quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Consequências da brincadeira do copo[1]



José Lucas - 23/02/2016
 

 NOTA do EDITOR:

Caros leitores, apresentamos este breve relato para auxiliar na instrução dos jovens que por curiosidade se entregam à tentativa de se comunicar com os espíritos, por variados motivos, sem o devido cuidado que somente o estudo e a reflexão poderiam proporcionar.  A falta de maturidade e a falta de esclarecimento podem abrir perigoso espaço para perturbações de ordem psicológica de graves consequências a curto e a longo prazo, portanto, cabe a conscientização por parte dos pais, não através da ameaça, das consequências desastrosas que podem advir, mas através da conversa aberta e direta. Para tal, nos serve a Codificação.
 
A espiritualidade vai despertando cada vez com mais força junto dos jovens. A vontade de falar com os espíritos é grande e por vezes metem-se em aventuras que podem ser perigosas, como o jogo do copo. Ora veja por que.
 
05h10 da manhã
O telefone tocou! Alvoroço em casa, pensa-se logo o pior! Quem terá morrido? Quem terá tido um acidente? Ou seria alguma chamada urgente do trabalho? Ou alguma brincadeira de mau gosto por parte de quem tem insônias? Não, não era brincadeira. O telefonema era a sério.
Uma amiga nossa, de 15 anos de idade, de uma cidade vizinha, estava do outro lado da linha, num descontrole nervoso por demais evidente. A história conta-se em breves pinceladas.
Sofia, de 15 anos de idade, tinha feito uma sessão mediúnica para tentar falar com os espíritos, e assim tentar saber notícias do seu primo, há cerca de dois anos desencarnado (falecido) num desastre de moto. Juntou-se mais uns amigos e já não era a primeira vez que o faziam. À volta de uma mesa utilizava o jogo do copo, com um abecedário em volta, a palavra sim e não, números de 0 a 9 e invocavam a presença de pessoas já falecidas. Nessa noite, Sofia vira o copo a mexer, (como aliás das outras vezes) e ao perguntarem quem estava presente a resposta fora: “Satanás”. Entre outras “revelações” chocantes, acabaram por terminar o jogo. Ela, Sofia, ficou assustadíssima, não conseguia dormir, pois acreditava que tinha comunicado com o Satanás.
 
O Espiritismo precisa ser estudado… como aliás, qualquer outra ciência
Lá lhe explicamos que o Satanás não existe, que diabos somos nós quando praticamos o mal, quando odiamos, matamos etc.. Foi-lhe igualmente explicado que não acreditasse no que fora dito pois eram espíritos galhofeiros, que pretendiam assim explorar a credulidade alheia para se divertirem com a inexperiência desses jovens. Com um pouco de tempo, a jovem lá se acalmou sob juras de nunca mais voltar a fazer tal brincadeira.
Temos recebido na associação onde colaboramos, nas Caldas da Rainha, na Associação Cultural Espírita, muitos reportes de jovens que aparecem perturbados depois de fazerem o jogo do copo.
Aconselhamos vivamente a que não o façam, pois podem correr sérios riscos de perturbação espiritual.
O contato com o mundo espiritual é perfeitamente natural e normal, mas, como tudo na vida, obedece a certas normas de segurança que urge conhecer. Não pegamos num automóvel sem aprender a conduzir, não nos submetemos a um exame escolar sem estudar previamente. Também assim, quem pretende comunicar com o mundo espiritual pode fazê-lo, mas deve estudar primeiro, informar-se e depois, dentro de certas condições de segurança então poderá efetuar esses contatos normalmente.
Aconselhamos seriamente as pessoas a estudarem os livros de Allan Kardec , nomeadamente «O Livro dos Médiuns» que explica todas as nuanças desta atividade. Igualmente se aconselha que as pessoas interessadas neste intercâmbio, se dirijam a uma associação espírita, se informem, e apenas pratiquem a mediunidade dentro da associação espírita, onde o podem fazer em segurança, se aí não houver qualquer tipo de interesse e/ou comércio.
O contato com o mundo espiritual é perfeitamente natural e normal, mas, como tudo na vida, obedece a certas normas de segurança que urge conhecer.
O Espiritismo é uma doutrina universalista, e como tal, qualquer pessoa pode dentro dos parâmetros de segurança que Allan Kardec estabeleceu em «O Livro dos Médiuns», comunicar com o mundo espiritual, o que lhe confere a autenticidade do fenômeno, já que não depende da crença no Espiritismo ou em outra corrente filosófica e/ou religiosa para que se obtenham resultados.
No entanto, reforçamos, não o devem fazer nas escolas, em casa, por curiosidade ou divertimento (cujas consequências podem ser perigosas), mas sim devem contatar uma associação espírita, estudarem, e aí sim, quando tiverem oportunidade, integrarem-se nas suas atividades (não correndo assim qualquer risco).
O Espiritismo é uma doutrina muito lógica, que corresponde às expectativas de todos nós, explicando o porquê da vida, das suas dissemelhanças bem como abrindo novos horizontes para o porvir do homem. No entanto, como qualquer outra ciência, ele tem de ser… estudado. E , para isso, não há nada melhor do que começar pelo «O Livro dos Espíritos», «O Evangelho segundo o Espiritismo», «O Livro dos Médiuns», «A Gênese» e «O Céu e o Inferno», todos eles de Allan Kardec.
 

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