Nasceu em 14 de maio de 1920, na
cidade de Campinas, em São Paulo. Sua família era de origem católica, por isso
sua formação religiosa deu-se na infância e adolescência também dentro do
catolicismo.
Chegando à idade adulta,
engajou-se no serviço militar, de onde só saiu para a reserva, como 1º Tenente.
Nas idas e vindas que a vida militar proporciona, o Tenente Boanerges foi
transferido para a cidade da Lapa-PR. Em 1948, sem ainda conhecer o
Espiritismo, foi vítima de obsessão que, intensificada, provocava-lhe ideias de
suicídio.
Foi dentro desse tormento mental
que um amigo, também militar, lhe indicou o Centro Espírita. Ele, então,
procurou o recurso do passe, que lhe aliviou a angústia momentaneamente, para
recomeçar em seguida. Procurou novamente o passe e mais uma vez identificou a
melhora.
Então, os livros de Allan Kardec
chegaram a suas mãos. Estudou com afinco. Mais tarde, recebeu uma mensagem do
plano espiritual de que precisava se preparar, pois Jesus lhe enviaria tarefas.
Foi o suficiente para mergulhar com maior afinco no estudo da Codificação
Espírita e se tornar espírita.
Transferido pelo Exército, para
a cidade de Castro, logo procurou o Centro Espírita da cidade. Encontrou um
ambiente simples, com companheiros também muito simples e sem conhecimento. O
grupo estava se desfazendo, mas com a sua participação, novos ânimos nasceram,
e o Presidente da época resolveu, depois de alguns meses, entregar a Direção da
Casa a Boanerges, confiante no potencial daquele jovem de apenas 29 anos.
Desde 1954 até 2006, quando
desencarnou, Boanerges esteve no trabalho no Centro Espírita Jesus Perante a
Cristandade, de Castro. Fundou, em 1972, em Castro, o Lar Mariliana Barbosa,
para senhoras em risco social e, em 1996, a Casa da Esperança, instituição com
oficinas profissionalizantes.
Era disciplinado, dedicado. Viu
gerações nascerem, crescerem e, para muitos foi mestre, mentor, conselheiro,
muitas vezes o Pai, o Irmão. Era carinhosamente chamado de Avô Boanerges pelas
crianças da evangelização e de Paizão pelos que com ele conviveram por tanto
tempo.
Boanerges partiu para a vida
espiritual, no dia 1º de agosto de 2006.
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