Não existe uma biografia
completa do médium George Valiantine, mas pode se ler nas entrelinhas a sua
vida e o seu trabalho mediúnico.
Mr. Herbert Dennis Bradley fez
um minucioso relato da mediunidade de voz direta (Pneumatofonia) de George
Valiantine, o conhecido médium americano.
Em sua obra “Rumos às Estrelas”,
H. Dennis Bradley conseguiu relatar as diversas vozes espirituais ocorridas no
seu próprio grupo doméstico.
É impossível exagerar os
serviços que o trabalho dedicado e de auto-sacrifício de Mr. Bradley prestou à
ciência psíquica.
George Valiantine chegou à
Inglaterra a 1° de fevereiro de 1924, depois de um entendimento entre mim e De
Wyckoff. Fomos ao seu encontro em Waterloo, donde o levamos de auto diretamente
para Dorincourt; lá devia permanecer durante a sua estação na Inglaterra,
sempre na mais completa ignorância das experiências psíquicas por mim feitas
depois do nosso encontro além mar.
Valiantine é um homem de cinquenta anos de
idade. Lento e reticente; interessa-se por um número mínimo de coisas; crê
naturalmente em espíritos, e tenho dificuldades em lembrar-me de outro assunto
que ele discuta com fluência. Interpelei-o sobre a arte e a literatura
americana: nada sabe. Consultei-o sobre teatro: idem. Igualmente desinteressado
da vida comercial. Possui um vocabulário muito limitado e revela pouca noção do
valor das palavras.
Quando inquirido por alguém
sobre o que pensava de Londres, respondeu: “Uma cidade grande” - e foi só.
Contou-me que só depois dos quarenta e três
anos veio a descobrir a sua mediunidade. Antes disso lembra-se de por várias
vezes ter ouvido pancadas nas paredes e mesas, que ele atribuía a estalos da
madeira.
Há uns sete anos, quando
hospedado num hotel durante uma saída a negócios, ouviu na porta de seu quarto
três pancadas muito distintas. Acendeu a luz; levantou-se da cama para ver quem
era. Aberta a porta, não encontrou ninguém. Fechou-a de novo. Mais três
pancadinhas fizeram-se ouvir, dessa vez na parede do corredor. Foi novamente
verificar quem era, e como não visse ninguém tocou a campainha de serviço. O
criado assegurou-lhe que o corredor e o quarto contíguo estavam desertos.
Logo depois teve enseje de
contar o fato a uma senhora das suas relações, dedicada ao espiritualismo, a
qual o persuadiu de ter com ela uma sessão em sala escura. Nessa sessão, a quem
esteve presente sua mulher, recebeu, por intermédio da mesinha, uma mensagem de
Bert Everett, seu cunhado falecido de algum tempo.
A partir daí gradativamente
Valiantine desenvolveu a força mediúnica até chegar a ouvir a voz direta de
Everett - o qual lhe recomendou o uso da corneta acústica e mais coisas. Foi
arranjada a corneta, e na noite seguinte pôde ouvir com perfeita clareza a voz
do cunhado. Até aquele dia ignorara completamente o que fosse uma corneta
acústica.
Estranhos fenômenos ocorreram depois disso. As
cordas de um violino vibraram enquanto o traziam para a sala. Uma voz do além
cantou com acompanhamento de guitarra.
Everett instruiu-o sobre o modo
de organizar um gabinete onde pudessem ser obtidas materializações. Valiantine
agiu de acordo e numa noite em que caiu em transe Everett materializou-se de
corpo inteiro.
[1] Rumo às
Estrelas - H. Dennis Bradley
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