Alencar [2]
O desejo de servir com amor na
área da mediunidade com Jesus é louvável, pois, na atualidade, identificamos
vários médiuns portadores de faculdades autênticas, que se entregam com
devotamento ao labor de compartilhar os ensinamentos morais com a Humanidade,
embora recebam críticas ácidas e censuras atrozes de irmãos que se dizem
espíritas.
Alguns críticos polêmicos,
detentores de dotes intelectuais e portadores dos conhecimentos espíritas,
colocam-se na pressuposta posição de “Professores de Espiritismo”, mas, estão
sempre censurando seus irmãos de jornada, que servem com amorosidade nos
caminhos da autenticidade e do altruísmo, sem qualquer outro interesse a não
ser colaborar com os Mensageiros do Amor, para que outros despertem para a
impostergável necessidade da Reforma Íntima.
Estes a quem me refiro, que
estão posicionados no palco da vida terrena, como críticos e censores dos
labores alheios, na prática de causar controvérsias, particularmente no campo
mediúnico, deveriam primeiramente fazer uma autoanálise para verificarem se
realmente são detentores de autoridade moral e integridade ética para
procederem como julgadores polêmicos na Seara Espírita.
Deveriam proceder como o bom
samaritano da parábola apresentada por Jesus, soerguendo os caídos que estão na
beira da estrada evolutiva, ajudando-os para que se restabeleçam na saúde
integral, conforme está documentado no Evangelho, utilizando-se da caridade
moral e da humildade sábia.
Jesus coloca o samaritano,
considerado herético, mas que pratica o amor ao próximo, acima do ortodoxo que
falta com a caridade, considerando-a como condição única para a paz espiritual
e a felicidade, como está registrado no Evangelho segundo o Espiritismo.
Atualmente, no Movimento
Espírita, identificamos alguns irmãos que se colocam na postura de
“restauradores da Verdade”, tendo a ousadia e o atrevimento de “atualizarem
Allan Kardec”, como se fossem detentores de competência moral para corrigirem o
“bom senso encarnado”, “vaso escolhido” pelo Mestre dos mestres para trazer a
este Orbe Terra a essência da mensagem Libertadora.
Ao invés de concentrarem suas
atenções nos trabalhos de esclarecimento ético da Humanidade, julgam-se
possuidores de elevados níveis morais para julgarem os semelhantes, exercitando
novamente o desejo incontido e incontrolável de continuarem a dominar mentes
outras, como o fizeram no passado religioso, por acharem-se superiores
moralmente aos irmãos de caminhada evolutiva.
Não suportam aqueles seareiros
mediúnicos que, através de escritos psicográficos nos campos do Bem, tocam nas
feridas morais que os maceram dolorosamente e, em retaliação, como críticos que
são desde remotas eras, utilizam-se de suas imperfeições éticas como mecanismos
de fuga de suas baixas autoestimas, acreditando que atacando os companheiros de
lide espírita, gerando polêmicas, desgastes, controvérsias, solucionam os
problemas íntimos que os vergastam e que os colocam sob as rédeas de técnicos
das Organizações das Sombras, especializados em obsessões.
Temos, às vezes, necessidade de
nos referirmos a esses pontos vulneráveis do caráter de nossos irmãos que se
julgam “donos da verdade”, porque, na realidade, precisam fazer uma pausa em
suas estratégias polêmicas para diminuírem “o desejo de aparecer na mídia” e
refazerem o caminho de volta aos trilhos da humildade íntima e da caridade
moral.
A caridade, isto é, a vivência
do amor, foi colocada por Jesus como condição essencial para alcançarmos a
salvação, claramente e em termos explícitos como condição absoluta da
felicidade futura.
A humildade, sendo o caminho
para a aquisição da Sabedoria, conforme Léon Denis ensinou, faz com que os
aspirantes à Verdade não se percam na vilegiatura terrena, desperdiçando o
precioso tempo com críticas e censuras polêmicas ao próximo, quando poderiam
empregá-lo para ampliar a divulgação dos incontestáveis exemplos e sublimes
ensinamentos universais do Mestre inigualável.
Observamos, infelizmente, que
alguns irmãos que se rotulam de Espíritas, ainda não compreenderam que o “verdadeiro
espírita é aquele que procura ser hoje melhor do que foi ontem, para ser amanhã
melhor do que tem sido hoje” e por essa razão não se prontificam a corrigirem
suas mazelas e imperfeições morais.
Reflitamos, portanto, que a
postura de críticos e censores da vida alheia, não coaduna com a essência dos
ensinamentos do Codificador da venerandíssima Doutrina dos Espíritos.
Há muito material didático à
disposição daqueles que realmente desejam efetuar a Reforma Íntima; há inúmeras
oportunidades que a vida cotidiana oferece para se colocar em prática os
ensinamentos das virtudes que o Cristo exemplificou; há muita dor e sofrimento
aguardando serem minorados por aqueles que são verdadeiramente Espíritas na
íntegra acepção do termo.
Então, por que insistirmos em
rotular de “reformistas” e “moralistas” aqueles que estão a serviço do Amor,
quando nos falam ternamente a respeito de nossas imperfeições morais que
precisamos corrigir sem tergiversações? Por que teimarmos em perceber o cisco
no olho do irmão, quando não enxergamos a trave em nossos olhos? Por que
julgarmos, se o mestre Galileu nos recomendou “não julgueis para não sermos
julgados” e “nem medirmos os demais pelas nossas inferioridades morais”?
Meditemos nesses tipos de
procedimentos desonrosos, intriga, intolerância, mentira, injúria, que alguns
irmãos na Seara Espírita estão se permitindo, quando deveriam efetuar um
autoexame consciencial para verificarem se já possuem dignidade ética e
autoridade moral para utilizarem-se dos meios midiáticos com o objetivo de
caluniar e difamar, acreditando que podem se destacar e ficarem em evidência no
Movimento Espírita utilizando desses ignóbeis recursos da mediocridade.
Alguns aproveitam-se citando
cargos que ocuparam ou ocupam nas Sociedades Espíritas satisfazendo ao orgulho
desmedido, à presunção e à vaidade exacerbadas, identificando-se como
“Instrutores Morais da Humanidade”, quando, na realidade são necessitados
morais, portadores de enfermidades da alma em estágios avançados, sob o domínio
de obsessores perigosos que os utilizam para gerarem dissenções no Movimento
Espírita.
A humildade, repetimos, é
condição expressa apresentada por Jesus para construirmos o Reino dos Céus na
intimidade de nossa alma.
Ensina Emmanuel: “Já se disse
que duas asas conduzirão o Espírito humano à presença de Deus. Uma chama-se amor; a outra, sabedoria. Pelo amor,
que, acima de tudo, é serviço ao semelhante, a criatura se ilumina e aformoseia
por dentro, emitindo em favor dos outros o reflexo de suas virtudes; e pela sabedoria, que começa na aquisição do
conhecimento, recolhe a influência dos vanguardeiros do progresso, que lhes
comunicam os reflexos da própria grandeza, impelindo-a ao alto. Através do
amor, valorizamo-nos para a vida. Através da sabedoria, somos pela vida
valorizados”.
É difícil examinar a Verdade
quando ainda somos portadores de muitas imperfeições da alma, pois, o orgulho
venda-nos com uma tarja negra o discernimento; quando algumas verdades nos
incomodam profundamente podemos ter a certeza da inadiável necessidade de
corrigirmos as distorções conceituais, pois o telecomando das trevas exploram
estas fragilidades éticas com habilidade e tremenda sagacidade.
A humildade sincera para
reconhecermos esses desvios comportamentais acima citados e a caridade moral
são virtudes fundamentais para nos tornarmos “Homens de Bem”, em um Planeta de
Provas e Expiações em trânsito para Regeneração.
De que adianta censurar os
demais companheiros da vilegiatura carnal, particularmente na Seara Espírita,
se não temos a decência moral de corrigirmos urgentemente as nódoas éticas que
nos identificam perante os olhares daqueles que já aprenderam a amar e
solicitam-nos carinhosa e amorosamente uma revisão de atitudes comportamentais?
Assim, meus irmãos, façamos uma
trégua para com aqueles aos quais estamos direcionando petardos mentais
venenosos; aos que estão se esforçando para desenvolverem humildade; àqueles
que estão recebendo as nossas flechadas pontiagudas com total ausência de
caridade, enfim, as estocadas profundas, os projéteis mentais com auto poder
destrutivo para desmotivá-los, sob argumentações indignas de Espíritas que se
dizem a serviço do Mestre Jesus.
Recordemos: toda a moral de
Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes
contrárias ao egoísmo e ao orgulho.
Busquemos retornar aos caminhos
da humildade, da lealdade, da sinceridade e da caridade moral, pois essa é a
trilha que nos conduzirá aos altiplanos divinos.
[2] Página recebida, via psicografia, por Renato Mautoni,
na noite de 05 de abril de 2016, no Instituto Espírita Léon Denis, em Juiz de
Fora, Minas Gerais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário