quarta-feira, 15 de novembro de 2017

ENXAQUECA - Aspectos energéticos e espirituais[1]

Pode ser causada por influência obsessiva ou ter origem em vidas passadas, mas não é possível generalizar.



Ricardo Di Bernardi[2] - rhdb11@gmail.com - 01/11/2017

Antes de comentarmos os aspectos energéticos e espirituais, cumpre-nos dar uma rápida repassada no conceito e na sintomatologia da enxaqueca.
A enxaqueca é também denominada de hemicrânia ou migrânea, além de ser, impropriamente, denominada de hemialgia, cefalalgia ou até cefaleia. No vernáculo popular recebe denominações regionais como mururu ou macacoa.
Trata-se de uma dor de cabeça neurovascular, recidivante, em geral intensa e pulsátil, devido à constrição seguida de dilatação das artérias da cabeça. Sua causa não está totalmente esclarecida.
Costuma vir em associação com diversos sintomas, que são variáveis, mas, em resumo, os mais comuns são: dor de cabeça, latejante ou não, dor no pescoço, nos olhos, no rosto, na testa e nos dentes, náuseas ou vômitos, sensibilidade à luz, sensibilidade ao barulho ou ao cheiro. Em geral há visualização de flashes luminosos, visão embaraçada, tonturas, vertigem, ansiedade e fadiga.
Aura da enxaqueca: Denomina-se de aura da enxaqueca os sintomas que precedem a crise de dor. São percepções visuais estranhas ou sensoriais que podem levar minutos ou horas antes da dor.
Causas: A enxaqueca pode ter causas orgânicas da vida atual, causas oriundas de vidas passadas e causas com forte participação de influências espirituais desequilibradas, ou seja, obsessões.
Causas da vida atual: Tanto a aura da enxaqueca bem como toda a enxaqueca podem ter causas totalmente orgânicas e aparentemente oriundas de fatos da vida atual, por exemplo: parto traumático por fórceps. No entanto, as condições fisiológicas do feto e da parturiente foram exteriorizadas ou construídas pelos modelos perispirituais da mãe e do filho, isto é, as tendências que ambos traziam arquivadas nos campos energéticos do corpo espiritual – construídas em vidas passadas – ocasionaram essa tendência para a lesão pelo trauma de parto.
Causas em vidas passadas: Em mais de um caso, constatamos em terapia regressiva às vivências passadas que pacientes atualmente com enxaqueca foram vítimas de violentos traumas cranianos em reencarnações anteriores, às vezes em mais de uma vida. Alguns até com ferimento de morte na cabeça. Tal constatação permite concluir que, nem sempre, a enxaqueca está relacionada a uma falta grave cometida em vida anterior, mas, a um trauma grave que sofreu, persistindo as “feridas da alma” não cicatrizadas.
Outra situação ocorre quando houve, realmente, uma falta grave em vida anterior e a recordação inconsciente dessa falta, recalcada no inconsciente (espírito), cria um “nódulo de forças mentais desequilibradas” (ou a denominada “zona de remorso”[3]). Este nódulo de forças desequilibradas produz ondas contínuas em circuito fechado, atingindo o perispírito e lesando o corpo físico, ocasionando a patologia, no caso, enxaqueca. O distúrbio orgânico ou patologia está sendo uma drenagem das energias, visando a eliminar o problema que tende a se curar, caso haja uma mudança do padrão mental.
Causas decorrentes de influências espirituais desequilibradas: Em geral, as influências espirituais não são o único fator ou a causa primária, mas são fatores complementares. A origem de toda influência espiritual desequilibrada é, via de regra, uma consequência de problemas do próprio indivíduo que atraiu o espírito perturbador, ora designado obsessor. Temos observado na vida profissional e nas lides mediúnicas espíritas a presença constante, junto ao paciente de enxaqueca, de um espírito obsessor que faleceu com ferimento na cabeça e, ainda, está psicologicamente preso ao fato. Esse espírito acha-se imantado à psicosfera da “vítima” com quem teve vínculos em vidas passadas e comprometida com aquele espírito.
Ainda relativo à influência de espíritos perturbados, pode-se constatar a perversa manipulação de ectoplasma por essas entidades obsessoras que inserem artefatos fluídicos, também denominados aparelhos parasitas, no cérebro astral da vítima. A aura da enxaqueca ou todo o quadro clínico da enxaqueca pode ter forte participação de influências espirituais.
Os fatores desencadeantes são muito pessoais e, sobretudo, não são a verdadeira causa das crises da enxaqueca. Assim, salsicha e embutidos, sorvete, feijão, queijo, café, refrigerantes, hormônios, nitratos, stress, alterações climáticas e outros são apenas gatilhos que acionam a explosão da crise. Embora não seja a proposta deste trabalho, convém informar não existirem, até o momento, exames específicos que diagnostiquem a enxaqueca, porém são úteis para excluir outras causas, como tumores etc.. O diagnóstico é clínico.
Por que tenho enxaqueca? É uma indagação comum. A resposta é: devido a uma sensibilidade individual, anatômica e fisiológica. Trata-se de um locus minoris resistentiae, ou seja, um local de menor resistência. Mas por que eu tenho essa sensibilidade? Como espíritas, estudamos que a anatomia e a fisiologia atuais refletem as fragilidades ou desarmonias do corpo astral.
Como eu adquiri essa fragilidade no corpo astral, para atualmente ter enxaqueca? Assim como a anatomia e fisiologia atuais refletem fragilidades e desarmonias do corpo astral, por sua vez, estas refletem as desarmonias do corpo mental ou do inconsciente (espírito). Da mesma forma, a razão dos diferentes níveis de gravidade dos sintomas da enxaqueca, de uma pessoa para outra, decorre da individualidade anatômica e fisiológica que reflete a individualidade energética e o histórico de cada espírito encarnado.
Há informações da existência de genes relacionados à enxaqueca. Como adequar esta informação científica aos conhecimentos espirituais? De fato, há cinco estruturas de DNA (genéticas) que predispõem à enxaqueca. Cogita-se em mais de 100 subtipos. Os conhecimentos espirituais explicam que, no caso da enxaqueca, o perispírito foi quem sintonizou e atraiu os genes. O magnetismo do corpo espiritual, isto é, as matrizes energéticas do perispírito estimularam a liberação de um óvulo (oócito[4] de segunda ordem) com a predisposição para este tipo de problema. Em seguida, a célula feminina envolvida e magnetizada pelas vibrações do reencarnante com essa tendência, carregando as energias (fluidos) do histórico espiritual, atrairá o espermatozoide cujos genes vibram na mesma frequência de energia, isto porque portam os genes correspondentes à enxaqueca, neste caso específico em estudo.
Indagam-nos: por que eu tenho enxaqueca, e não o meu irmão gêmeo? Além da epigenética (fator mesológico ou ambiental) ser muito importante, o que significa dizer a vida presente, lembramos que gêmeos podem ter corpos com genes idênticos, mas seus genes tem uma expressividade maior ou menor conforme o diferente magnetismo das matrizes perispirituais que registraram o modus vivendi do passado. Portanto, os genes do seu irmão têm expressividade menor, bloqueados pelo merecimento (neste aspecto), decorrente dos registros energéticos das estruturas astrais.
É correto se considerar que sempre estamos “pagando” erros da vida anterior? Não, não é correto radicalizar. São inúmeros os casos observados de pessoas com enxaqueca que efetuaram terapia regressiva às vidas passadas, por exemplo o Dr. Harrison, oftalmologista, em caso citado pelo Dr. Netherton, que teve grave trauma com seu crânio esfacelado em vida passada. Casos similares, nós também constatamos.
Como tratar a enxaqueca? Acompanhamento médico clássico, terapias energéticas, terapias de regressão às vidas passadas, medicação homeopática que mobiliza energias vitais (fluido vital), tratamento espiritual de eventual obsessão. Todos são válidos, porém, a mudança de atitude é fundamental. Alimentação correta e vida mais organizada, educação, trabalho, pensamentos e sentimentos em equilíbrio. Os pensamentos e sentimentos suaves, de um espírito nobre, emitem ondas de alta frequência, luminosas, brilhantes e perfumadas. Partem do corpo mental, criando no corpo astral campos magnéticos organizados refletindo no corpo físico e modelando um corpo biológico saudável e harmonizado. São os caminhos da cura, nesta vida ou na próxima.




[2] Dr. Ricardo Gandra Di Bernardi é médico homeopata geral e pediatra. Natural de Florianópolis, SC. Ingressou jovem no movimento espírita tendo sido presidente da Juventude espírita de Florianópolis, e também do MEUC (Movimento Espírita Universitário). Exerceu posteriormente diversas funções em âmbito federativo estadual, fundou o ICEF (Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis) e a AME SC (associação Médico-Espírita de Santa Catarina).
[3] Nódulos de forças mentais desequilibradas ou zonas de remorso constituem as dívidas cármicas. Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Evolução em Dois Mundos. Pelo espírito André Luiz. Cap. 19 – Predisposições mórbidas. FEB.
[4] Célula do filo germinal feminino dos animais, sem terem sofrido ainda as duas fases da miose. = OVÓCITO

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