Arnaldo Divo Rodrigues de
Camargo[2]
A Terra atualmente comporta mais
de 7 bilhões de pessoas. Destes, apenas um pouco mais de 2 bilhões são cristãos;
então, devemos entender que Deus, um Pai amoroso, enviou outros e diversos
profetas à Terra, antes e após a vinda de Jesus, para iluminar a vida dessas
outras quase 5 bilhões de almas.
O filósofo francês Léon Denis
diz no livro “O porquê da vida” que milhões de asiáticos, bramanistas e
budistas, partilham da crença na reencarnação. Afirma que dela partilharam
também os egípcios, os gregos e os celtas.
E que o cristianismo esteve
impregnado até o século quarto da ideia reencarnacionista.
Informa que presentemente
encontramos a reencarnação mesmo no islamismo, sob a forma de certas suratas
(versículos) do Alcorão.
Segue-se que a reencarnação é,
ou foi, admitida em todas as religiões.
Só o catolicismo e os outros
ramos do moderno cristianismo escapam à regra universal, desde que fizeram
silêncio e mergulharam em trevas certas passagens da Escritura que afirmavam as
vidas anteriores.
"E os que fizeram o bem
sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição
da condenação" - Jesus (João, capítulo 5, versículo 29). Baseado neste
texto de o Evangelho, o protetor do médium Chico Xavier, Emmanuel, esclarece
sobre a lei do retorno:
"Em raras passagens do
Evangelho, a lei reencarnacionista permanece tão clara quanto aqui, em que o ensino
do Mestre se reporta à ressurreição da condenação... A lei de retorno, pois,
está contida amplamente nessa síntese de Jesus. Ressurreição é ressurgimento. E
o sentido de renovação não se compadece com a teoria das penas eternas. Nas
sentenças sumárias e definitivas não há recurso salvador. Através da referência
do Mestre, contudo, observamos que a Providência Divina é muito mais rica e
magnânima que parece. Haverá ressurreição para todos, apenas com a diferença de
que os bons tê-la-ão em vida nova e os maus em nova condenação, decorrente da
criação reprovável deles mesmos." (Emmanuel/Chico Xavier, Pão Nosso, FEB).
Em Belo Horizonte, MG, segundo
pesquisa feita pelo Instituto Gallup, 63% dos católicos são reencarnacionistas
(Jornal de Opinião, da Arquidiocese de Belo Horizonte, 8/6/1994, encarte com
noticiário do "Projeto Construir a Esperança", fundado pelo Cardeal
Dom Serafim Fernandes de Araújo).
A Igreja Protestante Anglicana,
da Inglaterra, encomendou à Universidade de Oxford uma pesquisa sobre a reencarnação.
O levantamento foi feito em 212 países, por 500 pesquisadores. O resultado foi,
com base no ano de 2000, que dos 6.260.000.000 (seis bilhões, duzentos e
sessenta milhões) de habitantes da Terra, mais de 4.000.000.000 (quatro
bilhões) de pessoas acreditam na Doutrina da Reencarnação, ou seja, cerca de
dois terços da população da Terra (Word Christian Enciclopaedia da Igreja
Anglicana, da Inglaterra, e Time-Life, nº 18).
Estamos encarnados na Terra em
cumprimento de uma determinação do nosso processo evolutivo. Nas questões de
168 a 170 de O Livro dos Espíritos,
Allan Kardec indaga:
“O número de existências
corporais é limitado ou o espírito reencarna perpetuamente”?
- A cada nova existência, o
espírito dá um passo na estrada do progresso. Quando se despojou de todas as
suas impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal.
O número de encarnações é o
mesmo para todos os espíritos?
- Não, aquele que avança
rapidamente se poupa de muitas provações.
Todavia, essas encarnações
sucessivas são sempre muito numerosas, pois o progresso é quase infinito.
Em que se transforma o espírito,
após sua última encarnação?
- “Em espírito bem-aventurado;
um espírito puro.”
E você, o que pensa disso tudo?
Tem boa vontade e mente aberta
para refletir?
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