sábado, 9 de julho de 2016

LIGEIRO EXAME DO FENÔMENO MEDIÚNICO[1]



Manoel Philomeno de Miranda ( Divaldo Franco)


O fenômeno mediúnico, para expressar-se com segurança, exige toda a complexidade do mecanismo fisiopsíquico do homem que a ele se entrega, assim como da perfeita identificação vibratória do seu comunicante.
Para o desiderato, o perispírito do encarnado exterioriza-se em um campo mais amplo, captando as vibrações do ser que se lhe acerca, por sua vez igualmente ampliando, graças a cuja sutileza interpenetram-se, no que resulta o fenômeno equilibrado.
Às vezes, automaticamente dá-se a comunicação espiritual, produzindo o fato mediúnico, ora por violenta injunção obsessiva, e, em oportunidades outras, por afinidades profundas, quando a ocorrência é elevada.
Seja, porém, como for, sem o contributo e a ação do perispírito, o tentame não se torna efetivo.
Desse modo, o conhecimento das propriedades do perispírito é de vital importância para quantos desejam exercitar a mediunidade, colocando-a a serviço dos ideais enobrecedores.
Penetrabilidade, elasticidade, fluidez, materialização, depósito das memórias passadas, entre outras, oferecem compreensão e recurso para melhor movimentação dessas características, algumas das quais são imprescindíveis para a execução das tarefas, no fenômeno do intercâmbio espiritual.
A fixação da mente, através da concentração, proporciona dilatação do campo perispirítico e a mudança da vibração, que variam das grosseiras às mais sutis, a depender, igualmente, do comportamento moral do indivíduo.
O pensamento é o agente das reações psíquicas e físicas, sem o que, os automatismos desordenados levam aos desequilíbrios e aos fenômenos mediúnicos perturbadores, que respondem pelas obsessões de variada nomenclatura, que aturdem e infelicitam milhões de criaturas invigilantes e desajustadas.
Todo fulcro de energia irradia-se em um campo que corresponde á sua área de exteriorização, diminuindo de intensidade à medida que se afasta do epicentro. Graças a isto, são conhecidos os campos gravitacional e atômico, no macro e no microssomo, o luminoso e outros, conforme detectou Albert Einstein.
Na área psicológica não podemos ignorar-lhe a presença nas criaturas, gerando as simpatias – por decorrência de afinidades vibratórias entre as pessoas que se identificam – e antipatia – que deflui do choque das ondas que se exteriorizam, portadoras de teor diferente, produzindo sensações de mal-estar.
Invisível, no entanto preponderante nos mais diversos mecanismos da vida, o campo é encontrado no fenômeno mediúnico, através de cuja irradiação é possível o intercâmbio.
Cada ser humano, encarnado ou não, vive na faixa mental que lhe é peculiar, irradiando uma vibração específica.

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