Alfred Stelter
Qualquer
pesquisador sério do fenômeno filipino das curas cedo percebe que a água
desempenha um papel-chave no trabalho de muitos curandeiros. Às vezes, mantêm
apenas um recipiente ao lado do paciente. Às vezes, borrifam a água sobre o
paciente. Em outras ocasiões, mergulham um algodão na água antes de aplica-lo
ao corpo do paciente. Um mágico, estribando-se na ideia de que todos os atos devem ser considerados de
algum modo enganadores, sente-se propenso a dizer:
Ah! Isso faz
parte de seu truque para produzir o sangue de origem duvidosa.
Aqueles
dentre nós que pesquisaram profundamente esse assunto estão convencidos de que
as explicações possíveis são muito mais complexas do que essa. Num certo nível,
a água pode ter uma função psiquiátrica ou psicológica. Desde a antiguidade,
ela desempenhou um papel nas cerimônias religiosas em muitas partes do
universo. O batismo é parte do ritual cristão há dois mil anos. A Bíblia
encerra inúmeras referências à água e ao seu relacionamento com o “espírito” [2].
O
papel da água no trabalho do curandeiro filipino merece também ser examinado do
ponto de vista energético. O corpo humano contém mais de 60% de água em seu
peso. A massa encefálica do curandeiro e do paciente é principalmente composta
de água ‒ pelo menos 80% do peso! O hidrogênio e o oxigênio, evidentemente,
desempenham funções decisivas em todos os processos inerentes ao corpo. O Dr.
Lyall Watson, comentando em seu livro Supernature[3],
o papel chave da água em todos os organismos vivos, assim se manifesta:
A água é sensível a
influências extraordinariamente delicadas e consegue adaptar-se às mais
variadas circunstâncias, em grau não igualado por nenhum outro líquido. Talvez
seja até por meio da água e do sistema aquoso que as forças externas são capazes
de reagir nos organismos vivos...
Qualquer estudante do curso
secundário sabe que a água H2O, é um composto químico de dois
elementos simples. Contudo, todas as publicações científicas estão cheias de
artigos sobre as várias teorias da estrutura da água ‒ e ainda não
compreendemos exatamente como isso funciona...
O elemento decisivo para a
atuação estranha da água está situado no átomo do hidrogênio, que tem apenas um
elétron para repartir com qualquer outro átomo como o qual ele se combine. Quando
ele se junta ao oxigênio para formar moléculas de água, cada átomo de
hidrogênio é equilibrado entre dois átomos de oxigênio na chamada “liga de
hidrogênio”, mas como tem apenas um elétron para oferecer, o átomo de
hidrogênio pode ser ligado firmemente apenas de lado, o que torna a liga fraca.
A sua força é de 10% daquelas das ligas químicas mais comuns; assim, para a
água existir em qualquer quantidade, deve haver muitas ligas para mantê-la
aglutinada. A água líquida é tão complexamente entrelaçada que chega a ser
quase uma estrutura contínua; um estudioso chegou ao ponto de descrever um copo
de água como uma única molécula...
Portanto, a água é
extraordinariamente flexível. As tênues ligações entre os seus átomos a tornam
muito frágil, e é preciso pouca pressão externa para romper as ligações e
destruir ou mudar seu padrão. As reações biológicas devem ocorrer rapidamente,
e o fazem com pouco consumo de energia; deste modo, uma substância estimulante,
tal como a água, é um agente ideal. Na realidade, todos os processos ativos
sucedem num meio aquoso, e grande parte do peso de cada organismo vivo (no
homem, 65%) é constituído de água.
Nenhum cientista duvida
atualmente que a água assim procede em uma planta ou em um animal.
Julgo razoável conjeturar que a água desempenha um papel importante em
muitos fenômenos de materialização e desmaterialização. Ela também deve
representar um papel-chave na reação energética das células do corpo do
paciente com as energias canalizadas pelo curandeiro de seu próprio corpo e do
cosmo.
Assisti sozinho e com colegas a muitas centenas de tratamentos
realizados por muitos curandeiros diferentes. Quando eu me encontrava em
companhia de certas pessoas, assistíamos a coisas extraordinárias, enquanto que
acompanhado por outras, nada acontecia de anormal. Estou convencido de que
algumas criaturas com a sua simples presença bloqueiam a execução dos
acontecimentos paranormais. O curandeiro percebe imediatamente seus
pensamentos, emoções e métodos de crença. Ele convida algumas a se aproximarem
e até mesmo a participarem. Na presença de outras que o inibem, ele poderá
afastá-las da sala de tratamentos ou limitar-se a uma simples terapia
magnética.
Os cientistas soviéticos confirmaram esses resultados nas experiências
com a médium Nina Kulagina. Eduard Naumov declarou que as emoções têm uma
grande influência na atuação do médium. Os campos de energia dos observadores
têm um efeito substancial sobre o médium Nos testes realizados ante
observadores compreensivos, a Sra. Kulagina produzia os fenômenos desejados em
cinco minutos, mas diante de um grupo de céticos demorava muitas vezes de duas
a sete horas.
Cientificamente, mal conhecemos qualquer coisa a respeito da natureza,
condição e base energética das ressonâncias mentais ou de outras possíveis
interações extra-sensoriais que estão em atividade no relacionamento
curandeiro-paciente-observador. Estamos começando a compreender que cada
criatura é um oscilador mental muitíssimo complicado. Os corpos não-físicos do
curandeiro, paciente e observador, todos oscilam e podem estar ou não fora de
ressonância.
Existem muitas analogias com a física. Na acústica, algumas séries de
notas soam juntas em perfeita harmonia e outras não. Ou podemos considerar os
feixes de ondas que, através da interferência, novos padrões podem ser
produzidos. Tais analogias representam ideias engenhosas para nos auxiliar a
chegar um pouco mais perto das alterações energéticas paranormais, para as
quais na realidade não possuímos “modelos” científicos.
É desconhecida a natureza das energias pelas quais os pensamentos e
emoções são transmitidas transpondo uma longa distância. Em distâncias curtas,
a transferência telepática poderia dar-se numa base eletromagnética, porém, em
distâncias muito extensas, as energias abrangidas parecem não seguir as leis
conhecidas em nossos conceitos atuais de espaço-tempo. Alguns cientistas estão
agora postulando que as velocidades mais rápidas do que a luz estão
compreendidas em todos esses fenômenos paranormais e parafísicos ‒ um conceito
em desacordo com nossas atuais opiniões científicas.
Talvez pudéssemos começar a fazer algum progresso relativamente à
compreensão desses fenômenos ‒ e minha pesquisa nas Filipinas, para minha
satisfação, provou que eles existem ‒
caso soubéssemos quais as formas de
energia são responsáveis por aquilo que chamamos consciência. Geralmente os cientistas identificam nossa consciência
com as correntes eletromagnéticas do cérebro físico, mas nada até hoje provou
ser isto correto. Parece muito mais provável que a consciência abranja um ou
mais tipos novos de energia com atributos de campo. Está sendo verificado que a
consciência tem força criativa ou aspectos energéticos que podem agir sobre a
chamada matéria física, conforme demonstra o trabalho do Prof. John Taylor com
muitas crianças inglesas, juntamente com outros cientistas que trabalham com
crianças na França e Japão.
A biologia, como ciência, empenha-se em compreender os fenômenos do
mundo vivo em termos de física e química. Ela se limita mais ou menos à física
tradicional do século anterior. Empregando esse enfoque, a biologia na
realidade nos informou muito pouco para que lançasse alguma luz sobre o que
atualmente se processa na cura paranormal. Felizmente os cientistas soviéticos
venceram essa limitação e estão agora considerando os assuntos biológicos à luz
dos últimos desenvolvimentos da física, inclusive a física do plasma. Em 1944,
o biólogo Dr. V. S. Gritschenko apresentou a hipótese de que o quarto estado da
matéria, o plasma (após sólido, líquido e gasoso), aparecia nos sistemas
biológicos, incluindo o corpo humano.
Essa foi realmente uma informação chocante, porque todos os processos
conhecidos para gerar o plasma exigem temperaturas muito altas ou altas
energias. Contudo, o corpo humano opera a um nível baixo de energia. Apesar
disso, os cientistas soviéticos prosseguiram em seus estudos e concluíram que,
interpenetrando o corpo físico, havia um outro corpo ou matriz que eles
denominaram corpo “bioplásmico”. Essa foi uma das primeiras ramificações daquilo
que durante séculos os místicos e sensitivos descreveram como o corpo etéreo ou
astral.
O conceito de plasma deve ter alguma relação com as chamadas
“transmutações biológicas” que foram o motivo de estudo dos cientistas
franceses e alemães. Por essa expressão eles se referem ao fato de as plantas e
outros sistemas biológicos terem aparentemente a faculdade de transmutar seus
elementos. Na nossa ciência moderna é inconcebível que uma planta ou uma
galinha possam absorver determinados elementos com seu alimento e modificar a
estrutura atômica de um ou mais desses elementos para originar outros. No
século passado, os átomos eram considerados com as menores partículas da
estrutura da matéria, e seriam indivisíveis e imutáveis. A descoberta da
radioatividade por Becquerel, em 1896, levou a conjeturar que alguns tipos de
átomo eram suficientemente instáveis e radioativos para que os elementos
pudessem ser transmutados.
Atualmente, nossos físicos nucleares podem transformar todos os tipos
de átomo. Reconhecem que os átomos não são indivisíveis e tampouco uma matéria
compacta. Possuem uma estrutura e um núcleo, circundado a uma grande distância
por uma ou mais partículas, relativamente muito menores, carregadas de
eletricidade negativa e chamadas elétrons. O núcleo atômico consiste de prótons
de carga positiva e de nêutrons sem carga. Uma mudança no número de prótons do
núcleo resulta na transformação em outro elemento, processo este chamado transmutação.
Nos processos químicos, o núcleo atômico é praticamente imutável. As
energias são geralmente da ordem de alguns elétrons-volts. Em contraste, as
energias que ligam os prótons e nêutrons são muito mais fortes, com uma
potência de ligação da magnitude de 8 MEV (Mil elétrons-volts). Conforme se
menciona no início, esta á uma das quatro forças ou energias básicas
reconhecidas pela física.
Portanto, se desejarmos implementar uma transformação nos elementos
introduzindo um próton adicional no centro ou no núcleo, devemos empregar
energias um milhão ou mais vezes maiores que as usadas nas reações químicas.
Estas energias são obtidas a temperaturas extremamente altas, como as que
existem dentro das estrelas fixas, como, por exemplo, o nosso sol. Essas
temperaturas são necessárias para originar o plasma. Em contrapartida, as
mudanças químicas podem ser frequentemente levadas a cabo apenas com o calor de
um bico de Bunsen.
Hoje em dia os físicos criam condições para a transmutação pela
aceleração artificial, através da qual atiram a partícula acelerada para o
átomo a ser transformado. Esses processos são excessivamente caros e os
resultados mínimos, quando avaliados pelo peso da matéria na qual é
transmutado. Pelo menos, os cientistas demonstraram que os físicos do século
anterior estavam enganados ao pensarem que os elementos não podiam ser
transmutados. Convenceram-se também que os alquimistas dos séculos passados
haviam incorrido em erro, porque aparentemente acreditavam na possibilidade da
transmutação por meio de simples reações químicas realizadas com modestas
quantidades de energia.
Mas atualmente estamos assistindo a uma pesquisa que deve demonstrar
que a física moderna tem ainda muito que aprender sobre a transmutação, e que
talvez ‒ e somente talvez ‒ o alquimista, afinal, pode não ter sido tão louco
ao tentar o impossível. O químico alemão do século passado, Albrecht von
Herzeele, e o francês Louis C. Kervran, da última década, dirigiram uma
pesquisa que parece indicar que, nas plantas e nas sementes em germinação, uma
transmutação dos elementos é uma ocorrência diária[4].
Por exemplo, o fósforo transforma o enxofre e o sódio em magnésio. Explicamos
isto dizendo que a essência do átomo
mais leve, que é idêntico ao próton, é estruturada como o núcleo ou essência do
átomo do fósforo ou sódio, transformando o elemento. Os biólogos dizem que a
energia da planta procede da ação bioquímica normal ou da luz do sol. Esta
explicação, porém, não se “adapta”, por causa de um fator na razão de um milhão
para um ‒ se seguirmos as teorias atuais da física.
Kervran vai mais longe e estrutura não só o núcleo do hidrogênio com
seu peso atômico 1, mas também núcleos relativamente grandes como os do
oxigênio, com peso atômico 16, e o monóxido de carbono, com peso atômico 12.
Kervran sustenta que estas reações estão ocorrendo nos sistemas vivos
em quantidades calculáveis, sem que resultem dela produtos radioativos
secundários, sem liberação arriscada de energia e sem liberação de raios
ionizados. Se isto for verdade, dir-se-ia que os laboratórios de física e de biologia
ver-se-ão novamente obrigados a pendurar o cartaz: “Fechado para consertos”.
Kervran declara que uma margarida franzina, crescendo num solo pobre de
cálcio e rico de silício, realiza continuamente esse fenômeno de transmutação
do silício em cálcio a temperaturas atmosféricas. Para caracterizar essas
condições e processos, nada mais apropriado do que a palavra inventada pelos
cientistas soviéticos: “bioplasma”.
Caso as teorias de Kervran forem confirmadas, um outro aspecto da sua
hipótese parece situar-se até mesmo mais próximo da cura paranormal. Ele
insiste no decurso das épocas de duração das transmutações induzidas pelos
microrganismos e enzimas numa temperatura ambiente normal. Isto originaria
novos aspectos para a geologia e a mineralogia.
Não permitindo o espaço um desenvolvimento dos pontos fundamentais,
quer-nos parecer que o trabalho da Irmã Justa Smith, que media o efeito das
energias curativas do Coronel Estebany sobre as enzimas, e o dos Professores
Miller e Rinehart, ao demonstrarem que as energias curativas oriundas das mãos
de Olga Worrall desprendiam a liga de hidrogênio da água, deveriam ser mais
cuidadosamente examinados, devido a alguma inter-relação que possa levar à
transmutação de baixa temperatura, que Kervran está pesquisando nas plantas
animais[5].
É evidente que as declarações de Kervran são apenas parcialmente
corretas, nossos conceitos dos processos energéticos dos sistemas vivos não só
são deficientes e enganadores, mais criminosos por nos terem proporcionado uma
imagem completamente falsa da natureza dos organismos vivos.
Com relação a isso, somos obrigados a alterar nossas opiniões sobre os
esforços dos alquimistas e o emprego pelos mesmos daquilo que consideravam
reações de fraca energia. Devemos nos lembrar de que muitos do alquimistas
foram estudiosos sérios da natureza espiritual e mental do homem. As nossas
pesquisas das energias envolvidas na cura paranormal induzem-nos cada vez mais
a focalizar nossa atenção nas energias encerradas no pensamento e na emoção.
Não podemos continuar a ignorar a possibilidade de que o melhor alquimista era
um intelectual ou talvez até um bom médium físico.
Mas quiçá, a transmutação biológica não seja o único conflito que os
nossos cientistas terão de enfrentar. Talvez muitos outros conceitos “sagrados”
ou básicos da física estejam em franco processo de revisão. Já no século
passado, Albrecht von Herzeele afirmava que os sistemas fechados com sementes
de agrião brotando não tinham peso constante. O químico alemão, Dr. Rudolph Heuschka[6],
afirma que durante o período 1934-40, foi capaz de repetir o trabalho de von
Herzeele, e mais, conseguiu mostrar que um peso aumenta ou diminui de acordo
com a lua crescente ou minguante.
Isso pode originar determinados conflitos básicos na física. Primeiramente,
é incompatível com a conservação da energia e a preservação da quantidade de
partículas do bário bem como dos léptons. Já no fim do século XVIII, o francês
Lavoisier postulava a conservação da matéria. No começo deste século, Einstein
modificou o conceito, ao admitir a transformação recíproca da matéria em
energia. Aqui o fator para a transformação é dado pelo quadrado da velocidade
da luz; E = m.c2. Evidentemente isso significa que até mesmo a mais
pequenina transformação na massa da matéria resulta num enorme desprendimento
ou consumo de energia. Se considerarmos que o Dr. Hauschka mediu a perda de uma
massa de 3mg., e se, por conservantismo, a reduzirmos para 1 mg.. Somente, a
fórmula de Einstein demonstraria que esta experiência deveria ter desprendido
20 milhões de quilocalorias, ou 80 x 109 “joules” de energia. Em
outras palavras, nas proximidades das sementes de agrião brotando, haveria
risco de vida e as sementes seriam carbonizadas.
Considerando que o trabalho de von Herzeele e o de Hauschka provem a
sua autenticidade e que se verifique perda ou aquisição de massa nos processos
biológicos, o conceito de conservação de energia, incluindo a fórmula de
Einstein, não se aplica aos sistemas biológicos, ou as imensas quantidades de
energia deveriam aparecer num tipo inteiramente novo de energia que não reage
aos nossos detectores normais. Esta última probabilidade não seria menos
revolucionária do que a primeira.
A segunda grande violação de nossos conceitos físicos seria a da
conservação da quantidade de bárions. Os prótons e os nêutrons são bários. Se,
conforme von Herzeele e Hauschka, afirmam que de uma grama e meia de sementes
de agrião brotando num sistema fechado 3 mg. da massa desaparecem e aparecem,
isso parece indicar que os prótons ou nêutrons se “desmaterializaram” ou
“materializaram-se”, o que está em contradição com o princípio de preservação
da quantidade de partículas de bárions.
Caso as experiências de von Hauschka e de von Herzeele possam ser
reproduzidas (pessoalmente não cheguei a nenhuma conclusão, pois ainda não pude
testá-las em meu laboratório), estou convencido de que os princípios da física
acima citados serão abalados. E se considerarmos a realidade dos fenômenos
mediúnicos da materialização e da desmaterialização, diríamos que esse
princípio conservador já está ultrapassado no campo dos fenômenos parafísicos,
bem como o princípio da conservação dos léptons.
Mas voltemos às observações de Kervran, nestes últimos quinze anos
confirmadas por alguns cientistas franceses, suíços e japoneses e contestadas
por um cientista inglês. Pessoalmente, julgo que a questão deve ser resolvida
por uma extensa análise isotópica dos sistemas biológicos. Se as transmutações
biológicas são reais, deveria haver mudanças nas proporções dos isótopos dos
elementos em questão. O físico teórico francês Costa de Beauregard julga
divisar um modo para explicar as transmutações de Kervran, sem violar os
princípios conservadores fundamentais da física. Costa de Beauregard considera
as amplas (grandes) energias cósmicas ubíquas, tais como as presentes nos
neutrinos, míons etc., como passíveis de cooperar plenamente para as novas
capacidades do sistema biológico.
Nossos conceitos físicos básicos originaram-se das investigações sobre
a matéria inorgânica, chamada “morta”. Muitas de nossas ciências estão
igualmente baseadas na opinião de que nossos sistemas de plantas e animais
vivos, incluindo o homem, são dotados apenas de propriedades de matéria
inorgânica. Costa de Beauregard, diz:
A vida é muito
mais inteligente do que supomos. Ela não só observa as regras no nível atômico
e molecular, como acreditamos, mas também no nível subatômico, e conhece as
possibilidades deste nível subatômico, totalmente desconhecidas das nossas
ciências ocidentais.
Essas opiniões proporcionam ao pensamento um novo alento para a
compreensão dos fenômenos mediúnicos da materialização e possivelmente de
algumas formas da psicocinese. Todos os pontos de vista acima citados têm o seu
papel nesse relacionamento. Ao que parece, ocorre alguma coisa nos sistemas
vivos, no nível subatômico, completamente nova para nossos físicos. E ocorre de
um modo inteiramente novo, muito suave e lentamente. Ela entra em conflito com
os nossos conceitos de energia e com os princípios de preservação da quantidade
de partículas dos bários e dos léptons.
Estamos agora entrando numa fase da história humana e da evolução das
suas ciências que demonstra que o homem jamais pode ser explicado unicamente
pelo que julgamos conhecer sobre a matéria inorgânica. Uma torrente imensa de
fatos, oficialmente mais ou menos ignorados pelas ciências, oferece indícios de
que o corpo físico do paciente ‒ no qual um Arigó, no Brasil, ou um curandeiro
filipino realizam a “mágica” da materialização e desmaterialização de pedaços
de algodão, sangue, tecido e órgãos ‒ simplesmente não funciona no nível
daquilo que julgamos conhecer acerca do mundo inorgânico.
[1] George W. Meek, As
Curas Paranormais (São Paulo: Editora Pensamento, 1995).
[2] O conceito de espírito como parte ativa da consciência
começa a desempenhar um papel importante em nossos esforços para teorizar os
processos fundamentais da cura paranormal.
[3] Lyall Watson,
Supernature (Londres: Hodder &
Stoughton, 1973).
[4] C. Louis Kervran, Prevues
Em Biologie De Transmutations A Faible Energie (Paris: Maloine, 1975).
______, Prevues Em Geologie Et Physique De Transmutation A Faible Energie
(Paris: Maloine, 1973).
______, Biological Transmutations (Bristol, Inglaterra: Crosby Lockswood,
1971)
[5] George W. Meek, As Curas Paranormais (São Paulo:
Editora Pensamento, 1995) – Capítulo 13.
[6] Rudolph Hauschka, Substanzlehre (Frankfurt: Vittorio
Klostermann, 1972).
_____, The Nature of Substance (Tradução inglesa) (Londres: Vincent
Stuart, 1964).
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