Ana Maria Teodoro Massuci –
05/02/2016
As imperfeições morais do homem
constituem-lhe, ao longo da existência física, o calvário através do qual se
depura.
São elas que respondem pelas
suas atuais aflições, porque procedem do passado, quando fracassou, e persistem por falta de
valor e decisão do Espírito comprometido, que ainda não se resolveu por superá-las.
Graças a sua presença, que se
constitui em brecha larga, penetram os Espíritos infelizes que se afinam com o endividado e
produzem os variados processos de obsessão.
Enfermidade grave que grassa com
larga margem de contaminação, encontra receptividade no psiquismo dos homens descuidados, que lhe tombam
nas malhas de complexa e difícil libertação.
Toda a complexidade reside no
fato de que os envolvidos na trama que ora os reúne outra vez, são semelhantes moralmente, exigindo da vítima
humana um esforço que esta quase nunca se dispõe a realizar.
A dificuldade se estabelece, na
cura, em razão do denodo com que se deve aplicar o homem pela própria transformação moral, sem a qual o
fenômeno obsessivo se alonga até as consequências mais lamentáveis.
O que para as demais criaturas
passa despercebido, no capítulo das imperfeições morais, os Espíritos
perturbadores e enfermos identificam, em razão da afinidade que se
estabelece naturalmente entre os
primeiros e eles.
Sem que se opere a real mudança
de comportamento moral do enfermo espiritualmente, todo o esforço que os outros apliquem a seu favor,
será um paliativo ou de resultado nulo.
A diagnose da obsessão é fácil.
O seu tratamento é mais difícil.
Não somente se faz necessário
esclarecer o perseguidor que se encontra semilouco, senão educar aquele que lhe sofre a pressão, a fim de que
se rompam os vínculos que os imanam.
A prece sincera acalma a
situação, no entanto, só a renovação intima do paciente, interrompe a constrição danosa.
A fluidoterapia afasta
temporariamente o agente da perturbação, entretanto, somente a elevação moral do obsidiado equaciona o problema.
Há casos em que o hospedeiro
mental da obsessão, pela gravidade do cometimento, não pode agir por vontade
própria; apesar disso, aos primeiros sinais de melhora, resultante do auxílio
que recebe, soa-lhe o momento de
realizar a sua parte, que é sempre a mais importante.
Há obsessão porque existe conta
a ajustar. O cobrador, que é infeliz, amargura o devedor, que se nega ao resgate do compromisso.
Não produzindo no bem o suficiente
para anular o mal que praticou, tomba, irremissivelmente, nesse mal em que se compraz, tornando-se vítima da
própria incúria, portanto, da obsessão.
Diante de pessoas portadoras de obsessão, tem
bondade e paciência para com elas, mas, não as
iludas com promessas de curas sem esforço e sem sacrifício pessoal.
Esclarece o desencarnado para
que renuncie à pugna, todavia, educa o doente para que mude de atitude mental e
situação moral, sem as quais serão baldados quaisquer esforços.
Mesmo Jesus quando curava qualquer enfermo,
recomendava que o mesmo não voltasse a pecar, a fim de que não lhe acontecesse
algo pior, ensinando que só a libertação das imperfeições morais dá ao homem a paz e a saúde integral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário