segunda-feira, 18 de abril de 2016

Deveres Morais [1]



Cláudio [2]
 

Paz espiritual e segurança mediúnica são aquisições da alma humana que se esforçou por conquistá-las.
O medianeiro que ainda traz dúvidas com relação à autenticidade da tarefa e à natureza das comunicações, precisa esforçar-se por diluí-las, com os recursos do estudo constante, da vigilância e da oração.
A mediunidade é “a capacidade de registrar vibrações, radiações ou frequências que não podem ser captadas por nenhum dos cinco sentidos”, ensinou Hermínio Miranda.
Certamente a presença da dúvida é decorrente de ocorrências que estiveram presentes no passado espiritual do medianeiro, quando por razões variadas, entre as quais, serviu-se da mediunidade para atender a caprichos pessoais, permitindo-se a bajulação, ou utilizou-se da faculdade medianímica para adquirir vantagens e, mais tarde, decepcionado, explorado, desprezado, ironizado, transtornado, desrespeitado, ridicularizado, desconsiderado, exteriorizou certa aversão pela aptidão mediúnica.
Agora, na presente existência, lidando novamente com a abençoada faculdade, procura desenvolvê-la com apoio nos seguros e confiáveis ensinamentos da Codificação Kardequiana.
A mediunidade é instrumento que a Divina Providência colocou à disposição da Humanidade para permitir o contato interdimensional, onde, os que estão reencarnados, possam manter diálogos com aqueles que estão na Pátria Espiritual.
Para que o medianeiro possa desenvolver a segurança mediúnica, processo que se confirma após anos e anos de adestramento, é imprescindível que a faculdade seja colocada a serviço do Amor, ajudando nas tarefas de esclarecimento, na diluição das dores e sofrimentos que afetam aqueles que hoje se encontram na posição de vítimas, face aos desequilíbrios de ontem, portanto, decorrentes de outras etapas reencarnatórias.
Desejosos de se reerguerem perante a própria consciência, utilizam-se da mediunidade como recurso para adquirir méritos, mediante um trabalho produtivo nos campos da fraternidade e solidariedade, da benemerência e compreensão, do soerguimento moral daqueles que se equivocaram, sendo toda a tarefa realizada sob o amparo dos Espíritos que vivenciam a bondade, o perdão, o entendimento das dificuldades alheias.
As tarefas de auxílio ao próximo, de despertamento consciencial para mudanças de condutas, são degraus a serem galgados para o burilamento íntimo, no sentido de modificar as asperezas da alma, percorrendo os caminhos do aprendizado ético para alcançarem a condição de amadurecimento espiritual.
Entre essas conquistas a efetuar, está o robustecimento da fé raciocinada, que possibilita a renovação da esperança, quando os dias difíceis dos testemunhos se apresentarem na estrada evolutiva do candidato à aquisição da Luz do Conhecimento e da Sabedoria.
Jesus falava por parábolas para aqueles que ainda não tinham possibilidades de entenderem a Realidade Espiritual, todavia, para os discípulos, Ele o fazia de modo diferente, pois estes tinham condições de compreenderem-no com mais discernimento.
Os tempos escoaram-se na ampulheta, as gerações se sucederam ao longo da esteira evolutiva e chegamos ao atual momento ansiando pela aquisição de valores morais, que nos tornem moralmente dignos pela vivência na prática da exemplificação crística.
Os instantes que atravessamos no Planeta conturbado, pela adesão ao Materialismo, pelas fantasias religiosas estabelecidas intencionalmente para a manutenção da ignorância e continuidade da dominação de consciências, têm retardado o processo de libertação ética da massa humana.
Ao lado desses aspectos especificados, encontramos os processos fascinativos e subjugativos, individuais e coletivos, atuando sobre a população, convidando a todos ao exame das ocorrências dolorosas, à analise das razões pelas quais existem as enfermidades físicas e emocionais, ao estudo das causas do aumento da criminalidade, aos fatores geradores da insegurança pública, chamando-nos atenção para os “valores morais” que devem exornar o caráter da criatura terrena, consciente de seus deveres para com a vida e, também para com os irmãos de ambos os planos dimensionais.
Diante dessas situações morais que entristecem a alma humana, cabe aos medianeiros o dever de compartilhar as “Mensagens Libertadoras” com a Humanidade, para que todos conscientizem-se de que somente através do esforço próprio, buscando fortalecer a fé raciocinada, alcançarão a meta definida, ou seja: a Reforma Íntima, a Transformação Moral.
Nesse trajeto evolutivo para a conquista da condição ética elevada, as atitudes vivenciadas, a exemplificação no lar e na sociedade, possibilitarão a intensificação dos esforços no aformoseamento e na determinação do aprimoramento para alcançarmos este “alvo moral”, que aos poucos transformará a sociedade hodierna.
Os Benfeitores Espirituais da Humanidade, que coordenam e supervisionam os acontecimentos para o crescimento do ser humano a níveis éticos mais elevados, contam com a participação dos medianeiros encarnados, que se encontram comprometidos com Jesus e Kardec, para promoverem a libertação das criaturas humanas das imperfeições morais que as mantêm reféns do primarismo evolutivo, portanto, enclausuradas nas limitações intelectivo-morais.
É da responsabilidade dos medianeiros que desejam seguir o Mestre Jesus, utilizarem-se das informações compartilhadas entre as dimensões física e espiritual, para removerem da intimidade da alma os empecilhos, as mazelas, os impedimentos psíquicos, as dificuldades emocionais, que perturbam o discernimento, geram dúvidas comportamentais e estabelecem uma atmosfera de insegurança mediúnica, dificultando a produtividade no campo da aptidão medianímica.
Para alcançarmos os resultados, ou seja, servirmos com eficiência na transmissão e repasse das informações sobre a Realidade Espiritual que nos aguarda no retorno à Pátria de Origem, precisamos sempre recorrer a Jesus para fortalecermos a “Vontade”, para robustecermos a fé raciocinada, motivo pelo qual voltamos a repetir e a insistir nesse ponto, porque quando chegarem as testificações morais que nos aferem o desempenho ético, sairemos vitoriosos sobre as nossas mazelas humanas.
Confiantes no amparo dos Espíritos Avalistas de nossas reencarnações, esforçemo-nos o máximo possível para adquirirmos os méritos que nos credenciem à vitória espiritual nos campos íntimos da alma, aproveitando a experiência da vilegiatura carnal.
Jesus e seus discípulos do Amor, aguardam que cumpramos com os nossos deveres morais, para melhorarmos o ambiente psíquico do Orbe que nos recebe na condição de Educandário Moral, para vivenciarmos as preciosas Lições do Evangelho Restaurado.



[2] Página recebida, via psicografia, por Renato Mautoni, no entardecer de 13 de abril de 2016, no Instituto Espírita Léon Denis, em Juiz de Fora, Minas Gerais.

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