Postado por PATY GARDONA – 26/12/2015
Cada um de nós encontra em sua
vida um ser especial. Às vezes é um avô, um professor, um amigo de família.
Uma pessoa mais velha, paciente e sábia, que
se interessou por nós e nos compreendeu quando éramos jovens, inquietos e
inseguros.
Uma pessoa que nos fez olhar o mundo de um
outro ângulo. Uma pessoa que, com seus conselhos e seu afeto, nos fez encontrar
nosso caminho.
Assim aconteceu ao jovem Mitch Albom que se
tornaria o colunista esportivo número um da América.
Durante os anos universitários, um professor
lhe foi um grande amigo. Esse amigo o ensinou a amar os livros de forma
autêntica.
Mesmo fora dos horários das aulas, eles se
encontravam para discutir assuntos sérios. Assuntos como as relações humanas.
Nessas ocasiões, o professor lhe dava lições extraordinárias de vida.
Certo dia, porque o aluno se queixava do
choque entre o que a sociedade esperava dele e o que ele queria para si mesmo,
o professor lhe falou:
“A vida é uma série de puxões para a frente e
para trás. Queremos fazer uma coisa, mas somos forçados a fazer outra”.
“Algumas coisas nos machucam, apesar de
sabermos que não deviam. Aceitamos certas coisas mesmo sabendo que não devemos
aceitar nada como absoluto”.
“Mas o amor”, dizia ele, “o amor vence sempre”.
Quando saiu da Universidade, Mitch era um
jovem idealista. Prometera a si mesmo que jamais trabalharia por dinheiro, que
se alistaria nos Corpos da Paz, que viveria em lugares belos e inspiradores.
Mas os anos passaram e ele acabou trocando
montes de sonhos por cheques cada vez mais gordos.
Então, um dia, dezesseis anos depois, ele
tornou a encontrar o seu professor. Bem mais velho e doente.
Eram os seus últimos meses de vida. Durante
catorze semanas, até a sua morte, trataram de temas fundamentais para a
felicidade e a realização humanas.
Era a última grande lição: um ensinamento
sobre o sentido da vida.
E o jornalista reavaliou sua vida. Refletiu
sobre as verdades ensinadas pelo professor, como a da necessidade de buscar o
crescimento espiritual.
De deixar de se preocupar tanto com coisas
materiais e observar o universo ao seu redor. O universo das afeições. A
natureza que nos cerca.
A mudança que se opera nas árvores, a força do
vento, as estações do ano.
E o velho mestre, caminhando para o túmulo
arrastado por enfermidade incurável, finalizou a última grande lição ao seu
antigo aluno com a frase:
“Meu filho, quando se aprende a morrer, se
aprende a viver”.
“A vida física é uma breve etapa. Sabedoria é
ser aberto para as coisas belas que ela nos oferece. Para isso é preciso
ignorar o brilho dos valores que a propaganda nos passa”.
“É preciso prestar atenção quando os entes
queridos falam, como se fosse a última vez que os ouvisse”.
“É preciso andar com alegria como se fosse a
última vez que pudéssemos estar de pé e nos servir das nossas pernas”.
“E, acima de tudo, lembrar que sempre é tempo
de mudar”.
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