Espírito: Maristela ‒ Médium: M. Nicodemos
Viver! Eu sempre amei viver!
Sempre fui muito cuidadosa com o meu corpo. Saúde em primeiro lugar, atividade
física e alimentação saudável; enfim, achava que iria viver por muitos anos. Eu
acordava e tinha pressa em viver aquele dia intensamente sem perder um segundo
sequer. Eu queria viver intensamente, ser feliz, fazer tudo que me era
permitido e não deixava que o desânimo ou a preguiça diminuíssem minha energia
e o meu gostar de viver.
Sempre fazia meus exames
periódicos e, com moderação, eu bebia com meus amigos uma cerveja, outros dias
uma vodka e assim eu passava os finais de semanas, tudo muito regrado e
moderado.
Não havia exageros de minha
parte e policiava as minhas amigas, sempre fui muito observadora e nada passava
sem que eu não visse. Numa noite de sábado eu abusei do álcool e senti uma
alegria que me contagiou e eu gostei, eu queria ficar com aquela leveza e sem
timidez.
Foi muito bom, mas não percebi
que aquele dia eu estava colocando minha vida em perigo por conta do vício.
Eu me achava superior a essas
fraquezas pobres dos homens e sempre falava: “Sou superior, eu sei do meu
limite, não se preocupe comigo.”
Doce e triste ilusão. Fui pega
pelo maldito vício do álcool, e fui acabando com tudo que eu e minha família
possuíamos, moral e financeiramente.
Fiquei hospitalizada em clínicas
caríssimas de luxo, fugia e, em outras clínicas, fui colocada, mas,
infelizmente, o vício era tão fulminante e cruel que foi cada vez mais levando
o meu gosto de viver, a minha alegria. Veio a preguiça e o desânimo. Eu já não
tinha forças para lutar e, quando cansada, eu só tinha um pensamento: quero
vodka. Cheguei a beber coisas que me nego a dizer neste momento, pois não sei
quem vai ter acesso a esta carta, não quero contaminar ninguém.
Hoje estou aqui para relatar o
que vivi, para alertar os jovens como eu para o perigo da bebida. Ficar alerta
quanto ao momento de parar e não deixar que a euforia do álcool seja maior que
sua alegria natural de ser. Tudo que passa do normal é perigoso, é falso, é
cruel e é o seu fim inconsciente.
Eu sou Maristela..., uma jovem
de 23 anos, que amava viver e que deixou uma dose a mais levar a alegria de
viver por uma falsa alegria de sobreviver.
Desencarnei de um modo muito
triste e de forma lamentável, fui encontrada em uma viela, sufocada pelos meus
vômitos, como uma moça qualquer e sem família. Ainda com vida, pedi perdão a
Deus e aos meus familiares por não ter dado valor à vida que o Criador havia me
proporcionado.
O vício me venceu, mas não quero
que outros se percam como eu; em apenas uma noite de sábado, eu deixei o vício
acordar dentro de mim, pois trazia esta tendência de outras vidas.
E chegando aqui, percebi que fui
vitima de suicídio indireto.
Não deixem que os seus jovens
caiam nesse perigo. O álcool mata a vida terrena, pois a vida continua
além-túmulo.
Fiquem em paz.
Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça
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