segunda-feira, 30 de setembro de 2019

ISABEL SALOMÃO DE CAMPOS[1]




Isabel Salomão de Campos nasceu em Rochedo de Minas, Minas Gerais, em 22 de setembro de 1924. Filha dos libaneses Sr. Nagib Salomão e D. Chaíde Chible Salomão, cresceu junto a nove irmãos. Já em seu nono ano de vida surgiu as primeiras manifestações mediúnicas.
Na escola, distinguiu-se, demonstrando responsabilidade e visão além daquela favorecida pela vida no campo. O respeito que nutria por seus deveres e pelos direitos do próximo faziam-na uma jovem especial, que despertava grande admiração. Findo o curso primário, manifestou o desejo de educar as crianças da redondeza. Tendo seu pai ao lado, D. Isabel construiu carteiras e paredes, conscientizando a vizinhança da importância dos estudos e alfabetizando inclusive os adultos da região.
Com a ajuda da família, aos 14 anos, ergueu a Escola Rural Mista Bom Jardim. Logo em seguida, foi nomeada pelo município, chamando a atenção dos inspetores escolares por sua habilidade com a turma, principalmente em se tratando de classe multiseriada (três séries em uma única turma). Aos 17 anos, mudou-se com a família para Juiz de Fora, e a jovem Isabel foi trabalhar no Instituto de Laticínios “Cândido Tostes”, onde, através da ilustre figura de Dr. Vicentino Mazzini, ouviu falar pela primeira vez em Espiritismo.
Começou, então, a participar efetivamente das reuniões espíritas, constatando que tudo o que se a apresentava ela já conhecia e que as “coisas” que via e ouvia desde a infância eram presenças de espíritos.
Em 1947, casou-se com Ramiro Monteiro de Campos, militar, professor e advogado.
Após o nascimento da filha, transferiram-se para Fortaleza, levando também o filho adotivo. Retornaram três anos depois. A família crescia, o terceiro filho nascera em Fortaleza e, mais tarde, outros dois, em Juiz de Fora. De 58 anos de um casamento feliz, teve cinco filhos, onze netos e dois bisnetos.
Proprietária de uma butique, via sua loja diariamente repleta de pessoas que para lá se dirigiam, a fim de ouvi-la. Por orientação espiritual, deveria escolher entre a profissão e o trabalho espiritual, não que ao espírita tal fato não seja permitido; era especificamente o seu caso. Disse-lhe o mentor: “Seja qual for a sua opção, você será bem sucedida”. E ela optou: fechou a butique e foi atender o povo sofrido e desalentado. Nascia um trabalho que é realizado até hoje, o de orientação às pessoas carentes de esclarecimento e aos corações angustiados e deprimidos, que chegam dos mais variados lugares do país, perfazendo um atendimento a mais de cento e oitenta mil pessoas nestes 60 anos de trabalho.
D. Isabel recebeu títulos e comendas, entre elas:
“Comenda Daniel Pinto Corrêa” da Associação Comercial de Juiz de Fora;
“Título de Cidadã Honorária”;
“Comenda Henrique Halfeld” e do
“Sesquicentenário de Juiz de Fora”, entregue a 150 personalidades, inclusive pós mortém, sendo a única presença feminina como pessoa física, em 2004;
“Troféu Mulheres do Novo Século”;
“Troféu Voluntário das Gerais”, pela Fiemg[2], na cidade de Ouro Preto.

Lançou o CD “Momentos de Paz” e “Jesus Amigo”, é autora de três livros e inúmeros artigos. Sua vida e sua obra se confundem.
Todo seu trabalho tem como finalidade, no sentido mais amplo da expressão, o bem estar social com a manutenção e ampliação da assistência às camadas menos favorecidas da nossa sociedade, distribuindo mensalmente 4,5 toneladas de alimentos. Sua mediunidade de cura é alvo do interesse de vários segmentos, tendo sido apresentada por duas vezes no Globo Repórter e igualmente no Fantástico, programas veiculados pela Rede Globo de Televisão. É convidada por jovens, professores, empresários e médicos para proferir palestras. Rompendo os limites das naturais necessidades do ser humano, dedica mais de 10 horas do dia ao trabalho junto ao povo, atendendo todos que batem à porta da “A Casa do Caminho”, que se mantém aberta diuturnamente, por um ideal seu, pois esclarece que a dor não tem dia nem hora. Orienta pessoalmente cada setor desta Comunidade desde a sua fundação.
Foi pioneira ao criar, em 1979, o Plantão de Socorro Espiritual, que com uma equipe de plantonistas devidamente preparados por ela, atende diariamente mais de 500 ligações em suas 24h de pleno funcionamento.

O que me deixa feliz é que tudo isso acontece por causa do Evangelho de Jesus.
Isabel Salomão de Campos




[2] Federação das Industrias do Estado de Minas Gerais

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