Wellington Balbo Artigos – 24/10/2015
Há alguns anos fiz uma reflexão
para saber se estou fazendo caridade e para quem eu faço essa caridade.
Iniciei com pergunta simples:
Se eu desencarnar hoje o Movimento Espírita nacional sofrerá algum
abalo?
Naturalmente não.
Prossegui:
Se eu desencarnar hoje o Movimento Espírita do estado onde resido
sofrerá algum abalo?
Também não.
E a cidade onde moro, será que terá algum impacto no Movimento Espírita
da cidade onde moro?
Evidentemente que não.
E quanto ao Centro Espírita que milito. Será que as atividades sofrerão
com a minha ausência?
E a conclusão foi a mesma das
respostas anteriores, ou seja, não.
Todo esse trabalho prosseguirá
realizando-se com ou sem a minha presença. Portanto, se há alguém beneficiado
nisso tudo sou eu. Se faço algo é para mim. O que ocorre é que, de uma ou outra
forma, as pessoas beneficiam-se do bem que fazemos a nós mesmos.
Exato, porque investir nosso
precioso tempo nas atividades edificantes realizadas pelas instituições
espíritas é um bem que é feito a nós mesmos. É, digamos, a autocaridade.
E a ideia acima modifica nossa
visão de caridade e, também, do trabalho desenvolvido no Centro Espírita.
Percebemos que não é o Centro
Espírita que necessita de nós, de nosso empenho, mas, o contrário. Somos nós
que, para nosso equilíbrio, necessitamos das atividades que o Centro Espírita
disponibiliza.
O Centro Espírita é quem nos dá
a chance sublime de trabalharmos no plantio do bem.
É o Centro Espírita nosso grande
empregador para que enriqueçamos nosso espírito.
Isso dá-nos oportunidade de
desenvolvermos em nós a humildade. Humildade que, aliás, era uma característica
de Allan Kardec.
O Codificador chegou a
questionar os Espíritos sobre falhar em sua missão. Os missionários de Jesus
responderam que o professor Rivail não era insubstituível, e que outro
realizaria a sublime tarefa caso Kardec falhasse. Não foi o caso, Kardec
venceu. Mas, observe, caro leitor, a humildade do codificador em perguntar
sobre uma possível falha de sua parte.
Em realidade estamos todos por
estes mundos de Deus aprendendo que ao servir somos os primeiros beneficiados.
Por isso, proponho uma reflexão:
Você já agradeceu às pessoas que
teve oportunidade de ajudar? Já agradeceu aos fundadores das instituições que
nos dão emprego no campo do bem?
Em realidade todas as vezes que,
de alguma forma somos úteis, devemos elevar nosso preito de gratidão a quem
servimos.
Por quê?
Porque são essas pessoas que nos
dão emprego no bem. Quando somos úteis, quando servimos alguém, lembremos que o
agradecimento deve ser nosso e não do outro. Além de colocar justiça, porque
nos dá a oportunidade de servir, livra-nos da amargura de ficar esperando um
obrigado ou reconhecimento.
O mesmo ocorre com as
instituições espíritas: São elas que nos proporcionam trabalho e oportunidade
de servir.
Agradeçamos, pois…
Nenhum comentário:
Postar um comentário