segunda-feira, 2 de abril de 2018

George Valiantine[1]



Não existe uma biografia completa do médium George Valiantine, mas pode se ler nas entrelinhas a sua vida e o seu trabalho mediúnico.
Mr. Herbert Dennis Bradley fez um minucioso relato da mediunidade de voz direta (Pneumatofonia) de George Valiantine, o conhecido médium americano.
Em sua obra “Rumos às Estrelas”, H. Dennis Bradley conseguiu relatar as diversas vozes espirituais ocorridas no seu próprio grupo doméstico.
É impossível exagerar os serviços que o trabalho dedicado e de auto-sacrifício de Mr. Bradley prestou à ciência psíquica.
George Valiantine chegou à Inglaterra a 1° de fevereiro de 1924, depois de um entendimento entre mim e De Wyckoff. Fomos ao seu encontro em Waterloo, donde o levamos de auto diretamente para Dorincourt; lá devia permanecer durante a sua estação na Inglaterra, sempre na mais completa ignorância das experiências psíquicas por mim feitas depois do nosso encontro além mar.
 Valiantine é um homem de cinquenta anos de idade. Lento e reticente; interessa-se por um número mínimo de coisas; crê naturalmente em espíritos, e tenho dificuldades em lembrar-me de outro assunto que ele discuta com fluência. Interpelei-o sobre a arte e a literatura americana: nada sabe. Consultei-o sobre teatro: idem. Igualmente desinteressado da vida comercial. Possui um vocabulário muito limitado e revela pouca noção do valor das palavras.
Quando inquirido por alguém sobre o que pensava de Londres, respondeu: “Uma cidade grande” - e foi só.
 Contou-me que só depois dos quarenta e três anos veio a descobrir a sua mediunidade. Antes disso lembra-se de por várias vezes ter ouvido pancadas nas paredes e mesas, que ele atribuía a estalos da madeira.
Há uns sete anos, quando hospedado num hotel durante uma saída a negócios, ouviu na porta de seu quarto três pancadas muito distintas. Acendeu a luz; levantou-se da cama para ver quem era. Aberta a porta, não encontrou ninguém. Fechou-a de novo. Mais três pancadinhas fizeram-se ouvir, dessa vez na parede do corredor. Foi novamente verificar quem era, e como não visse ninguém tocou a campainha de serviço. O criado assegurou-lhe que o corredor e o quarto contíguo estavam desertos.
Logo depois teve enseje de contar o fato a uma senhora das suas relações, dedicada ao espiritualismo, a qual o persuadiu de ter com ela uma sessão em sala escura. Nessa sessão, a quem esteve presente sua mulher, recebeu, por intermédio da mesinha, uma mensagem de Bert Everett, seu cunhado falecido de algum tempo.
A partir daí gradativamente Valiantine desenvolveu a força mediúnica até chegar a ouvir a voz direta de Everett - o qual lhe recomendou o uso da corneta acústica e mais coisas. Foi arranjada a corneta, e na noite seguinte pôde ouvir com perfeita clareza a voz do cunhado. Até aquele dia ignorara completamente o que fosse uma corneta acústica.
 Estranhos fenômenos ocorreram depois disso. As cordas de um violino vibraram enquanto o traziam para a sala. Uma voz do além cantou com acompanhamento de guitarra.
Everett instruiu-o sobre o modo de organizar um gabinete onde pudessem ser obtidas materializações. Valiantine agiu de acordo e numa noite em que caiu em transe Everett materializou-se de corpo inteiro.




[1] Rumo às Estrelas - H. Dennis Bradley

Nenhum comentário:

Postar um comentário