segunda-feira, 1 de março de 2021

AVELINA DE OLIVEIRA BAPTISTA (TIA SINHÁ)[1]

 


 

"Tia Sinhá" nasceu em Paraíso, São Paulo, no dia 16 de outubro de 1911 e desencarnou em Catanduva no dia 14 de janeiro de 1971.

Filha de Justina Alves da Silva e Joaquim Damião de Oliveira, este fundador do Centro Espirita "Oliveira".

Era casada com Waldomiro Baptista, desencarnado em 14 de maio de 1945. O casal só teve uma filha: Jane de Lourdes Malheiros, casada com Honório Malheiros.

Avelina de Oliveira Baptista, a querida "Tia Sinhá", com quem convivemos muitos anos de nossa infância e juventude, participava ativamente do movimento espírita, principalmente no Lar da Criança "Dona Lola Zancaner Sanches" e no Centro Espírita "Dr. Bezerra de Menezes", juntamente com Aparecida Figueiredo, Diva Gandolfi e uma plêiade de criaturas que a todos assistiam, alimentavam e dessedentavam[2] material e espiritualmente com muito amor e dedicação. Criaturas de valor indiscutível. Contribuíam para a formação de centenas de lares. Enxugaram e derramaram muitas lágrimas, estas de emoção, quer em seus trabalhos assíduos de algumas décadas, quer nas aulas de Evangelização Cristã, nas palestras, nas tarefas assistenciais ou mediúnicas. Orientaram com segurança os jovens e principalmente os filhos do coração, as crianças do Lar.

Sabemos que "Tia Sinhá", que já se mudou para o "lado de lá" da vida, e aquelas virtuosas criaturas de nossa Terra Natal, não precisam de nosso testemunho, pois suas realizações são incontestes, mas queremos registrar nosso agradecimento pelos momentos de alegria que hoje são carinhosas recordações.

A crônica escrita por seu irmão (Domério de Oliveira – “Uma Mensagem Muito Querida” - publicada em outubro de 1987 no jornal "Despertador"), e a mensagem psicografada pelo jovem Francisco do Espírito Santo Netto, no "Boa Nova", no momento em que Domério pronunciava uma palestra compõem um hino de Amor à Doutrina e ao próximo. Na crônica, Domério registra:

 

"Esta minha irmã fez da última trajetória física um cântico de amor e de alegria. Suportou, com galhardia, os mais duros espinhos, as mais acerbas provas e expiações. E, sempre tinha nos lábios e no coração uma palavra de ânimo e de coragem para todos os sofredores que a procuravam em busca de um lenitivo".

 

Oxalá pudéssemos ver em mais curto prazo, a multiplicação geométrica, por todos os recantos da Terra, de trabalhadores do Bem, buscando revestir-se das virtudes que marcaram a vida de nossa querida companheira "Tia Sinhá". E sempre determinados, como bons aprendizes, a palmilharem o roteiro indicado por Aquele que deu o exemplo maior de Amor: o doce Nazareno. O caminho está aplainado. Outros já se submeteram à sanha e à ignorância dos inimigos da Luz, a fim de deixar atrás de si um rastro luminoso que pudesse guiar os que estão na retaguarda. Mas, apesar de tudo isso, o homem anda alheio pelos caminhos sombrios. Aí estão as violências, as corrupções, as extorsões, alimentadas por interesses inconfessáveis. Assim, a dor, infelizmente, parece ser mesmo o buril que por enquanto sustentará aqui a luta pelo desbaste da brutalidade que reside no imo da maioria de todos, até que se compreenda que nascemos para amar.

Isto é o que diz "Tinha Sinhá" em mensagem ditada, e que se encontra no livro publicado em comemoração ao cinquentenário de fundação do Centro Espírita "Dr. Bezerra de Menezes", em 1988:

 

Trabalhemos com Amor, coloquemos amor em todas as atividades do dia-a-dia, que é a solução gradativa para todos os enigmas que nos cercam. Só a luz é capaz de afastar as sombras. Só a sabedoria apaga a ignorância. Só o Amor redime vitoriosamente a miséria. Não nos aproximemos dos conhecimentos que a Doutrina Espírita oferece, simplesmente para indagar, pedir ou reclamar. Procuremos nos amar uns aos outros e uma luz brotará no terreno vivo de nossas almas. Procuremos sentir que só o trabalho a serviço do próximo é capaz de nos levar à comunhão da verdadeira felicidade que decorre de nossos ajustamentos às leis celestiais. O Senhor derrame sobre os queridos irmãos, as suas bênçãos de paz.



[2] Dessedentar – Matar a sede a alguém ou a si próprio. = REFRESCAR, SACIAR - in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [consultado em 26-02-2021].

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