Pode ser causada por influência obsessiva ou ter
origem em vidas passadas, mas não é possível generalizar.
Ricardo Di Bernardi[2]
- rhdb11@gmail.com - 01/11/2017
Antes de comentarmos os aspectos
energéticos e espirituais, cumpre-nos dar uma rápida repassada no conceito e na
sintomatologia da enxaqueca.
A enxaqueca é também denominada
de hemicrânia ou migrânea, além de ser, impropriamente, denominada de
hemialgia, cefalalgia ou até cefaleia. No vernáculo popular recebe denominações
regionais como mururu ou macacoa.
Trata-se de uma dor de cabeça
neurovascular, recidivante, em geral intensa e pulsátil, devido à constrição
seguida de dilatação das artérias da cabeça. Sua causa não está totalmente
esclarecida.
Costuma vir em associação com
diversos sintomas, que são variáveis, mas, em resumo, os mais comuns são: dor
de cabeça, latejante ou não, dor no pescoço, nos olhos, no rosto, na testa e
nos dentes, náuseas ou vômitos, sensibilidade à luz, sensibilidade ao barulho
ou ao cheiro. Em geral há visualização de flashes luminosos, visão embaraçada,
tonturas, vertigem, ansiedade e fadiga.
Aura da enxaqueca:
Denomina-se de aura da enxaqueca os sintomas que precedem a crise de dor. São
percepções visuais estranhas ou sensoriais que podem levar minutos ou horas
antes da dor.
Causas: A
enxaqueca pode ter causas orgânicas da vida atual, causas oriundas de vidas
passadas e causas com forte participação de influências espirituais desequilibradas,
ou seja, obsessões.
Causas da vida
atual: Tanto a aura da enxaqueca bem como toda a enxaqueca podem ter causas
totalmente orgânicas e aparentemente oriundas de fatos da vida atual, por
exemplo: parto traumático por fórceps. No entanto, as condições fisiológicas do
feto e da parturiente foram exteriorizadas ou construídas pelos modelos
perispirituais da mãe e do filho, isto é, as tendências que ambos traziam
arquivadas nos campos energéticos do corpo espiritual – construídas em vidas
passadas – ocasionaram essa tendência para a lesão pelo trauma de parto.
Causas em vidas
passadas: Em mais de um caso, constatamos em terapia regressiva às
vivências passadas que pacientes atualmente com enxaqueca foram vítimas de
violentos traumas cranianos em reencarnações anteriores, às vezes em mais de
uma vida. Alguns até com ferimento de morte na cabeça. Tal constatação permite
concluir que, nem sempre, a enxaqueca está relacionada a uma falta grave
cometida em vida anterior, mas, a um trauma grave que sofreu, persistindo as
“feridas da alma” não cicatrizadas.
Outra situação ocorre quando houve, realmente, uma falta
grave em vida anterior e a recordação inconsciente dessa falta, recalcada no
inconsciente (espírito), cria um “nódulo de forças mentais desequilibradas” (ou
a denominada “zona de remorso”[3]).
Este nódulo de forças desequilibradas produz ondas contínuas em circuito
fechado, atingindo o perispírito e lesando o corpo físico, ocasionando a
patologia, no caso, enxaqueca. O distúrbio orgânico ou patologia está sendo uma
drenagem das energias, visando a eliminar o problema que tende a se curar, caso
haja uma mudança do padrão mental.
Causas decorrentes
de influências espirituais desequilibradas: Em geral, as influências
espirituais não são o único fator ou a causa primária, mas são fatores
complementares. A origem de toda influência espiritual desequilibrada é, via de
regra, uma consequência de problemas do próprio indivíduo que atraiu o espírito
perturbador, ora designado obsessor. Temos observado na vida profissional e nas
lides mediúnicas espíritas a presença constante, junto ao paciente de
enxaqueca, de um espírito obsessor que faleceu com ferimento na cabeça e,
ainda, está psicologicamente preso ao fato. Esse espírito acha-se imantado à
psicosfera da “vítima” com quem teve vínculos em vidas passadas e comprometida
com aquele espírito.
Ainda relativo à influência de espíritos perturbados,
pode-se constatar a perversa manipulação de ectoplasma por essas entidades
obsessoras que inserem artefatos fluídicos, também denominados aparelhos
parasitas, no cérebro astral da vítima. A aura da enxaqueca ou todo o quadro
clínico da enxaqueca pode ter forte participação de influências espirituais.
Os fatores desencadeantes são
muito pessoais e, sobretudo, não são a verdadeira causa das crises da
enxaqueca. Assim, salsicha e embutidos, sorvete, feijão, queijo, café,
refrigerantes, hormônios, nitratos, stress, alterações climáticas e outros são
apenas gatilhos que acionam a explosão da crise. Embora não seja a proposta
deste trabalho, convém informar não existirem, até o momento, exames
específicos que diagnostiquem a enxaqueca, porém são úteis para excluir outras
causas, como tumores etc.. O diagnóstico é clínico.
Por que tenho enxaqueca? É uma
indagação comum. A resposta é: devido a uma sensibilidade individual, anatômica
e fisiológica. Trata-se de um locus
minoris resistentiae, ou seja, um local de menor resistência. Mas por que
eu tenho essa sensibilidade? Como espíritas, estudamos que a anatomia e a
fisiologia atuais refletem as fragilidades ou desarmonias do corpo astral.
Como eu adquiri essa fragilidade
no corpo astral, para atualmente ter enxaqueca? Assim como a anatomia e
fisiologia atuais refletem fragilidades e desarmonias do corpo astral, por sua
vez, estas refletem as desarmonias do corpo mental ou do inconsciente
(espírito). Da mesma forma, a razão dos diferentes níveis de gravidade dos
sintomas da enxaqueca, de uma pessoa para outra, decorre da individualidade
anatômica e fisiológica que reflete a individualidade energética e o histórico
de cada espírito encarnado.
Há informações da existência de
genes relacionados à enxaqueca. Como adequar esta informação científica aos
conhecimentos espirituais? De fato, há cinco estruturas de DNA (genéticas) que
predispõem à enxaqueca. Cogita-se em mais de 100 subtipos. Os conhecimentos
espirituais explicam que, no caso da enxaqueca, o perispírito foi quem
sintonizou e atraiu os genes. O magnetismo do corpo espiritual, isto é, as
matrizes energéticas do perispírito estimularam a liberação de um óvulo (oócito[4] de
segunda ordem) com a predisposição para este tipo de problema. Em seguida, a
célula feminina envolvida e magnetizada pelas vibrações do reencarnante com
essa tendência, carregando as energias (fluidos) do histórico espiritual,
atrairá o espermatozoide cujos genes vibram na mesma frequência de energia,
isto porque portam os genes correspondentes à enxaqueca, neste caso específico
em estudo.
Indagam-nos: por que eu tenho
enxaqueca, e não o meu irmão gêmeo? Além da epigenética (fator mesológico ou
ambiental) ser muito importante, o que significa dizer a vida presente,
lembramos que gêmeos podem ter corpos com genes idênticos, mas seus genes tem
uma expressividade maior ou menor conforme o diferente magnetismo das matrizes
perispirituais que registraram o modus
vivendi do passado. Portanto, os genes do seu irmão têm expressividade
menor, bloqueados pelo merecimento (neste aspecto), decorrente dos registros
energéticos das estruturas astrais.
É correto se considerar que
sempre estamos “pagando” erros da vida anterior? Não, não é correto
radicalizar. São inúmeros os casos observados de pessoas com enxaqueca que
efetuaram terapia regressiva às vidas passadas, por exemplo o Dr. Harrison,
oftalmologista, em caso citado pelo Dr. Netherton, que teve grave trauma com
seu crânio esfacelado em vida passada. Casos similares, nós também constatamos.
Como tratar a enxaqueca?
Acompanhamento médico clássico, terapias energéticas, terapias de regressão às
vidas passadas, medicação homeopática que mobiliza energias vitais (fluido
vital), tratamento espiritual de eventual obsessão. Todos são válidos, porém, a
mudança de atitude é fundamental. Alimentação correta e vida mais organizada,
educação, trabalho, pensamentos e sentimentos em equilíbrio. Os pensamentos e
sentimentos suaves, de um espírito nobre, emitem ondas de alta frequência,
luminosas, brilhantes e perfumadas. Partem do corpo mental, criando no corpo
astral campos magnéticos organizados refletindo no corpo físico e modelando um
corpo biológico saudável e harmonizado. São os caminhos da cura, nesta vida ou
na próxima.
[2] Dr. Ricardo Gandra Di Bernardi é médico homeopata geral
e pediatra. Natural de Florianópolis, SC. Ingressou jovem no movimento espírita
tendo sido presidente da Juventude espírita de Florianópolis, e também do MEUC
(Movimento Espírita Universitário). Exerceu posteriormente diversas funções em
âmbito federativo estadual, fundou o ICEF (Instituto de Cultura Espírita de
Florianópolis) e a AME SC (associação Médico-Espírita de Santa Catarina).
[3] Nódulos de forças mentais desequilibradas ou zonas de
remorso constituem as dívidas cármicas. Fonte: XAVIER, Francisco Cândido.
Evolução em Dois Mundos. Pelo espírito André Luiz. Cap. 19 – Predisposições
mórbidas. FEB.
[4] Célula do filo germinal feminino dos animais, sem terem
sofrido ainda as duas fases da miose. = OVÓCITO
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