Nascido em Bauru, Estado de São Paulo,
a 17 de novembro de 1913 e desencarnado em São Paulo, no dia 13 de dezembro de
1979.
Rolando Mário Ramacciotti foi
valoroso obreiro espírita, grande divulgador do livro, destacando-se sempre por
sua extrema dedicação e fidelidade ao famoso médium Francisco Cândido Xavier.
Homem de atitudes corajosas e
firmes, o que fazia quando se tratava da defesa do livro espírita e da
divulgação da obra daquele medianeiro. Em seu idealismo promoveu numerosas e
magníficas tardes-noites de autógrafos, todas elas perfeitamente organizadas,
com resultados que superaram quaisquer expectativas.
Foi fundador do GEEM — Grupo
Espírita Emmanuel Sociedade Civil Editora, sediada em São Bernardo do Campo, Estado
de São Paulo, onde foram publicadas obras que primam não somente pelo admirável
aspecto gráfico e bom gosto, mas também pela acessibilidade do preço, com o que
conseguia promover eficiente divulgação da literatura psicografada por aquele
médium mineiro.
No ano de 1976 fundou, nas
proximidades do GEEM, o Centro Espírita Maria João de Deus, homenageando assim
o Espírito da genitora de Francisco Cândido Xavier, instituição essa que vem,
desde então, prestando inestimável serviço à divulgação do Espiritismo.
A obra de propaganda espírita
desenvolvida por Ramacciotti, abrange cerca de 500.000 exemplares. O livro Calma, do Espírito Emmanuel,
inegavelmente um dos mais belos trabalhos psicografados por aquele sensitivo em
1979, foi uma das últimas publicações da GEEM.
Transcreveremos a seguir uma
página de autoria do Dr. Caio Ramacciotti, filho de Rolando, na qual é traçado
o perfil do grande seareiro:
A lacuna deixada por sua
partida é irreparável e sua ausência envolveu a todos que com ele conviveram —
esposa, oito filhos, amigos e colaboradores, numa esteira de indizível saudade.
Rolando Mário Ramacciotti
fundou e dirigiu até o seu falecimento duas instituições irmãs: o GEEM — Grupo
Espírita Emmanuel Sociedade Civil Editora e o Nosso Lar — Instituição Filantrópica de Amparo à Criança, sediadas
em São Bernardo do Campo. A elas dedicou sua vida em tempo integral, com o sacrifício
absoluto do lazer e dos gratos momentos de convivência com os familiares —
esposa, filhos, genros, noras e netos — pequena grande comunidade que amou e
serviu com carinho e nobreza.
Renunciando a si mesmo, em
dedicação total à causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, amparou crianças órfãs,
mães viúvas, famílias carentes, enfermos de toda a sorte, enfim, de
companheiros necessitados que nele encontraram o benfeitor de todas as horas,
em mais de quatro décadas de identificação plena com a Doutrina Espírita.
No campo da divulgação, com
o lançamento do primeiro livro editado pela GEEM — Mais Luz, deu nova roupagem ao livro espírita, abrindo-lhe novos
mercados e definindo-lhe novos padrões de comercialização.
Durante os últimos vinte
anos, imprimiu milhares e milhares de mensagens psicografadas por Chico Xavier,
veiculadas nos derradeiros treze anos, através de revista Comunicação, adrede fundada. De Mais
Luz até Sinais de Rumo, editou
GEEM vinte e um livros de Francisco Cândido Xavier. Seu amor e dedicação à
divulgação do Espiritismo são sobejamente reconhecidos por todos quantos
puderam sentir-lhe mais de perto a grandeza da alma generosa e boa.
Administrador austero, de
larga visão, sua obra, seja no campo assistencial, seja na área da divulgação
espírita, ombreia cora o trabalho dos grandes apóstolos de nossa Doutrina em terras
brasileiras.
Desapareceu aos 66 anos de
nosso convívio mais direto.
Pai generoso, esposo amigo,
levou consigo entre tantas conquistas, a certeza do dever cumprido, certamente
a sua maior alegria: foi amigo incondicional de Chico Xavier.
Deus o proteja, Rolando,
inspirando-o sempre para que você, pai e amigo, nos inspire também no
desdobramento das tarefas que com tanta abnegação semeou e cultivou na Terra.
Conhecemos Rolando Mário
Ramacciotti nos idos de 1933/1934, quando morávamos numa república e
trabalhávamos para uma grande empresa norte-americana. Nesse tempo ele ainda não
era espírita, mas já demonstrava seus dotes morais e sua inclinação para as
coisas sérias, revelava ser um homem dinâmico e realizador. Posteriormente ele
transferiu-se para uma cidade do interior paulista, onde se tornou espírita e
construiu uma grande obra assistencial. Tornamos a encontrá-lo, já espírita, quando
ele vinha a S. Paulo e comparecia à sede do Centro Espírita Caminho de Damasco.
Visitamos esse grande amigo quando ele residia em São Bernardo do Campo, logo
que fundou o Nosso Lar. Dali por
diante sempre acompanhamos a sua obra missionária de divulgação do Espiritismo,
o que ele também fazia através de um renomado programa radiofônico, patrocinado
pela GEEM e fruto do seu idealismo.
Ramacciotti foi, pois, um lídimo
seareiro da Doutrina dos Espíritos, uma vez que é pelo fruto que se conhece a
árvore.
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