Adriana Machado
Peço licença para trazer-lhes
uma mensagem psicografada por mim, de um irmão espiritual que, juntamente com
outros tantos, trabalha diretamente com o socorro das almas que desencarnam em
situações desalentadoras.
Suas palavras nos levam a
meditar sobre a Misericórdia Divina e a entender o quanto somos amados e nunca
desamparados pelo Pai que tudo sabe.
Espero que estas palavras tragam
paz aos seus corações, como trouxe ao meu.
Amigos, Paz!
Estamos nos deparando com alguma frequência com aquilo
que chamamos de desencarnes coletivos.
Tais fatos nos confrangem a alma porque os enxergamos
como uma calamidade, uma catástrofe, uma dor incomensurável.
Sentimos na pele a dor dos familiares, porque nos é
(im)possível pensar o que sentiríamos se fôssemos nós os parentes das vítimas
deste holocausto. Mas, jamais poderemos esquecer que, mesmo diante de tal
calamidade, existe a presença divina da Providência a nos conduzir pelos
caminhos certos para a nossa redenção íntima.
Certo é que a nossa pequena evolução moral já nos dá a
oportunidade de participarmos de nossa programação reencarnatória no que
concerne ao resgate de nosso coração ante as mazelas produzidas por nossas
ações equivocadas. No plano da real existência, a culpa nos acompanha e dilacera
a nossa alma, sentindo-nos necessitados de resgatar os males provocados por nós
em existências anteriores.
E, se assim é no campo individual, também se estende
para o campo coletivo.
Quando na coletividade, criamos situações em que
provocamos o mal alheio, quando em grupo provocamos a dor direta ou indireta de
nossos irmãos em Cristo, criamos para cada um de nós a necessidade de
resgatarmos coletivamente o que se tornou uma mazela em nosso ser e que nos
parece irrecuperável.
Diante de nossa consciência mais sábia sobre o que é
certo e errado, percebemos as mazelas que trazemos e, abarrotados de um
sentimento de culpa que nos escraviza a alma, buscamos nos libertar através dos
aprendizados futuros advindos de nossas próprias escolhas.
Como agimos no pretérito pelo conjunto, será pelo
conjunto que poderemos sucumbir na matéria perecível e, através dela,
elevarmo-nos em nossas aspirações mais espiritualizadas.
Face a um evento catastrófico, provocando as
desencarnações coletivas, a Providência Divina nos dá a chance de buscarmos no
nosso tribunal interior o perdão dos pecados que ainda entendemos carregar. Por
séculos, se algo dessa magnitude não acontecer, ficaríamos escravizados a
culpas atrozes por acreditarmo-nos merecedores do inferno de Dante, sem remissão,
sem perdão.
Por isso, voltemos os nossos corações aos que
retornaram para o plano imaterial, levando-lhes, pelas orações, a compreensão
de que mais uma etapa se findou e que tudo o que vivenciaram foi acrescentado
em seu benefício.
Aprendamos a enxergar a misericórdia de Deus em todas
as circunstâncias, porque o aprendizado se faz para os mais próximos, mas
também para os que não vivenciaram diretamente os reflexos do evento
devastador.
Voltemo-nos aos que ficaram, nos solidarizando pelas
lágrimas vertidas e dores sentidas. Façamos o que está ao nosso alcance para
que a paz reine em seus corações, porque a dor ensina, mas será pela caridade
que se amenizará as chagas das suas feridas emocionais.
Acalmem os corações deles e os seus, pulsando as suas
intenções pelo bem e sempre no bem para que as energias deletérias criadas com
a dor e revolta possam se dissipar e a paz volte a reinar.
Fiquem bem!
Irmão Jacinto
Trabalhador socorrista na Seara do Mestre Jesus
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