segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

JUVÊNCIO DE ARAÚJO FIGUEIREDO[1]




Nascido a 27 de setembro de 1865, em Coqueiros, Florianópolis, Estado de Santa Catarina, e desencarnado a 6 de abril de 1927, na mesma cidade.
Juvêncio de Araújo Figueiredo foi um infatigável servidor da Doutrina Espírita, devendo-se a ele grande parte dos trabalhos de divulgação que foram realizados no Estado de S. Catarina.
Iniciou sua vida como tipógrafo, passando posteriormente a colaborar em vários jornais, tanto de sua terra como de outros pontos do país. Poeta mavioso teve a honra de fazer parte de um grupo de beletristas, do qual faziam parte Cruz e Souza, Santos Lostada, Oscar Rosas, Virgílio Várzea, Horácio de Carvalho e outros. Em 1904, escreveu "Ascetérios". Logo após produziu alguns trabalhos inéditos, tais como "Praias" e "Novenas de Maio".
Foi companheiro e amigo predileto do genial Cruz e Souza, fazendo parte da Academia Catarinense de Letras, onde ocupava o número 17. No exercício de funções públicas, foi secretário da Municipalidade, em São José, naquele Estado, galgando posteriormente o elevado cargo de secretário da Assembleia Legislativa, em Florianópolis.
Araújo Figueiredo foi um dos mais notáveis médiuns espíritas, podendo-se mesmo dizer que foi uma das raras joias da mediunidade, pois, além das incalculáveis possibilidades que os Espíritos do Senhor nele encontravam para suavizar as dores dos aquebrantados da alma e do corpo, era dotado de notável poder de análise e de discernimento. A sua mediunidade era das mais seguras, pois, como médium meticuloso e amante da verdade, tudo submetia ao crivo da razão e da lógica.
Correm por centenas os fatos produzidos por seu intermédio, principalmente as extraordinárias curas que conseguia realizar. Era também de se admirar as revelações que fazia a respeito daqueles que chegavam até a sua casa, atraídos meramente por curiosidade sobre os fenômenos que se produziam por seu intermédio.
Araújo Figueiredo viveu na Terra 62 anos, grande parte dos quais destinados à difusão do Espiritismo. Os que tiveram a oportunidade de conhecer ou conviver com esse grande seareiro, médium e conselheiro, puderam sentir o quanto vale um homem que tem dons de Espírito e que os coloca a serviço do seu próximo.

(Dados biográficos extraídos do "Boletim Espírita", de Florianópolis)




[1] Os Grandes Vultos do Espiritismo – Paulo Alves Godoy

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