quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

A BASE PARA OS FENÔMENOS PSICOENERGÉTICOS[1]

 


Alfred Stelter

 

Qualquer pesquisador sério do fenômeno filipino das curas cedo percebe que a água desempenha um papel-chave no trabalho de muitos curandeiros. Às vezes, mantêm apenas um recipiente ao lado do paciente. Às vezes, borrifam a água sobre o paciente. Em outras ocasiões, mergulham um algodão na água antes de aplica-lo ao corpo do paciente. Um mágico, estribando-se na ideia de que todos os atos devem ser considerados de algum modo enganadores, sente-se propenso a dizer:

Ah! Isso faz parte de seu truque para produzir o sangue de origem duvidosa.

Aqueles dentre nós que pesquisaram profundamente esse assunto estão convencidos de que as explicações possíveis são muito mais complexas do que essa. Num certo nível, a água pode ter uma função psiquiátrica ou psicológica. Desde a antiguidade, ela desempenhou um papel nas cerimônias religiosas em muitas partes do universo. O batismo é parte do ritual cristão há dois mil anos. A Bíblia encerra inúmeras referências à água e ao seu relacionamento com o “espírito” [2].

O papel da água no trabalho do curandeiro filipino merece também ser examinado do ponto de vista energético. O corpo humano contém mais de 60% de água em seu peso. A massa encefálica do curandeiro e do paciente é principalmente composta de água ‒ pelo menos 80% do peso! O hidrogênio e o oxigênio, evidentemente, desempenham funções decisivas em todos os processos inerentes ao corpo. O Dr. Lyall Watson, comentando em seu livro Supernature[3], o papel chave da água em todos os organismos vivos, assim se manifesta:

A água é sensível a influências extraordinariamente delicadas e consegue adaptar-se às mais variadas circunstâncias, em grau não igualado por nenhum outro líquido. Talvez seja até por meio da água e do sistema aquoso que as forças externas são capazes de reagir nos organismos vivos...

Qualquer estudante do curso secundário sabe que a água H2O, é um composto químico de dois elementos simples. Contudo, todas as publicações científicas estão cheias de artigos sobre as várias teorias da estrutura da água ‒ e ainda não compreendemos exatamente como isso funciona...

O elemento decisivo para a atuação estranha da água está situado no átomo do hidrogênio, que tem apenas um elétron para repartir com qualquer outro átomo como o qual ele se combine. Quando ele se junta ao oxigênio para formar moléculas de água, cada átomo de hidrogênio é equilibrado entre dois átomos de oxigênio na chamada “liga de hidrogênio”, mas como tem apenas um elétron para oferecer, o átomo de hidrogênio pode ser ligado firmemente apenas de lado, o que torna a liga fraca. A sua força é de 10% daquelas das ligas químicas mais comuns; assim, para a água existir em qualquer quantidade, deve haver muitas ligas para mantê-la aglutinada. A água líquida é tão complexamente entrelaçada que chega a ser quase uma estrutura contínua; um estudioso chegou ao ponto de descrever um copo de água como uma única molécula...

Portanto, a água é extraordinariamente flexível. As tênues ligações entre os seus átomos a tornam muito frágil, e é preciso pouca pressão externa para romper as ligações e destruir ou mudar seu padrão. As reações biológicas devem ocorrer rapidamente, e o fazem com pouco consumo de energia; deste modo, uma substância estimulante, tal como a água, é um agente ideal. Na realidade, todos os processos ativos sucedem num meio aquoso, e grande parte do peso de cada organismo vivo (no homem, 65%) é constituído de água.

Nenhum cientista duvida atualmente que a água assim procede em uma planta ou em um animal.

 

Julgo razoável conjeturar que a água desempenha um papel importante em muitos fenômenos de materialização e desmaterialização. Ela também deve representar um papel-chave na reação energética das células do corpo do paciente com as energias canalizadas pelo curandeiro de seu próprio corpo e do cosmo.

Assisti sozinho e com colegas a muitas centenas de tratamentos realizados por muitos curandeiros diferentes. Quando eu me encontrava em companhia de certas pessoas, assistíamos a coisas extraordinárias, enquanto que acompanhado por outras, nada acontecia de anormal. Estou convencido de que algumas criaturas com a sua simples presença bloqueiam a execução dos acontecimentos paranormais. O curandeiro percebe imediatamente seus pensamentos, emoções e métodos de crença. Ele convida algumas a se aproximarem e até mesmo a participarem. Na presença de outras que o inibem, ele poderá afastá-las da sala de tratamentos ou limitar-se a uma simples terapia magnética.

Os cientistas soviéticos confirmaram esses resultados nas experiências com a médium Nina Kulagina. Eduard Naumov declarou que as emoções têm uma grande influência na atuação do médium. Os campos de energia dos observadores têm um efeito substancial sobre o médium Nos testes realizados ante observadores compreensivos, a Sra. Kulagina produzia os fenômenos desejados em cinco minutos, mas diante de um grupo de céticos demorava muitas vezes de duas a sete horas.

Cientificamente, mal conhecemos qualquer coisa a respeito da natureza, condição e base energética das ressonâncias mentais ou de outras possíveis interações extra-sensoriais que estão em atividade no relacionamento curandeiro-paciente-observador. Estamos começando a compreender que cada criatura é um oscilador mental muitíssimo complicado. Os corpos não-físicos do curandeiro, paciente e observador, todos oscilam e podem estar ou não fora de ressonância.

Existem muitas analogias com a física. Na acústica, algumas séries de notas soam juntas em perfeita harmonia e outras não. Ou podemos considerar os feixes de ondas que, através da interferência, novos padrões podem ser produzidos. Tais analogias representam ideias engenhosas para nos auxiliar a chegar um pouco mais perto das alterações energéticas paranormais, para as quais na realidade não possuímos “modelos” científicos.

É desconhecida a natureza das energias pelas quais os pensamentos e emoções são transmitidas transpondo uma longa distância. Em distâncias curtas, a transferência telepática poderia dar-se numa base eletromagnética, porém, em distâncias muito extensas, as energias abrangidas parecem não seguir as leis conhecidas em nossos conceitos atuais de espaço-tempo. Alguns cientistas estão agora postulando que as velocidades mais rápidas do que a luz estão compreendidas em todos esses fenômenos paranormais e parafísicos ‒ um conceito em desacordo com nossas atuais opiniões científicas.

Talvez pudéssemos começar a fazer algum progresso relativamente à compreensão desses fenômenos ‒ e minha pesquisa nas Filipinas, para minha satisfação, provou que eles existem ‒ caso soubéssemos quais as formas de energia são responsáveis por aquilo que chamamos consciência. Geralmente os cientistas identificam nossa consciência com as correntes eletromagnéticas do cérebro físico, mas nada até hoje provou ser isto correto. Parece muito mais provável que a consciência abranja um ou mais tipos novos de energia com atributos de campo. Está sendo verificado que a consciência tem força criativa ou aspectos energéticos que podem agir sobre a chamada matéria física, conforme demonstra o trabalho do Prof. John Taylor com muitas crianças inglesas, juntamente com outros cientistas que trabalham com crianças na França e Japão.

A biologia, como ciência, empenha-se em compreender os fenômenos do mundo vivo em termos de física e química. Ela se limita mais ou menos à física tradicional do século anterior. Empregando esse enfoque, a biologia na realidade nos informou muito pouco para que lançasse alguma luz sobre o que atualmente se processa na cura paranormal. Felizmente os cientistas soviéticos venceram essa limitação e estão agora considerando os assuntos biológicos à luz dos últimos desenvolvimentos da física, inclusive a física do plasma. Em 1944, o biólogo Dr. V. S. Gritschenko apresentou a hipótese de que o quarto estado da matéria, o plasma (após sólido, líquido e gasoso), aparecia nos sistemas biológicos, incluindo o corpo humano.

Essa foi realmente uma informação chocante, porque todos os processos conhecidos para gerar o plasma exigem temperaturas muito altas ou altas energias. Contudo, o corpo humano opera a um nível baixo de energia. Apesar disso, os cientistas soviéticos prosseguiram em seus estudos e concluíram que, interpenetrando o corpo físico, havia um outro corpo ou matriz que eles denominaram corpo “bioplásmico”. Essa foi uma das primeiras ramificações daquilo que durante séculos os místicos e sensitivos descreveram como o corpo etéreo ou astral.

O conceito de plasma deve ter alguma relação com as chamadas “transmutações biológicas” que foram o motivo de estudo dos cientistas franceses e alemães. Por essa expressão eles se referem ao fato de as plantas e outros sistemas biológicos terem aparentemente a faculdade de transmutar seus elementos. Na nossa ciência moderna é inconcebível que uma planta ou uma galinha possam absorver determinados elementos com seu alimento e modificar a estrutura atômica de um ou mais desses elementos para originar outros. No século passado, os átomos eram considerados com as menores partículas da estrutura da matéria, e seriam indivisíveis e imutáveis. A descoberta da radioatividade por Becquerel, em 1896, levou a conjeturar que alguns tipos de átomo eram suficientemente instáveis e radioativos para que os elementos pudessem ser transmutados.

Atualmente, nossos físicos nucleares podem transformar todos os tipos de átomo. Reconhecem que os átomos não são indivisíveis e tampouco uma matéria compacta. Possuem uma estrutura e um núcleo, circundado a uma grande distância por uma ou mais partículas, relativamente muito menores, carregadas de eletricidade negativa e chamadas elétrons. O núcleo atômico consiste de prótons de carga positiva e de nêutrons sem carga. Uma mudança no número de prótons do núcleo resulta na transformação em outro elemento, processo este chamado transmutação.

Nos processos químicos, o núcleo atômico é praticamente imutável. As energias são geralmente da ordem de alguns elétrons-volts. Em contraste, as energias que ligam os prótons e nêutrons são muito mais fortes, com uma potência de ligação da magnitude de 8 MEV (Mil elétrons-volts). Conforme se menciona no início, esta á uma das quatro forças ou energias básicas reconhecidas pela física.

Portanto, se desejarmos implementar uma transformação nos elementos introduzindo um próton adicional no centro ou no núcleo, devemos empregar energias um milhão ou mais vezes maiores que as usadas nas reações químicas. Estas energias são obtidas a temperaturas extremamente altas, como as que existem dentro das estrelas fixas, como, por exemplo, o nosso sol. Essas temperaturas são necessárias para originar o plasma. Em contrapartida, as mudanças químicas podem ser frequentemente levadas a cabo apenas com o calor de um bico de Bunsen.

Hoje em dia os físicos criam condições para a transmutação pela aceleração artificial, através da qual atiram a partícula acelerada para o átomo a ser transformado. Esses processos são excessivamente caros e os resultados mínimos, quando avaliados pelo peso da matéria na qual é transmutado. Pelo menos, os cientistas demonstraram que os físicos do século anterior estavam enganados ao pensarem que os elementos não podiam ser transmutados. Convenceram-se também que os alquimistas dos séculos passados haviam incorrido em erro, porque aparentemente acreditavam na possibilidade da transmutação por meio de simples reações químicas realizadas com modestas quantidades de energia.

Mas atualmente estamos assistindo a uma pesquisa que deve demonstrar que a física moderna tem ainda muito que aprender sobre a transmutação, e que talvez ‒ e somente talvez ‒ o alquimista, afinal, pode não ter sido tão louco ao tentar o impossível. O químico alemão do século passado, Albrecht von Herzeele, e o francês Louis C. Kervran, da última década, dirigiram uma pesquisa que parece indicar que, nas plantas e nas sementes em germinação, uma transmutação dos elementos é uma ocorrência diária[4]. Por exemplo, o fósforo transforma o enxofre e o sódio em magnésio. Explicamos isto dizendo que a essência do átomo mais leve, que é idêntico ao próton, é estruturada como o núcleo ou essência do átomo do fósforo ou sódio, transformando o elemento. Os biólogos dizem que a energia da planta procede da ação bioquímica normal ou da luz do sol. Esta explicação, porém, não se “adapta”, por causa de um fator na razão de um milhão para um ‒ se seguirmos as teorias atuais da física.

Kervran vai mais longe e estrutura não só o núcleo do hidrogênio com seu peso atômico 1, mas também núcleos relativamente grandes como os do oxigênio, com peso atômico 16, e o monóxido de carbono, com peso atômico 12.

Kervran sustenta que estas reações estão ocorrendo nos sistemas vivos em quantidades calculáveis, sem que resultem dela produtos radioativos secundários, sem liberação arriscada de energia e sem liberação de raios ionizados. Se isto for verdade, dir-se-ia que os laboratórios de física e de biologia ver-se-ão novamente obrigados a pendurar o cartaz: “Fechado para consertos”.

Kervran declara que uma margarida franzina, crescendo num solo pobre de cálcio e rico de silício, realiza continuamente esse fenômeno de transmutação do silício em cálcio a temperaturas atmosféricas. Para caracterizar essas condições e processos, nada mais apropriado do que a palavra inventada pelos cientistas soviéticos: “bioplasma”.

Caso as teorias de Kervran forem confirmadas, um outro aspecto da sua hipótese parece situar-se até mesmo mais próximo da cura paranormal. Ele insiste no decurso das épocas de duração das transmutações induzidas pelos microrganismos e enzimas numa temperatura ambiente normal. Isto originaria novos aspectos para a geologia e a mineralogia.

Não permitindo o espaço um desenvolvimento dos pontos fundamentais, quer-nos parecer que o trabalho da Irmã Justa Smith, que media o efeito das energias curativas do Coronel Estebany sobre as enzimas, e o dos Professores Miller e Rinehart, ao demonstrarem que as energias curativas oriundas das mãos de Olga Worrall desprendiam a liga de hidrogênio da água, deveriam ser mais cuidadosamente examinados, devido a alguma inter-relação que possa levar à transmutação de baixa temperatura, que Kervran está pesquisando nas plantas animais[5].

É evidente que as declarações de Kervran são apenas parcialmente corretas, nossos conceitos dos processos energéticos dos sistemas vivos não só são deficientes e enganadores, mais criminosos por nos terem proporcionado uma imagem completamente falsa da natureza dos organismos vivos.

Com relação a isso, somos obrigados a alterar nossas opiniões sobre os esforços dos alquimistas e o emprego pelos mesmos daquilo que consideravam reações de fraca energia. Devemos nos lembrar de que muitos do alquimistas foram estudiosos sérios da natureza espiritual e mental do homem. As nossas pesquisas das energias envolvidas na cura paranormal induzem-nos cada vez mais a focalizar nossa atenção nas energias encerradas no pensamento e na emoção. Não podemos continuar a ignorar a possibilidade de que o melhor alquimista era um intelectual ou talvez até um bom médium físico.

Mas quiçá, a transmutação biológica não seja o único conflito que os nossos cientistas terão de enfrentar. Talvez muitos outros conceitos “sagrados” ou básicos da física estejam em franco processo de revisão. Já no século passado, Albrecht von Herzeele afirmava que os sistemas fechados com sementes de agrião brotando não tinham peso constante. O químico alemão, Dr. Rudolph Heuschka[6], afirma que durante o período 1934-40, foi capaz de repetir o trabalho de von Herzeele, e mais, conseguiu mostrar que um peso aumenta ou diminui de acordo com a lua crescente ou minguante.

Isso pode originar determinados conflitos básicos na física. Primeiramente, é incompatível com a conservação da energia e a preservação da quantidade de partículas do bário bem como dos léptons. Já no fim do século XVIII, o francês Lavoisier postulava a conservação da matéria. No começo deste século, Einstein modificou o conceito, ao admitir a transformação recíproca da matéria em energia. Aqui o fator para a transformação é dado pelo quadrado da velocidade da luz; E = m.c2. Evidentemente isso significa que até mesmo a mais pequenina transformação na massa da matéria resulta num enorme desprendimento ou consumo de energia. Se considerarmos que o Dr. Hauschka mediu a perda de uma massa de 3mg., e se, por conservantismo, a reduzirmos para 1 mg.. Somente, a fórmula de Einstein demonstraria que esta experiência deveria ter desprendido 20 milhões de quilocalorias, ou 80 x 109 “joules” de energia. Em outras palavras, nas proximidades das sementes de agrião brotando, haveria risco de vida e as sementes seriam carbonizadas.

Considerando que o trabalho de von Herzeele e o de Hauschka provem a sua autenticidade e que se verifique perda ou aquisição de massa nos processos biológicos, o conceito de conservação de energia, incluindo a fórmula de Einstein, não se aplica aos sistemas biológicos, ou as imensas quantidades de energia deveriam aparecer num tipo inteiramente novo de energia que não reage aos nossos detectores normais. Esta última probabilidade não seria menos revolucionária do que a primeira.

A segunda grande violação de nossos conceitos físicos seria a da conservação da quantidade de bárions. Os prótons e os nêutrons são bários. Se, conforme von Herzeele e Hauschka, afirmam que de uma grama e meia de sementes de agrião brotando num sistema fechado 3 mg. da massa desaparecem e aparecem, isso parece indicar que os prótons ou nêutrons se “desmaterializaram” ou “materializaram-se”, o que está em contradição com o princípio de preservação da quantidade de partículas de bárions.

Caso as experiências de von Hauschka e de von Herzeele possam ser reproduzidas (pessoalmente não cheguei a nenhuma conclusão, pois ainda não pude testá-las em meu laboratório), estou convencido de que os princípios da física acima citados serão abalados. E se considerarmos a realidade dos fenômenos mediúnicos da materialização e da desmaterialização, diríamos que esse princípio conservador já está ultrapassado no campo dos fenômenos parafísicos, bem como o princípio da conservação dos léptons.

Mas voltemos às observações de Kervran, nestes últimos quinze anos confirmadas por alguns cientistas franceses, suíços e japoneses e contestadas por um cientista inglês. Pessoalmente, julgo que a questão deve ser resolvida por uma extensa análise isotópica dos sistemas biológicos. Se as transmutações biológicas são reais, deveria haver mudanças nas proporções dos isótopos dos elementos em questão. O físico teórico francês Costa de Beauregard julga divisar um modo para explicar as transmutações de Kervran, sem violar os princípios conservadores fundamentais da física. Costa de Beauregard considera as amplas (grandes) energias cósmicas ubíquas, tais como as presentes nos neutrinos, míons etc., como passíveis de cooperar plenamente para as novas capacidades do sistema biológico.

Nossos conceitos físicos básicos originaram-se das investigações sobre a matéria inorgânica, chamada “morta”. Muitas de nossas ciências estão igualmente baseadas na opinião de que nossos sistemas de plantas e animais vivos, incluindo o homem, são dotados apenas de propriedades de matéria inorgânica. Costa de Beauregard, diz:

A vida é muito mais inteligente do que supomos. Ela não só observa as regras no nível atômico e molecular, como acreditamos, mas também no nível subatômico, e conhece as possibilidades deste nível subatômico, totalmente desconhecidas das nossas ciências ocidentais.

 

Essas opiniões proporcionam ao pensamento um novo alento para a compreensão dos fenômenos mediúnicos da materialização e possivelmente de algumas formas da psicocinese. Todos os pontos de vista acima citados têm o seu papel nesse relacionamento. Ao que parece, ocorre alguma coisa nos sistemas vivos, no nível subatômico, completamente nova para nossos físicos. E ocorre de um modo inteiramente novo, muito suave e lentamente. Ela entra em conflito com os nossos conceitos de energia e com os princípios de preservação da quantidade de partículas dos bários e dos léptons.

Estamos agora entrando numa fase da história humana e da evolução das suas ciências que demonstra que o homem jamais pode ser explicado unicamente pelo que julgamos conhecer sobre a matéria inorgânica. Uma torrente imensa de fatos, oficialmente mais ou menos ignorados pelas ciências, oferece indícios de que o corpo físico do paciente ‒ no qual um Arigó, no Brasil, ou um curandeiro filipino realizam a “mágica” da materialização e desmaterialização de pedaços de algodão, sangue, tecido e órgãos ‒ simplesmente não funciona no nível daquilo que julgamos conhecer acerca do mundo inorgânico.



[1] George W. Meek, As Curas Paranormais (São Paulo: Editora Pensamento, 1995).

[2] O conceito de espírito como parte ativa da consciência começa a desempenhar um papel importante em nossos esforços para teorizar os processos fundamentais da cura paranormal.

[3] Lyall Watson, Supernature (Londres: Hodder & Stoughton, 1973).

[4] C. Louis Kervran, Prevues Em Biologie De Transmutations A Faible Energie (Paris: Maloine, 1975).

  ______, Prevues Em Geologie Et Physique De Transmutation A Faible Energie (Paris: Maloine, 1973).

  ______, Biological Transmutations (Bristol, Inglaterra: Crosby Lockswood, 1971)

[5] George W. Meek, As Curas Paranormais (São Paulo: Editora Pensamento, 1995) – Capítulo 13.

[6] Rudolph Hauschka, Substanzlehre (Frankfurt: Vittorio Klostermann, 1972).

  _____, The Nature of Substance (Tradução inglesa) (Londres: Vincent Stuart, 1964).

                

Nenhum comentário:

Postar um comentário