domingo, 27 de dezembro de 2015

O Verdadeiro Sentido da Vida[1]


 
Postado por PATY GARDONA – 26/12/2015

 
Cada um de nós encontra em sua vida um ser especial. Às vezes é um avô, um professor, um amigo de família.
 Uma pessoa mais velha, paciente e sábia, que se interessou por nós e nos compreendeu quando éramos jovens, inquietos e inseguros.
 Uma pessoa que nos fez olhar o mundo de um outro ângulo. Uma pessoa que, com seus conselhos e seu afeto, nos fez encontrar nosso caminho.
 Assim aconteceu ao jovem Mitch Albom que se tornaria o colunista esportivo número um da América.
 Durante os anos universitários, um professor lhe foi um grande amigo. Esse amigo o ensinou a amar os livros de forma autêntica.
 Mesmo fora dos horários das aulas, eles se encontravam para discutir assuntos sérios. Assuntos como as relações humanas. Nessas ocasiões, o professor lhe dava lições extraordinárias de vida.
 Certo dia, porque o aluno se queixava do choque entre o que a sociedade esperava dele e o que ele queria para si mesmo, o professor lhe falou:
 “A vida é uma série de puxões para a frente e para trás. Queremos fazer uma coisa, mas somos forçados a fazer outra”.
 “Algumas coisas nos machucam, apesar de sabermos que não deviam. Aceitamos certas coisas mesmo sabendo que não devemos aceitar nada como absoluto”.
 “Mas o amor”, dizia ele, “o amor vence sempre”.
 Quando saiu da Universidade, Mitch era um jovem idealista. Prometera a si mesmo que jamais trabalharia por dinheiro, que se alistaria nos Corpos da Paz, que viveria em lugares belos e inspiradores.
 Mas os anos passaram e ele acabou trocando montes de sonhos por cheques cada vez mais gordos.
 Então, um dia, dezesseis anos depois, ele tornou a encontrar o seu professor. Bem mais velho e doente.
 Eram os seus últimos meses de vida. Durante catorze semanas, até a sua morte, trataram de temas fundamentais para a felicidade e a realização humanas.
 Era a última grande lição: um ensinamento sobre o sentido da vida.
 E o jornalista reavaliou sua vida. Refletiu sobre as verdades ensinadas pelo professor, como a da necessidade de buscar o crescimento espiritual.
 De deixar de se preocupar tanto com coisas materiais e observar o universo ao seu redor. O universo das afeições. A natureza que nos cerca.
 A mudança que se opera nas árvores, a força do vento, as estações do ano.
 E o velho mestre, caminhando para o túmulo arrastado por enfermidade incurável, finalizou a última grande lição ao seu antigo aluno com a frase:
 “Meu filho, quando se aprende a morrer, se aprende a viver”.
 “A vida física é uma breve etapa. Sabedoria é ser aberto para as coisas belas que ela nos oferece. Para isso é preciso ignorar o brilho dos valores que a propaganda nos passa”.
 “É preciso prestar atenção quando os entes queridos falam, como se fosse a última vez que os ouvisse”.
 “É preciso andar com alegria como se fosse a última vez que pudéssemos estar de pé e nos servir das nossas pernas”.
 “E, acima de tudo, lembrar que sempre é tempo de mudar”.

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