Nascido a 27 de setembro de
1865, em Coqueiros, Florianópolis, Estado de Santa Catarina, e desencarnado a 6
de abril de 1927, na mesma cidade.
Juvêncio de Araújo Figueiredo
foi um infatigável servidor da Doutrina Espírita, devendo-se a ele grande parte
dos trabalhos de divulgação que foram realizados no Estado de S. Catarina.
Iniciou sua vida como tipógrafo,
passando posteriormente a colaborar em vários jornais, tanto de sua terra como
de outros pontos do país. Poeta mavioso teve a honra de fazer parte de um grupo
de beletristas, do qual faziam parte Cruz e Souza, Santos Lostada, Oscar Rosas,
Virgílio Várzea, Horácio de Carvalho e outros. Em 1904, escreveu
"Ascetérios". Logo após produziu alguns trabalhos inéditos, tais como
"Praias" e "Novenas de Maio".
Foi companheiro e amigo
predileto do genial Cruz e Souza, fazendo parte da Academia Catarinense de
Letras, onde ocupava o número 17. No exercício de funções públicas, foi
secretário da Municipalidade, em São José, naquele Estado, galgando
posteriormente o elevado cargo de secretário da Assembleia Legislativa, em
Florianópolis.
Araújo Figueiredo foi um dos
mais notáveis médiuns espíritas, podendo-se mesmo dizer que foi uma das raras joias
da mediunidade, pois, além das incalculáveis possibilidades que os Espíritos do
Senhor nele encontravam para suavizar as dores dos aquebrantados da alma e do
corpo, era dotado de notável poder de análise e de discernimento. A sua
mediunidade era das mais seguras, pois, como médium meticuloso e amante da
verdade, tudo submetia ao crivo da razão e da lógica.
Correm por centenas os fatos
produzidos por seu intermédio, principalmente as extraordinárias curas que
conseguia realizar. Era também de se admirar as revelações que fazia a respeito
daqueles que chegavam até a sua casa, atraídos meramente por curiosidade sobre
os fenômenos que se produziam por seu intermédio.
Araújo Figueiredo viveu na Terra
62 anos, grande parte dos quais destinados à difusão do Espiritismo. Os que
tiveram a oportunidade de conhecer ou conviver com esse grande seareiro, médium
e conselheiro, puderam sentir o quanto vale um homem que tem dons de Espírito e
que os coloca a serviço do seu próximo.
(Dados biográficos extraídos do "Boletim
Espírita", de Florianópolis)
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