Fausto Lex nasceu em Amparo,
Estado de São Paulo, no dia 18 de dezembro de 1878, filho do Dr. Mathias Lex e
Dona Belisária Pinto Lex. Formou-se no Ginásio do Estado, na capital paulista,
a 7 de janeiro de 1902. Permaneceu em São Paulo lecionando em alguns ginásios e
trabalhando na Seção de História Natural do Museu Paulista. Aprendeu muito
sobre nossos índios e a língua tupi.
Casou-se a 12 de janeiro de
1907, com Dona Lúcia Garrido Lex. Menos de um ano após o casamento, mudou-se
para Barretos, boca de sertão, onde foi lecionar na escola isolada, única no
local. Após quatro anos, foi criado o Grupo Escolar de Barretos, onde lecionou
durante 8 anos. Como professor, além da dedicação aos alunos, usava métodos
didáticos eficientes, fazendo excursões os arredores da cidade, durante as
quais ensinava aos alunos noções de Botânica, Zoologia e Geologia.
Fausto Lex dedicava-se também ao
desenho, à pintura e aos esportes. Fundou, juntamente com outros intelectuais
da cidade, o Grêmio Recreativo de Barretos, que até hoje existe. Artistas de
renome internacional eram convidados a se apresentarem nas reuniões do Grêmio.
Em 1920, foi convidado a dirigir
o Grupo Escolar de Tatuí. A seguir, foi Delegado Regional do Ensino em
Araraquara e São Carlos. Em 1922, publicou “A Pesca”− obra pioneira no gênero e
apreciadíssima pelos pescadores. Em 1925, foi nomeado diretor da Escola Normal.
Em março de 1932, transferiu-se para Piracicaba, onde se aposentou, como
Diretor da Escola Normal, em 1937. Em todas as escolas por onde passou, sua
presença foi marcante, como educador emérito, que se dedicava integralmente a
seus afazeres, com entusiasmo inusitado. Enérgico, mas amigo dos alunos,
fazia-se estimar por todos. Sempre estimulou os esportes entre os normalistas,
principalmente bola-ao-cesto.
Fausto Lex não ficou inativo
após aposentar-se. Dedicava-se às letras, escrevendo para os jornais artigos
sobre educação, língua Tupi, astronomia. Proferiu conferências sobre astronomia
no Clube de Engenharia, revendo conceitos errôneos dos livros didáticos da
época. Publicou inúmeras poesias de sua autoria e pintou vários quadros a óleo.
Foi nessa época que começou a
dedicar-se mais a fundo ao Espiritismo. Até então, vinha argumentando e
convencendo individualmente inúmeros educadores, tendo convertido ao
Espiritismo numerosos professores das Escolas pelas quais passou. Após a
aposentadoria, começou a frequentar a União Federativa Espírita Paulista em São
Paulo, vindo a pertencer à diretoria da antiga Rádio Piratininga, onde procedia
à análise e correção de todas as conferências a serem irradiadas. Era muito
chegado ao Prof. Pedro de Camargo (Vinícius), convivendo com ele estreitamente.
Ambos sempre sonharam uma obra educacional espírita na Capital e envidaram
esforços nesse sentido. Em 1949, criado o Instituto Espírita de Educação, do
qual Vinícius se tornou Presidente, Fausto Lex passou a fazer parte do
Conselho.
Foi, também, membro do Conselho
Deliberativo da Federação Espírita do Estado de São Paulo durante vários anos.
Colaborou nas revistas “O Revelador”,
“O Semeador” e em outros órgãos da imprensa espírita. Embora fosse ótimo
professor, não tinha o Dom da oratória e jamais fez conferências espíritas.
Desencarnou em São Paulo,
Capital, no dia 11 de agosto de 1950.
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