Antônio Moris Cury – Agosto 2019
Um ser humano que não saiba ler
nem escrever, não tenha acesso a nenhum tipo de informação por rádio,
televisão, jornal, revista, telefone, internet etc., nada obstante sabe quando
fez uma escolha, quando tomou uma decisão, certa ou errada.
Por quê? Simplesmente porque a
sua consciência registra e aponta intimamente o acerto ou o erro. Não por
acaso, a Lei de Deus está escrita na consciência[2],
de tal maneira que a consciência é, assim, o grande tribunal de cada um de nós.
No plano físico, os outros podem não perceber, nós podemos esconder, não
revelar, mas o fato é que sabemos, e muito bem, quando erramos ou quando
acertamos e, por acréscimo e também por decorrência, se prejudicamos ou se
causamos danos, ou não, a outrem.
Neste ponto, interessante
reproduzir aqui[3]:
Como se pode
definir a justiça?
A justiça consiste
em cada um respeitar os direitos dos demais.
Que é o que
determina esses direitos?
Duas coisas: a lei
humana e a lei natural. Tendo os homens formulado leis apropriadas a seus
costumes e caracteres, elas estabeleceram direitos mutáveis com o progresso das
luzes. Vede se hoje as vossas leis, aliás imperfeitas, consagram os mesmos
direitos que as da Idade Média. Entretanto, esses direitos antiquados, que
agora se vos afiguram monstruosos, pareciam justos e naturais naquela época.
Nem sempre, pois, é acorde com a justiça o direito que os homens prescrevem.
Ademais, este direito regula apenas algumas relações sociais, quando é certo
que, na vida particular, há uma imensidade de atos unicamente da alçada do
tribunal da consciência.
Assim, observa-se que se a
escolha que fizermos ou a decisão que tomarmos implicar desrespeito aos direitos
alheios, estaremos, por isso mesmo, cometendo uma infração, uma injustiça, a
ser obrigatoriamente resolvida e reparada mais tarde, nesta ou em outra
reencarnação.
As leis humanas são elaboradas
de acordo com os costumes e caracteres de cada época e, por esta e por outras
razões, são mutáveis, notadamente pelo avanço do progresso em geral, e das
Ciências e Tecnologias em particular (sobretudo nos últimos vinte e cinco
anos), o que, por si, demonstra a sua mutabilidade e a sua imperfeição.
Já, ao contrário, as Leis
Naturais, que valem para todos no planeta Terra ou noutros mundos habitados do
Universo (ou dos outros Universos, para quem entenda e admita que há mais de um
Universo), são imutáveis exatamente porque são perfeitas, e no que é perfeito não
se mexe. A toda evidência, a perfeição afasta qualquer necessidade de mudança.
O texto antes reproduzido, com
precisão, afirma que este direito regula apenas algumas relações sociais,
quando é certo que, na vida particular, há uma imensidade de atos unicamente da
alçada do tribunal da consciência, confirmando, em outras palavras, que a
consciência é o grande tribunal de cada um de nós.
Daí a enorme importância de
pensar e agir de conformidade com a nossa consciência, tornando-nos pessoas
melhores a cada dia, procurando não prejudicar nem causar dano a quem quer que
seja, procurando ser úteis e cada vez mais úteis onde quer que nos encontremos,
sendo cumpridores da parte que nos cabe realizar e fazendo-a do melhor modo ao
nosso alcance, optando, enfim, pela prática do Bem sempre, em qualquer
circunstância ou situação, por mais grave que pareça ou que de fato seja.
A consciência tranquila traz
leveza ao nosso coração, à nossa alma, aumenta consideravelmente o nosso nível
de confiança e renova a certeza de que dias melhores seguramente advirão, a
começar pelo nosso empenho na construção e na conquista da felicidade, que
naturalmente será a compatível com o denominado planeta azul em que agora nos
encontramos.
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