segunda-feira, 29 de março de 2021

BOANERGES VIEIRA[1]

 


Nasceu em 14 de maio de 1920, na cidade de Campinas, em São Paulo. Sua família era de origem católica, por isso sua formação religiosa deu-se na infância e adolescência também dentro do catolicismo.

Chegando à idade adulta, engajou-se no serviço militar, de onde só saiu para a reserva, como 1º Tenente. Nas idas e vindas que a vida militar proporciona, o Tenente Boanerges foi transferido para a cidade da Lapa-PR. Em 1948, sem ainda conhecer o Espiritismo, foi vítima de obsessão que, intensificada, provocava-lhe ideias de suicídio.

Foi dentro desse tormento mental que um amigo, também militar, lhe indicou o Centro Espírita. Ele, então, procurou o recurso do passe, que lhe aliviou a angústia momentaneamente, para recomeçar em seguida. Procurou novamente o passe e mais uma vez identificou a melhora.

Então, os livros de Allan Kardec chegaram a suas mãos. Estudou com afinco. Mais tarde, recebeu uma mensagem do plano espiritual de que precisava se preparar, pois Jesus lhe enviaria tarefas. Foi o suficiente para mergulhar com maior afinco no estudo da Codificação Espírita e se tornar espírita.

Transferido pelo Exército, para a cidade de Castro, logo procurou o Centro Espírita da cidade. Encontrou um ambiente simples, com companheiros também muito simples e sem conhecimento. O grupo estava se desfazendo, mas com a sua participação, novos ânimos nasceram, e o Presidente da época resolveu, depois de alguns meses, entregar a Direção da Casa a Boanerges, confiante no potencial daquele jovem de apenas 29 anos.

Desde 1954 até 2006, quando desencarnou, Boanerges esteve no trabalho no Centro Espírita Jesus Perante a Cristandade, de Castro. Fundou, em 1972, em Castro, o Lar Mariliana Barbosa, para senhoras em risco social e, em 1996, a Casa da Esperança, instituição com oficinas profissionalizantes.

Era disciplinado, dedicado. Viu gerações nascerem, crescerem e, para muitos foi mestre, mentor, conselheiro, muitas vezes o Pai, o Irmão. Era carinhosamente chamado de Avô Boanerges pelas crianças da evangelização e de Paizão pelos que com ele conviveram por tanto tempo.

Boanerges partiu para a vida espiritual, no dia 1º de agosto de 2006.

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