Eric Haseltine, Ph. D.
Cientistas mostram comunicação mente a mente pela Internet.
A telepatia mental, o processo
de transferência de pensamentos de uma mente para outra, tradicionalmente
ocupou os domínios da ficção científica ou do paranormal, ambos fora da ciência
convencional.
A pesquisa em 2014 mudou tudo
isso, com uma demonstração cientificamente validada de comunicação mente a
mente.
O neurocientista Carlos Grau, da
Universidade de Barcelona, e seus colegas criaram um experimento inteligente
no qual sinais captados por um eletroencefalógrafo (EEG) de indivíduos na Índia
foram transmitidos pela internet como mensagens de e-mail para outros
indivíduos na França, cujos escalpos foram adaptados com Estimuladores Transcraniano
Magnéticos (TMS).
Dispositivos TMS, que têm sido
usados para tratar ansiedade e depressão, estimulam eletricamente a atividade
neural no cérebro por meio do couro cabeludo intacto, usando fortes campos
magnéticos. Neste experimento, estimuladores TMS foram colocados sobre o córtex
occipital (visual) na parte de trás do cérebro, criando um flash de luz
percebido, chamado de fosfeno, por meio de ativações neurais no córtex visual.
Os indivíduos na Índia foram
treinados para gerar um sinal de EEG representando um ou zero usando um monitor
de biofeedback. Um foi gerado quando os sujeitos imaginaram mover uma mão,
enquanto um zero foi produzido quando os sujeitos imaginaram mover um pé. Esses
uns e zeros foram então enviados por e-mail da Índia para a França e
encaminhados para um dos dois dispositivos TMS montados no couro cabeludo dos
indivíduos. Uns foram encaminhados para um eletrodo TMS que causou a percepção
de um fosfeno, enquanto os zeros foram encaminhados para um dispositivo TMS
diferente, cuja atividade não produziu fosfenos.
Pense nisso como uma espécie de
código Morse neurológico. Os pesquisadores codificaram uma série de uns e zeros
em palavras como “hola” e “ciao”, mostrando que a comunicação linguística
simples era possível.
O resultado final é que o
experimento mais ou menos funcionou. As taxas de erro de transmissão de uns e
zeros variaram entre 1% e 11%, bem abaixo do que seria esperado por ruído
aleatório.
Por que devemos nos
importar?
Bem, uma maneira de ver essa
demonstração é que ela é tão histórica quanto Alexander Graham Bell dizendo:
“Watson, venha cá, quero ver você”: a primeira comunicação de voz por telefone.
Nos experimentos de Grau et al, podemos estar vendo o nascimento de um meio de comunicação revolucionário que transformará nosso mundo da mesma forma que o telégrafo, o telefone ou a televisão o fizeram. Algum dia, em vez de enviar mensagens de texto, falar ou olhar para uma câmera para nos comunicar, podemos simplesmente “pensar” em nossa mensagem, poupando todo o trabalho de digitar ou falar, ou até mesmo sair do banho.
Finalmente, se a comunicação
mente a mente se provar prática, é possível que aprendamos a comunicar ideias
sutis e nuances que o texto, a fala e as expressões faciais não podem, mudando
para sempre a maneira como os humanos se relacionam ampliando e enriquecendo a
profundidade da comunicação.
As palavras às vezes nos faltam.
Os pensamentos podem não!
Referências
http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0105225
Traduzido pelo Google Tradutor
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