliemann veio ao mundo
com a sublime e importante missão de comprovar que as cidades homéricas não
eram criações da fantasia e fazer de Homero um personagem verdadeiramente
histórico.
Aos 22 anos, sendo guarda-livros
de uma firma que tinha relações comerciais com a Rússia, iniciou o estudo do
idioma russo. Uma estranha “coincidência” aconteceu; veio para em suas mãos uma
tradução em russo de “Telêmaco”. Emocionado, lia em voz alta, em russo, a
história do filho de Ulisses e Penélope, que partiu à procura do pai,
desaparecido desde o cerco de Tróia, encontrando-o em Ítaca.
De início nada entendia do que
estava declamando, porém, o fato de ser possuidor de uma obra tão importante,
ao ponto de poder fazer ressurgir Homero em sua própria boca, lhe deixava tão
extasiado que contratou um ouvinte para ouvi-lo em sua lata e ruidosa
declamação dos poemas homéricos.
Teria sido mesmo coincidência,
fruto do acaso, chegar-lhe às mãos uma obra de Homero, traduzida para o russo?
Sabemos que o plano espiritual
atua sobre nós em grande intensidade e, certamente, sob a influência de amigos
extrafísicos, Schliemann passou por momentos importantes quando sua
individualidade rememorava os fatos acontecidos na Grécia Antiga.
Devido ao sucesso dos
empreendimentos comerciais, Schliemann era portador de grande fortuna e, para
seguir o sonho de toda a sua vida, abandonou seus negócios e partiu, em 1868,
com 46 anos de idade, para Ítaca.
Seu primeiro contato com um ferrador
de cavalos de Ítaca foi entusiasmador. Este lhe apresentou sua mulher, como o
nome de Penélope, e seus filhos como Odisseu e Telêmaco.
Mais tarde, Schliemann,
emocionado, declama para os descendentes daquele povo de antanho, na própria
língua grega, o Canto XXIII da Odisséia. Aquele estrangeiro lia com lágrimas
nos olhos os poemas de Homero e com ele todos choravam!
Naquele momento, nas profundezas
de seu espírito imortal, algo de espetacular acontecia. Schliemann, certamente,
relembrava que, o que ali se passava, já tinha sido vivenciado por ele em vida
pretérita.
Seria a individualidade que deu
vida ao personagem Homero que retornava à vida física? Teria Homero nascido de
novo com o compromisso de atestar a veracidade de sua existência e impor, ao que
era imaginativo, a realidade?
Baseado na hipótese de Tróia ter
realmente existido, alguns estudiosos relatavam ser a aldeia de Bunarbashi o
local provável onde a cidade homérica estaria situada. Schliemann, com a Ilíada
nas mãos, contestou, logo no primeiro olhar, que aquele lugar não poderia
albergar, em suas entranhas, a cidade de Tróia. Não estava de acordo com os
acontecimentos relatados por Homero.
Ao vislumbrar a bela colina de
Hissarlik, localizada ao norte de Bunarbashi, Schliemann não tinha dúvidas. Lá
estaria a tão procurada e sonhada cidade.
Em 1870 iniciou a escavação
nesse monte e descobriu nove cidades subterrâneas, estando Tróia situada na
sexta camada a contar de baixo. O que se pensava ser ficção era realidade.
Naquele momento, Homero se consagrava como um verdadeiro historiador. A
descoberta de Tróia provava ao mundo que os acontecimentos relatados por Homero
não eram especulações imaginativas do autor.
Schliemann, com seu idealismo,
arrancava das profundezas do solo a verdade à respeito do poeta grego.
Em Hissarlik desenterra um
tesouro valiosíssimo, pertencente a um rei mil anos mais antigo do que Príamo,
constituído de joias, objetos de ouro, prata e pedras preciosas.
Schliemann vive um momento de
grande emoção, quando coloca em sua jovem esposa grega, Sofia, um par de
brincos e um colar, joias de três mil anos, exclamando: “Helena!”.
No ardor de ressuscitar Homero,
Schliemann dá o segundo passo à procura do mundo homérico. Volta a sua atenção
para Micenas, cidade natal do rei Agamenon, onde descobre, em 1876, nove
túmulos, contendo ossos ornados de braceletes e joias de ouro. Enterrado com
eles um tesouro de grande valor. Eram sepulturas de nobres que viveram
quatrocentos anos antes de Agamenon.
Em Tirinto, em 1884, Schliemann
cavou e trouxe novamente à luz, um palácio, onde os heróis de Homero certamente
viveram momentos emocionantes.
Com sua pá, impulsionada pela
vontade férrea de provar algo que trazia nos refolhos mais íntimos do seu
espírito, Schliemann permite legitimar muitas das descrições de locais, casas e
palácios, citadas nos poemas homéricos.
Em 26 de dezembro de 1890, com
68 anos de idade, em Nápoles, Itália, o afamado arqueólogo volta à Pátria
Espiritual, tendo cumprido tudo que propusera realizar antes de reencarnar. Foi
enterrado no Primeiro Cemitério de Atenas, Atenas, Grécia.
Através de Schliemann, Homero
voltou a viver.
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