Cláudio [2]
Paz espiritual e segurança
mediúnica são aquisições da alma humana que se esforçou por conquistá-las.
O medianeiro que ainda traz
dúvidas com relação à autenticidade da tarefa e à natureza das comunicações,
precisa esforçar-se por diluí-las, com os recursos do estudo constante, da
vigilância e da oração.
A mediunidade é “a capacidade de
registrar vibrações, radiações ou frequências que não podem ser captadas por
nenhum dos cinco sentidos”, ensinou Hermínio Miranda.
Certamente a presença da dúvida
é decorrente de ocorrências que estiveram presentes no passado espiritual do
medianeiro, quando por razões variadas, entre as quais, serviu-se da
mediunidade para atender a caprichos pessoais, permitindo-se a bajulação, ou
utilizou-se da faculdade medianímica para adquirir vantagens e, mais tarde,
decepcionado, explorado, desprezado, ironizado, transtornado, desrespeitado,
ridicularizado, desconsiderado, exteriorizou certa aversão pela aptidão
mediúnica.
Agora, na presente existência,
lidando novamente com a abençoada faculdade, procura desenvolvê-la com apoio
nos seguros e confiáveis ensinamentos da Codificação Kardequiana.
A mediunidade é instrumento que
a Divina Providência colocou à disposição da Humanidade para permitir o contato
interdimensional, onde, os que estão reencarnados, possam manter diálogos com
aqueles que estão na Pátria Espiritual.
Para que o medianeiro possa
desenvolver a segurança mediúnica, processo que se confirma após anos e anos de
adestramento, é imprescindível que a faculdade seja colocada a serviço do Amor,
ajudando nas tarefas de esclarecimento, na diluição das dores e sofrimentos que
afetam aqueles que hoje se encontram na posição de vítimas, face aos
desequilíbrios de ontem, portanto, decorrentes de outras etapas
reencarnatórias.
Desejosos de se reerguerem
perante a própria consciência, utilizam-se da mediunidade como recurso para adquirir
méritos, mediante um trabalho produtivo nos campos da fraternidade e
solidariedade, da benemerência e compreensão, do soerguimento moral daqueles
que se equivocaram, sendo toda a tarefa realizada sob o amparo dos Espíritos
que vivenciam a bondade, o perdão, o entendimento das dificuldades alheias.
As tarefas de auxílio ao
próximo, de despertamento consciencial para mudanças de condutas, são degraus a
serem galgados para o burilamento íntimo, no sentido de modificar as asperezas
da alma, percorrendo os caminhos do aprendizado ético para alcançarem a
condição de amadurecimento espiritual.
Entre essas conquistas a
efetuar, está o robustecimento da fé raciocinada, que possibilita a renovação
da esperança, quando os dias difíceis dos testemunhos se apresentarem na
estrada evolutiva do candidato à aquisição da Luz do Conhecimento e da
Sabedoria.
Jesus falava por parábolas para
aqueles que ainda não tinham possibilidades de entenderem a Realidade
Espiritual, todavia, para os discípulos, Ele o fazia de modo diferente, pois
estes tinham condições de compreenderem-no com mais discernimento.
Os tempos escoaram-se na
ampulheta, as gerações se sucederam ao longo da esteira evolutiva e chegamos ao
atual momento ansiando pela aquisição de valores morais, que nos tornem
moralmente dignos pela vivência na prática da exemplificação crística.
Os instantes que atravessamos no
Planeta conturbado, pela adesão ao Materialismo, pelas fantasias religiosas
estabelecidas intencionalmente para a manutenção da ignorância e continuidade
da dominação de consciências, têm retardado o processo de libertação ética da
massa humana.
Ao lado desses aspectos
especificados, encontramos os processos fascinativos e subjugativos,
individuais e coletivos, atuando sobre a população, convidando a todos ao exame
das ocorrências dolorosas, à analise das razões pelas quais existem as
enfermidades físicas e emocionais, ao estudo das causas do aumento da
criminalidade, aos fatores geradores da insegurança pública, chamando-nos
atenção para os “valores morais” que devem exornar o caráter da criatura
terrena, consciente de seus deveres para com a vida e, também para com os
irmãos de ambos os planos dimensionais.
Diante dessas situações morais
que entristecem a alma humana, cabe aos medianeiros o dever de compartilhar as
“Mensagens Libertadoras” com a Humanidade, para que todos conscientizem-se de
que somente através do esforço próprio, buscando fortalecer a fé raciocinada,
alcançarão a meta definida, ou seja: a Reforma Íntima, a Transformação Moral.
Nesse trajeto evolutivo para a
conquista da condição ética elevada, as atitudes vivenciadas, a exemplificação
no lar e na sociedade, possibilitarão a intensificação dos esforços no
aformoseamento e na determinação do aprimoramento para alcançarmos este “alvo
moral”, que aos poucos transformará a sociedade hodierna.
Os Benfeitores Espirituais da
Humanidade, que coordenam e supervisionam os acontecimentos para o crescimento
do ser humano a níveis éticos mais elevados, contam com a participação dos
medianeiros encarnados, que se encontram comprometidos com Jesus e Kardec, para
promoverem a libertação das criaturas humanas das imperfeições morais que as
mantêm reféns do primarismo evolutivo, portanto, enclausuradas nas limitações
intelectivo-morais.
É da responsabilidade dos
medianeiros que desejam seguir o Mestre Jesus, utilizarem-se das informações
compartilhadas entre as dimensões física e espiritual, para removerem da
intimidade da alma os empecilhos, as mazelas, os impedimentos psíquicos, as
dificuldades emocionais, que perturbam o discernimento, geram dúvidas
comportamentais e estabelecem uma atmosfera de insegurança mediúnica,
dificultando a produtividade no campo da aptidão medianímica.
Para alcançarmos os resultados,
ou seja, servirmos com eficiência na transmissão e repasse das informações
sobre a Realidade Espiritual que nos aguarda no retorno à Pátria de Origem,
precisamos sempre recorrer a Jesus para fortalecermos a “Vontade”, para
robustecermos a fé raciocinada, motivo pelo qual voltamos a repetir e a
insistir nesse ponto, porque quando chegarem as testificações morais que nos
aferem o desempenho ético, sairemos vitoriosos sobre as nossas mazelas humanas.
Confiantes no amparo dos
Espíritos Avalistas de nossas reencarnações, esforçemo-nos o máximo possível
para adquirirmos os méritos que nos credenciem à vitória espiritual nos campos
íntimos da alma, aproveitando a experiência da vilegiatura carnal.
Jesus e seus discípulos do Amor,
aguardam que cumpramos com os nossos deveres morais, para melhorarmos o
ambiente psíquico do Orbe que nos recebe na condição de Educandário Moral, para
vivenciarmos as preciosas Lições do Evangelho Restaurado.
[2] Página recebida, via psicografia, por Renato Mautoni,
no entardecer de 13 de abril de 2016, no Instituto Espírita Léon Denis, em Juiz
de Fora, Minas Gerais.
LIndo texto,simples e repleto de ensinamentos.
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